Título: A Primeira Vez
Sinopse: Daella Targaryen odiava a ideia de ter que se casar com seu irmão mais velho, mas a noite de núpcias foi melhor que o esperado...Casamento. Essa era uma palavra que andou me assombrando e muito nos últimos dias. Eu já estava em idade de me casar, claro que estava. E tudo o que mais queria era noivar e desposar meu gêmeo, Daeron Targaryen. Nascemos juntos, nada mais justo que permanecerem juntos. Ao menos era isso que pensava.
Quando nascemos, era óbvio que o rei pretendia que nós nos casassemos. Mas os Hightower tinham outros planos para o menino e o tiraram de mim quando ainda éramos crianças. O Rei Viserys foi o único que na época quis manter o pré-noivado. Mas ainda assim, o rei pacífico pediu que esperassem até que tivéssemos idade para voltar a tocar nesse assunto.
No nascimento, muito se falou de minha legitimidade, já que diferente de meu irmão, não possuía os cabelos brancos valirianos, e sim os ruivos Hightower, como os da rainha Alicent, nossa mãe. Mas eu possuía os olhos violeta típicos dos Targaryen. Isso fez com que ninguém duvidasse do meu sangue. Apenas os genes maternos haviam sido mais fortes, era isso que explicavam os meistres.
Mas cresci ouvindo as piadinhas: "um é Targaryen, a outra é bastarda". E, geralmente, vinham de um dos meus irmãos mais velhos. Diziam até mesmo que o meu sangue valiriano não era forte o suficiente.
Decidida a ir contra tudo isso que falavam de mim, decidi montar em meu dragão um pouco antes do que esperavam. Drogon, mesmo com a pouca idade, já era gigante. Quase do tamanho de Melys, se não maior. Um dos maiores dragões que já pisou em Westeros.
Com oito anos, voei com o dragão negro pela primeira vez. Isso fez com que muitas piadinhas sobre minha bastardia se casassem. Mas não todas.
Agora, aos quinze anos, papai havia voltado a tocar nesses assuntos em minha presença. Eu já estava ciente que se casaria mais cedo ou mais tarde com Daeron.
Mamãe foi a única que ficou de fato no meu lado quando uma notícia arrasadora chegou de Torralta.
A carta de Daeron revelava um casamento e até mesmo um filho. Um filho, isso mesmo. Meu querido irmão e noivo havia se casado secretamente com uma menina bastarda e tido juntos um filho. O mundo se despedaçou naquele momento, e a rainha segurou minha mão com força e não parava de repetir "nós vamos dar um jeito nisso, minha querida", mas a minha mente estava um turbilhão de pensamentos, e eu não conseguia raciocinar direito sobre nada.
A questão do pequeno príncipe rebelde precisava ser resolvida com urgência. A mão do rei disse que eu precisava me casar, com ou sem Daeron.
— Como? — a pergunta me escapou pela boca, a curiosidade batendo.
— Case-a com Aemond, meu rei — Otto se virou para Viserys, que olhou para mim.
— Me parece a ideia perfeita! — sorri forçadamente enquanto o rei proferia as palavras olhando em meus olhos.