(3) Eles enxergam o futuro

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esse capítulo 3 é babado viuu

comentem muitooo

[...]

Harry acordou com o suave brilho azulado do amanhecer entrando pelas janelas. O fundo do lago era tão bonito, adorava quando vez ou outra algum animal passava por sua janela. Espreguiçando-se, sentiu o conforto do cobertor de lã macia contra sua pele, mas sabia que não podia demorar muito mais na cama. Com um suspiro, levantou-se e deslizou para fora do aconchego, sentindo o frio do chão de pedra sob seus pés descalços.

Após uma rápida visita ao banheiro para lavar o rosto e escovar os dentes, Harry olhou-se no espelho. Os olhos verdes estavam um pouco mais brilhantes naquela manhã, mordeu seus lábios com tanta força que abriu um corte na pele. Ele estava sendo um ômega ruim, estava atraído por um alfa que não era Ricardus.

Não poderia dizer que amava seu namorado, mas ele era sua escapatória para sair da casa dos tios. Ele era rico e o amava.

Lestrange se interessou por ele no final do quinto ano, até então Harry havia passado seus anos na escola na companhia de poucos colegas, quase invisível. Mas Ricardus se apaixonou por ele, e Potter resistiu.

Mas aos poucos, com a insistência do alfa, foram se conhecendo melhor e contou sua história a ele e aos amigos do mesmo. Eles foram compreensivos e muito legais. Ricardus o pediu em noivado e prometeu que assim que se formassem iriam morar juntos em algum bairro bruxo. Não o amava e eles nem eram namorados, mas aceitou o noivado.

Com o tempo o alfa foi mudando seu comportamento, implicava que Harry "provocava" outros alfas com seu "jeitinho inocente", tinha ciúmes do ômega com os próprios amigos e tudo foi piorando,  ao ponto de que hoje só falava com o próprio namorado. Sua amizade com Pansy, Theo e Blaise não agradava Ricardus, que mesmo amigo dos três, não gostava quando Potter dava atenção com qualquer um que não fosse ele.

Ele já havia tentado terminar, mas o alfa falou que se jogaria do alto da torre de Astronomia se Harry fizesse isso, e o pior: Antes de se matar, mataria o ômega, pois se não fossem ficar juntos, ele não o queria com mais ninguém.

Tinha medo e não sabia o que fazer.

Penteou rapidamente o cabelo rebelde, sabendo que, apesar de seus esforços, ele insistiria em ficar desarrumado.

Harry se vestiu com o uniforme escolar, ajeitando cuidadosamente o suéter e a gravata da Sonserina. Como um ômega lúpus, seus supressores eram duplicados e tratou de engolir os dois comprimidos antes de descer para o café.

Descendo as escadas em direção ao salão comunal, encontrou Pansy imersa em um livro grosso. Ela estava atrasada de novo, ergueu os olhos e lhe deu um sorriso caloroso.

— Bom dia, Harry! — disse ela, fechando o livro e levantando-se. — Acabei me atrasando para o café, os alfas já foram.

— Precisa de ajuda? — respondeu, quando estavam sozinhos podiam conversar. Sentiu-se mais animado sabendo que não teria que tolerar Ricardus. Juntos, os dois seguiram para o Salão Principal para o café da manhã.

Ao entrar no salão, foi recebido pelo aroma reconfortante de pães recém-assados, bacon e ovos. O teto do salão espelhava o dia ensolarado e brilhava sobre os cabelos loiros de Malfoy. Ele era alto, maior que Blaise sentados lado à lado. A voz rouca era lenta e era quase um prazer ouvi-lo falar sobre qualquer coisa.

Uma pequena ansiedade passou a lhe acompanhar, a cada passo suas mãos tremiam e sua respiração ficava dificultada. Não sabia explicar, queria sentar junto de Draco, ter os olhos prateados sobre si, tocar o alfa.

look for the boy with broken smileOnde histórias criam vida. Descubra agora