Eu não espero o Carnaval chegar pra ser vadia

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Betagem pela birdyyyghi :)
Tem uma playlist no meu Spotify dedicada à essa fic. Tá disponível no link vinculado ao perfil.

Aviso de quantidade questionável de gírias a seguir!! Prossiga com cautela em direção reta 🤏

Desde já me desculpo se estiver com hífen ao invés de travessão no início dos diálogos. O wattpad me sacaneia MUITO nisso, e altera o meu texto inteiro! Se você não curte ler assim, recomendo que acesse o meu perfil no spirit pelo carrd desse meu perfil, já que por lá é tudo mais bonitinho :(

Na semana passada, Naruto conheceu um cara lindo.

Alto, sarado, gostoso. Um pitelzinho.

E honrando seu papel como cara de pau, investiu. Na lata mesmo!

Conquistou alguns beijos.

Não ficou tão surpreso. Ele não era de se jogar fora, e tinha uma lábia traiçoeira. Confiava em seu taco. A questão é que foi O beijo.

Encaixou. Teve química, matemática, física e a porra toda. Naruto ficou amarradão no gatinho, jurando ter encontrado o amor da sua vida, a metade da sua laranja, a tampa da sua panela, o pau da sua camisinha. Mas havia um pequeno problema:

Era carnaval.

E eles estavam em um bloquinho. Ou seja, péssimo ponto de encontro entre almas gêmeas.

Tinha glitter e purpurina por toda a parte; no rosto, na boca, no corpo, no beijo...

Estava lotado. Já era de tarde, e Naruto já virava o milésimo copo de caipirinha de maracujá. O sol era de rachar, esquentava o asfalto e grudava a regatinha branca em seu corpo. A tiara branca de auréola em sua cabeça deslizava sobre os cachos loiros conforme ele pulava. As asas brancas eram pequenas, se comparadas ao tamanho de suas costas largas, mas foram as únicas que ele encontrou nas lojinhas perto de casa. A calça jeans solta de repente já não parecia mais ter sido uma boa escolha, e ele lentamente admitia a si mesmo que Neji estava certo quando lhe disse que ele ia passar calor. Naruto devia tê-lo escutado.

Inclusive, nem sabia mais se o delineado branco estava intacto. Na embalagem dizia que era a prova d'água, mas vai saber? De qualquer forma, a juliet brega de camelô escondia seus olhos. Era genérica de Zé Droguinha: uma mistura esquisita entre rosa, roxo e amarelo nas lentes. Nos pés, é claro, Mizuno de cria.

Foi quando o viu.

O cara gostoso.

Ele era putamente gostoso. Fodidamente gostoso. Injustamente gostoso. E provavelmente multiversalmente gostoso.

O cara era um xuxuzinho: um ponto de luz no meio de uma multidão. Branquelo, metido a cowboy, com uma fantasia preta. Chapéu de vaqueiro, um lenço amarrado no pescoço e apenas um colete preto de couro e sem mangas cobrindo quase nada do abdômen deliciosamente definido, com piercings fazendo charme nos mamilos. Calça agarrando as pernas longas e um copo da Stanley pendurado no pescoço.

E Naruto jurava, de pé junto, que seus olhos se encontraram de longe dramaticamente naquele bloquinho, em meio àquela trilha sonora tão poética:

"Eu não espero o carnaval chegar pra ser vadia. Sou todo dia, sou todo dia..."

Naruto se sentiu encorajado o suficiente pela canção tão tocante. Nem avisou a Neji que estava se distanciando, apenas saiu, driblando alguns corpos cobertos de glitter. O som era alto, as vozes também. Uma muvuca do caralho. E ele simplesmente adorava isso: o carnaval. A folia. A euforia. A massaroca de gente feliz pulando. Podia usar a data como desculpa para tudo.

Ó, o reverse || NarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora