obsessed | one shots - tayvis

08 | so it goes...

Era primeiro de outubro e Nova Jersey vibrava com o primeiro touchdown da noite.

Debaixo de sua jaqueta de couro preto, jeans curtos e lábios vermelhos, ela também vibrava, cantarolando um sorriso que transbordava pelas arquibancadas até atingir o gramado onde os pés do seu amado pisavam e transformavam o campo numa atmosfera poderosa de posse e controle.

Taylor Swift fazia a sua segunda aparição pública nos jogos do Chiefs, dessa vez tendo o grandioso Jets como rival.

Irradiando beleza e alegria, mais uma vez, ela causava alvoroço nas plataformas e se tornava o centro das atenções, hipnotizando e conduzindo o povo ao encanto de seu charme descontraído e apaixonante.

Porém, mesmo com todos aqueles olhares e flashes voltados em sua direção, nada era capaz de fazê-la perder a concentração do seu olhar naquele único e irresistível homem performando um jogo cheio de emoções controversas e eletrizantes.

O camarote estava cheio. A companhia de seus amigos fazia do ambiente o mais leve e descontraído possível, o que lhe deixava à vontade para se divertir e ousar em brincadeiras internas que eram televisionadas sem que ao menos pudesse notar. Mas não importava, nada daquilo importava tanto quanto o fato de que ela era absolutamente dele.

Ela concluiu, mais outra vez, totalmente rendida. O sorriso bobo estava tão escorregadio que nem sequer conseguia segurá-lo a cada ação de Travis em campo. Ela estava atenta a cada movimento, cada murmuração sua com os amigos ao redor e todas as palhaçadas hilárias que viam após os pontos marcados, algumas danças ridiculamente contagiantes e estúpidas demais.

— Falta bem pouco…

Isis comenta — ou então, deixe-me apresentar, mais conhecida como Ice Spice — Ela era uma das convidadas de Taylor para, especialmente, prestigiar o namorado da sua amiga e fenomenal contribuinte loira.

— Sim, já está terminando — Taylor responde, mordendo levemente a borda do copo de plástico.

— Eles vão levar essa — a rapper afirma, totalmente certa daquela conclusão. — Ele e Mahomes sabem dar um bom show. Droga!

— Ah, sim, isso é inegável — puxando-a para um abraço ladino, Taylor apoiou seu braço ao redor dos ombros de Isis e suspirou.

Ela também estava confiante daquela vitória, mas, mesmo assim, ainda sentia uma impregnante ansiedade pelo resultado final da partida. Em poucos minutos, precisou deixar aquele sentimento de lado e aproveitar os últimos minutos do jogo torcendo pelo time, especialmente pelo tight end que vagueava pelo campo com total presença e atitude.

Mordendo os lábios, sem tempo de raciocinar bem sobre o gesto obsceno, ela murmurou para si mesmo que ele era muito cativante quando se apossava daquela postura de jogador promissor. Era tão naturalmente sexy e bobo ao mesmo tempo, focado e seriamente disciplinado ao ponto de fazê-la imaginar coisas ilícitas e perigosas demais para um ambiente como aquele.

Taylor deu mais um gole na sua bebida, tentando distrair a mente contaminada e concentrando-se na contagem regressiva do último período do jogo. 15… Depois 10. 5… e 3, 2, 1… Ponto marcado.

Partida encerrada.

O corpo dela praticamente levitou, juntando-se ao grande pulo em conjunto dos amigos e espalhando a energia pujante em conexão dos abraços, gritos e risos de agitação.

O estádio foi a loucura pela vitória consecutiva dos Chiefs, mas ela estava além daquilo. A loucura, diante da paixão arrebatadora de seu coração pelo cara que tinha sua identidade carimbada pela camisa 87, era agora o maior ato de sanidade que podia habitar em seu corpo. Então, ali, ela apenas deixou que tudo fluísse conforme a liberação das suas próprias emoções. A graça do divertimento, o alívio da inquietação e o gosto satisfatório da vitória. Sobretudo, o orgulho escancarado que tinha por seu homem.