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       Era dolorido e era hostil, eu corria sentindo o bater do meu coração cada vez mais acelerado, eu conseguia escutar ele cantando, um homem no qual cantava meu nome como um ressoar de uma música de ninar, BE-L-LE ,ele cantava de uma forma formidável enquanto eu sentia ele me alcançar, correr em meio a neve e em meio a arbustos e a escuridão da noite deixava tudo ainda mais tenso do que já era,  as gotas de suor ,o peso do vestido, as gotas de neve se aglomerando no vestido vermelho longo e exagerado na cor vermelho bordô, eu olhei para os lados vendo as faíscas de trovões iluminarem o caminho enquanto olhava para para onde ele poderia aparecer ,decidir por rasgar o vestido e deixa-lo para trás, ficando apenas com a camisola bege, lama, neve e sangue se misturavam pelo meu corpo, a corrida rápida, o corpo juvenil no qual tinha me adaptado durante meses me deixaram mais rápida ,mas ágil e mais esperta.

—BELLE !—sua voz estava perto me fazendo me arrepiar dos pés a cabeça, corro sentindo meus pés se afundarem em água ,eu tinha entrado no imenso lago, suspiro aliviada ao saber que era o lago que me trouxe aqui, seus gritos me chamando se tornaram ainda mais furiosos e inconstantes, eu andei até o outro lado da superfície, ele me viu nadar, aqueles olhos azuis florescentes que sorria em meio a escuridão me vendo escapar dele como um coelho escapa do lobo ,nado com dificuldade e rapidamente até o outro lado tomando o ar em meus pulmões enquanto sentia meu corpo tremer de frio, a água estava fria e congelante devido o começo do inverno que deu as caras de aparecer justamente hoje, me levanto com dificuldade enquanto caminho sendo atrapalhada por risos a minha frente, aqueles risos debochados e cheios de ressentimento, ele estava na minha frente, com os cabelos bagunçados, um pouco grandes, os olhos brilhantes de poder que me olhavam como uma presa, o sorriso de lado e postura ereta.

—não pode ser—sou interrompida do meu choque de ver que ele tinha aparatando para o outro lado do lago sem precisar se molhar me fazendo voltar na mesma rede de pesca no qual ele me mantinha presa.

— Eu disse que não tinha escapatória, Crucio—foi o suficiente para meu corpo colidir com o chão e meus gritos se intensificaram por toda a floresta proibida, meu corpo se contorcia enquanto a dor avassaladora se manifestada, ele estava me castigando, me castigando por ter fugido, por tê-lo enganado e por tudo o que eu tinha feito ,lágrimas desciam pelo meu rosto vendo sua pior forma ali, aquele olhar sério enquanto me via me contorcer, parecia não sentir nenhum remorso ou empatia em seu olhar, aquele homem não era nada mais que Harry Potter, mas não era o Harry Potter das ficções que eu estava acostumada em meu mundo, de seu modo gentil e explosivo, esse era diferente, era diabólico e sombrio como os vilões que tinham em seus livros, mas diferente deles ele era pior, muito pior.

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Ela estava ali, estava deitada sobre um bom apartamento sobre garrafas de vinhos e revistas de palavras cruzadas em cima da mesa e um resquício de uma torta de morango com uma Tv ligada, os cabelos cacheados castanhos claros, os olhos âmbar pareciam retraídos e cansados, o corpo um pouco acima do peso e com os óculos em seu rosto, com uma beleza espanhola de tão branca e tão formosa, nem magra demais nem tão gorda, Belle embora tivesse seus 26 anos, algumas linhas de expressão e rosto cheio de espinhas era uma mulher bonita e gentil em seu modo.

Os grandes prêmios em molduras pregados na parede,prêmios esses em seu curso de medicina no qual terminou mas não seguiu carreira devido ao grande sonho de construir uma família,sonho esse que minou seus verdadeiros objetivos e desejos, a menos de um ano o quarto de bebê estava vazio e empoeirado,sonhos que foram roubados e impedidos de forma sacana pelo destino,Michael era um homem de negócios, um advogado renomado e cheio de ambição que tinha o sonho de ser pai mas se tornará um homem cruel após a morte de seu bebê ainda no ventre de Belle,um homem ausente e infiel.

CORROMPIDOS -HARRY POTTEROnde histórias criam vida. Descubra agora