02 | new romantics

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Em uma manhã de quarta-feira gélida, moletons e calças de dupla costura seria a opção mais adequada para um dia de treino no estádio.

Porém, não era o que o renomado Tight End do Kansas City Chiefs havia escolhido para seu dia de tarefas. 

Isso foi o que Taylor pensou, observando-o um pouco de longe, sentada entre as bancadas, enquanto Andy Reid — técnico do time e amigo íntimo de Travis — passava as coordenadas para o restante dos jogadores, em suas respectivas posições. 

Era a terceira vez desde que Taylor visitava, ainda que secretamente, o time e assistia uns de seus treinos semanais. A turma estava agitada pelo progresso da temporada, avançando em direção ao tão estimado super bowl, mas antes passando por uma árdua seleção de vitórias em jogos contra seus adversários. 

A cantora havia sido recebida com surpresa e animação pela equipe e amigos de Travis, que foram confidentes em manter em segredo o envolvimento dos dois, acolhendo-a como uma nova irmã no meio de todo aquele gramado e homens desbocados. 

Ela observava, com atenção e curiosidade, os treinos e o desempenho dos jogadores, focando em um em específico. Adorava futebol e, o mais engraçado, era que seu time de superstição havia sido rival dos Chiefs no ano anterior e derrotado pelo mesmo. 

O time da casa Swift pertencia ao Philadelphia Eagles, tanto a cantora quanto seu pai e irmão eram verdadeiros amantes do time. E a história só continuava crescendo de maneira mais engraçada pois, o irmão de Travis, Jason Kelce, era um dos jogadores do time do coração de Taylor. Transcendendo, assim, as linhas e cordas invisíveis que os amarraram naquele lance de amor imprevisível e impetuoso. 

Em campo, ela notava a mudança e expressão corporal de Travis ao focar em seu trabalho. Sempre sendo generoso e pé firme quanto às questões do time e seus colegas ao lado, consolidando uma família ainda mais unida em campo. 

Ele era determinado e charmosamente decidido, o que não foi muito bom para os ânimos da loira que, instintivamente, precisava desviar os olhares e tentar não imaginar coisas ao contrário do que era permitido pela sua ética moral.

Depois do treino, Travis e os colegas precisaram se ausentar para uma ducha e outros cuidados íntimos da qual ela preferiu não saber de início. Mas antes, ele não controlou a vontade de subir os degraus da arquibancada e lhe dar um beijo enérgico na bochecha, o que resultou em uma Taylor sem graça e com um sorriso envergonhado. Especialmente depois que seus amigos começaram a cantarolar uma de suas músicas em um tom sugestivo para os dois. 

Ela precisou esperar um instante, aproveitando para andar e conhecer um pouco mais dos detalhes do campo, acompanhada de Andy, o qual fez a gentileza de lhe enturmar naquela parte exclusiva do mundo de Travis.

Há um tempo atrás, ela esteve ali, naquele mesmo lugar, performando para milhares de pessoas, sem saber que uma delas seria o motivo dela estar ali agora, viajando e rabiscando sua agenda para encontrar um tempo saudável e saciar a expectativa de suas emoções.

Emoções essas que ele lhe despertara num momento do qual ela nem sabia mais ser possível sentir. Um novo e inexplicável tipo de paixão, daquelas desenfreadas e cativantes.

Quando Kelce finalmente retornou, ela se despediu do técnico com um abraço intimista e passou seu braço para enroscar ao de Travis. Ele estava com cheiro de banho recém tomado e uma colônia cítrica. 

— Taylor, nós te adoramos, mas pegue leve com o nosso tight end, ainda temos uma série de jogos para realizar — Patrick Mahomes, o melhor amigo de Travis, sinalizou ao passar pelo dois, mandando um tchauzinho para a loira. — E obrigada, seja lá qual magia tenha usado, ele parece enfeitiçado. Foi a primeira vez que ouvi alguém comentar sobre estar ou não causando uma boa impressão em alguém, isso enquanto lavava o bumbum. 

obsessed | one shots - tayvisOnde histórias criam vida. Descubra agora