(2) - Ele não precisa saber

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caras, eu fico chocada como hoje em dia ninguém comenta mais no wattpad na minha epoca 2015/2016 pessoal comentava afu

nao falo nem das minhas fics, mas de vez em quando vou ler algumas e tem pouquíssimos e mt visualização

boa leitura!

[...]

Como esperado, Draco era um Sonserino.

O verde e prata da casa combinavam perfeitamente com ele.

Atraiu olhares por onde passou durante todo o dia, não por ser novo na escola, mas por ser ridiculamente bonito. Alto, musculoso na medida certa, cabelos loiros bem cortados, olhos prateados. Um verdadeiro príncipe.

— E para a surpresa de zero pessoas: Draco Malfoy é um sonserino. — Ricardus bagunçou os cabelos do primo.

Forçou um sorriso, sentando ao lado do filho de Bellatrix. Ele tinha os mesmos cabelos escuros e ondulados da mãe. E o mesmo olhar transtornado.

Como iria fazer para tirá-lo do seu caminho?

Talvez ele não fosse a real barreira, e sim a muralha de proteção que Harry parecia ter ao redor de si.

Ele comia como um passarinho, em seu prato tinha um pouco de salada, um pedaço de pão e um pequeno bife de frango. era fácil de reconhecer os sinais de depressão, e estavam escancarados nele. O isolamento, a falta de apetite, a vontade de ser invisível.

— Nossa sala comunal é linda, você irá amar. — tocou sua mão sobre a mesa, delicadamente a afastou do toque de Parkinson para se servir de uma concha de pure. Ela não pareceu constrangida. — Disseram em qual dormitório irá ficar?

— 8. Falaram que as minhas coisas já estão lá.

— É o mesmo que o meu. — Blaise sorriu. — Como não vou lá desde de manhã nem sabia que iria ter um novo colega de quarto.

— São dois por dormitório?

— Depende, na Grifinória são cinco, Corvinal três, Lufa-Lufa cinco. Na Sonserina varia entre dois e três, vai da capacidade do espaço. — deu de ombros. — Seja bem-vindo, colega de quarto.

Blaise era legal, seriam bons amigos.

O grupo desceu as escadas em espiral para as profundezas das masmorras de Hogwarts, o ar começava a ficar mais frio e úmido a cada degrau. A atmosfera era pesada, carregada de um silêncio solene, quebrado apenas pelo eco distante das águas do lago negro.

Com um sussurro cuidadoso da senha a parede se abriu, revelando o interior do salão comunal. O primeiro impacto era de uma luz esverdeada, filtrada pelas águas do lago, lançando sombras dançantes e um brilho fantasmagórico sobre os móveis luxuosos. O espaço era vasto, mas cada detalhe era meticulosamente planejado para exalar uma sensação de poder e sofisticação.

O chão de pedra polida refletia a luz suave das tochas, que ardiam com uma chama esmeralda. As paredes, feitas de uma rocha antiga e robusta, eram decoradas com tapeçarias intrincadas, retratos de bruxos e bruxas ilustres da casa observavam com olhos críticos e avaliadores.

Os móveis eram de madeira escura, com detalhes prateados que cintilavam suavemente. Sofás de couro verde-escuro estavam dispostos ao redor de uma lareira imponente, esculpida em pedra negra. O fogo ali ardia com uma chama quente, oferecendo um contraste acolhedor ao frio das masmorras. Mesas de estudo estavam dispostas em cantos estratégicos, cada uma com um candelabro prateado e pilhas de livros antigos, prontos para serem consultados.

Pansy os guiava na direção de uma das mesas mais afastadas, foi o momento que Harry se separou do grupo, indo sentar-se diante da lareira, no enorme tapete verde com o brasão da Sonserina - uma serpente prateada em fundo verde - reforçavando o orgulho e a identidade da casa. Observou o menor tirar dois livros, penas e pergaminhos da mochila, os dispondo sobre a grande mesa de centro, aonde outros alunos também estudavam. Ele mordia o lábio inferior concentrado, passando a folhear um dos livros.

— Eu não tenho dever de casa, acho que vou ler um livro — olhou ao redor. — ou jogar xadrez bruxo com alguém.

— Queria não ter dever. — Nott jogou sua mochila sobre a mesa.

— Relaxa, Nott. Amanhã o Draco já vai estar ferrado como a gente. — debochou Ricardus.

Ergueu o dedo do meio para ele e caminhou até as estantes abarrotadas de livros de diversos gêneros, escolhou um aleatório e foi se juntar a Harry em frente a lareira.

— Muito dever? — questionou, olhando de canto para a mesa do grupo. Ricardus estava de costas para eles, mas Blaise o encarava com um sorrisinho de canto.

— Ah... Alguns. — apertou as mãos nervosamente ao redor da pena. Queria entendê-lo... Ele tinha medo, era tímido? Ambas as coisas?

— Acho que vou precisar de alguma ajuda para me acostumar com aqui, as matérias são um pouco diferentes de Durmstrang. Pansy me disse que você é um dos alunos mais inteligentes da turma.

Era mentira, Parkinson só sabia falar dela mesma. Mas ele precisava se aproximar de Harry de alguma forma.

Os olhos verdes se ergueram curiosos em sua direção.

— É verdade que vocês estudam artes das trevas em Durmstrang?

— Depende do que você entende como artes das trevas, mas sim. O estudo lá é mais aprofundado do que aqui, tanto nas aulas de feitiços, quanto nas de poções. Lá também não temos Defesa contra as Artes das Trevas.

— É minha matéria favorita.

Harry tinha uma voz e interesses, tinha olhos aguçados e um brilho que desaparecia perto de Ricardus. A cada segundo Draco queria saber mais sobre ele, o sentimento de proteção crescia em seu peito e seu lobo estava agoniado por não conseguir sentir o cheiro do ômega. Em Hogwarts os ômegas eram obrigados a usar supressores à partir do quarto ano.

— Acho que vou realmente precisar da sua ajuda então, eu não faço ideia do que seja uma defesa contra as artes das trevas. — riu acompanhado do menor. Potter parecia até mais confortável, não estava mais tão encolhido dentro de sua capa e seu rosto estava corado pelo calor da lareira.

— Eu posso te ajudar, é claro. — olhou sobre o ombro, na direção do namorado. Mas Ricardus não os olhava. — Só que Ricardus pode se incomodar... — voltou a murchar, seus olhos baixaram para as mãos pálidas.

Draco segurou o queixo do menor e fez com que ele o encarasse. Observou a pele do ômega se arrepiar até o pescoço e quase rosnou de prazer. Ele causava algo em Harry.

— Ricardus não precisa saber.

look for the boy with broken smileOnde histórias criam vida. Descubra agora