Título: Eu quero te acalmar...
Sinopse: Lady Anne era apenas a dama de companhia de Helaena Targaryen, a qual Aemond Targaryen sempre cultivou certa antipatia. Mas agora, aos dezesseis anos, Anne despertara certos sentimentos confusos no príncipe. E, após uma discussão de Anne com outras criadas do castelo e um pedido para que ela participasse da "noite dos irmãos" com os filhos de Alicent, o príncipe Aemond Targaryen encontra uma forma de relaxar a Lady e fazê-la dormir perto de si.• Lady Anne •
As palavras ainda ecoavam em minha cabeça. "Puta". "Vadia". "Estava dando para o príncipe?".
Sim, eu ouvi essas coisas hoje. E o motivo? Helaena e Aegon estavam dormindo quando entrei no quarto essa manhã com as crianças, e uma criada confundiu toda a situação. Ela insinuou que eu estava sozinha com o príncipe no quarto, e espalhou para outras serviçais o boato. Logo, quando cheguei na cozinha para buscar o café da princesa Helaena, começaram os xingamentos. De começo, não entendi certo porque estavam falando aquilo de mim, mas não demorei a me lembrar de mais cedo. Eu até tentei me defender, dizer-lhes que estavam enganadas, mas era uma contra todas. E, na maioria das batalhas, a maioria vence. Não foi nada diferente dessa vez.
- Você ouviu o que eu disse? - senti suas mãos me chacoalhando levemente.
- Desculpe, princesa. Do que estava falando? - ela revirou os olhos.
- Aproveitaremos a visita de Daeron para fazermos uma noite dos irmãos, assim como quando éramos crianças. Você está convidada.
- Não acho que seja apropriado, alteza. Não faço parte da família. E seu irmão Aemond também não gostaria que eu fizesse parte...
- Bem... Isso não é um pedido, é uma ordem. Você está convidada e deve comparecer, querida.
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Ao chegar no quarto da princesa esta noite, encontrei Aegon e Daeron jogando cartas, enquanto Helaena costurava. Ela logo largou o que estava fazendo, e veio me abraçar. Me juntei aos príncipes nas cartas, enquanto o último membro da noite ainda não chegava.
- Boa noite, meus lindos irmã... - assim que ele olhou para mim, congelou. Eu vi-o travando o maxilar e engolindo em seco, como se o ódio de me ver ali fizesse seu sangue parar. - Você não disse que ela viria, Lena.
- Ela é como uma irmã para mim. Uma irmã que eu nunca tive. Achei que fosse legal convidá-la.
- Eu posso ir embora, se for incomodar...