10 | the alchemy X daylight

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⚠ ️ IMPORTANTE: atenção aos gatilhos. 

Att., Luna.


PARTE 1


O dia amanheceu ameno em Nova York. O vento fresco soprava aos arredores e balançava as cortinas, penduradas nas janelas altas do quarto da cantora, enquanto a penumbra ainda reinava sobre o cômodo aquecido. 

Rodeada por braços fortes, ela se encontrava na companhia daquele que perdurava os seus dias, envoltos pelo carinho da intimidade e a paz absoluta que só achavam no encaixe perfeito do abraço um do outro, as respirações suaves e um sono tranquilo e profundo lhes cercando. 

Este homem, por sua vez, circundava o corpo macio em sua frente, envolvendo-a em um abraço de cintura e a encolhendo junto dele. O pijama de cetim cor-de-rosa dela era um perfeito contraste para as vestimentas inadequadas dele, o velho e habitual shorts e nada além disso. Porém, ainda assim, o atrito de seus corpos continuava sendo o melhor e mais confortável possível para ambos. 

Sendo assim, o prestigiado homem, aquele jogador com olhar presunçoso e sorriso fácil, agora abria os seus olhos para identificar o espaço organizado pertencente à sua incrível namorada, uma loira que, além de uma cantora inestimável, era realmente digna de admiração, com a postura retraída e o cabelo bagunçado se enrolando nas fronhas e lençóis. 

Um estranho pressentimento tomou conta dele, rapidamente. Admirou o fato de que ela ainda estivesse dormindo, já que, na maioria das vezes, ela sempre despertava antes e fazia o papel de acordá-lo para que seguissem a sua habitual rotina matinal.

Ele até mesmo procurou o relógio de pulso, jogado na mesinha ao lado da cama, e ficou intrigado por já passar das nove horas da manhã. Ela nunca acordava mais tarde do que às sete. Nem mesmo nas folgas. Porém, o dia estava livre para os dois. Então, se ela ainda estivesse mergulhada no sono, ele não iria interferir em seu descanso. 

Na verdade, faria de tudo para que ela continuasse daquela forma, repondo as energias que, inevitavelmente, eram desgastadas pelo trabalho e os compromissos integrais que mantinha. Ele desvencilhou os seus corpos, calmamente, e saiu da cama, permitindo que ela permanecesse debaixo do edredom, presa no desligamento do próprio corpo. 

Assim que tocou os pés no chão, uma sequência de felinos seguiu os seus passos e ele sorriu, lembrando-se dos próprios cães que, agora, deviam estar tendo o mesmo comportamento na casa de sua mãe, sob os cuidados da Donna Kelce.

— A mãe de vocês ainda está dormindo, tenham paciência — ele sussurrou, afastando-os da ponta da cama, onde os felinos queriam pular imediatamente. — Vocês pareciam bem mais educados nas primeiras semanas. Até um pouquinho debochados, eu diria. Mas que reação desesperada é essa? Fome? 

Continuou, preso em seu devaneio, enquanto se sentia orgulhoso por conseguir segurar os três ao mesmo tempo em seus braços. Porém, isso não significa que ele havia conseguido contê-los. 

Meredith, a mais velha entre os três, não teve outra reação a não ser encará-lo profundamente. Ele podia até pensar estar ficando louco, talvez um pouco zonzo pelo fato de ter acabado de acordar, mas ele jurou que podia sentir a intensidade no olhar daquela gata, quase a mesma que era presente nos olhos da cantora deitada em sua frente. 

E, quando parou para observar os três, juntamente com Olívia, que limpava os próprios pêlos com lambidas demoradas e, vez ou outra, miava sem nem ter vontade, apenas pelo prazer de se mostrar presente; E também Benjamin, o caçula da casa, com os olhos azuis esbugalhados e atentos, tocando com a ponta do nariz úmida na pele de Travis e se divertindo apenas com isso. De tudo isso, o único que ele conseguiu absorver bem era que os três felinos eram a representação ideal da personalidade da própria dona.

obsessed | one shots - tayvisOnde histórias criam vida. Descubra agora