Capítulo 33 Broken dreams

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– Esta é uma ideia estúpida.– Regulus concluiu deixando seu dever de lado.

– Vamos Regulus! Por que você tem que ser sempre tão pessimista? – Sirius exclamou se jogando na cama do irmão que  o observava com tédio da escrivaninha.

– Tudo bem. Eu positivamente tenho certeza de que essa é uma ideia estúpida.– Regulus forçou um sorriso antes de cruzar os braços sobre o peito e recostar-se no encosto da cadeira. Ao seu lado Sirius revirou os olhos.

– Você não pode viver entre salas de aula e esse quarto para sempre.– Sirius bufa em frustração se endireitando na cama.

– Bem, eu passei a última semana muito bem desse jeito. – Regulus retrucou.

– É apenas um treino, Reggie. Eu odeio o que escreveram na porta do seu quarto tanto quanto você, mas não importa o digam ou façam nós vivemos aqui, agora. Você não precisa se esconder. Eles terão que se acostumar.

Regulus desviou o olhar mordendo o lábio inferior.

– Você já se acostumou?

– O que quer dizer?      

– Você não sente falta de casa? 

– Se eu sinto falta daquela prisão horrível onde Walburga nos torturava física e psicologicamente? Não, acho que não.– Sirius disse sem rodeios. 

– Mas isso está no passado. Essa é nossa casa agora, Reggie. – Sirius diz firmemente colocando uma mão no ombro de Regulus, claramente não querendo falar sobre o assunto. Ele não era tão difícil perceber que seu irmão estava tentando desesperadamente esquecer do passado, Regulus não poderia culpá-lo. – Bom, você vai ao treino amanhã, sem desculpas nem que eu tenha que fazer James vir aqui te pegar no colo e levá-lo como uma princesa. 

Ele declarou se levantando e indo até a porta ignorando o dedo do meio que Regulus lhe lançou. 

Assim que Sirius fechou a porta, Regulus se permitiu afundar-se em seus pensamentos. A verdade era que a ideia de ver o treino não era algo tão ruim. Okay, o pensamento de ter que encarar James depois de ter passado a última semana fazendo de tudo para evitá-lo, era ruim, mas essa não era a verdadeira razão pela qual Regulus não queria sair. E ao contrário do que Sirius pensava, o que escreveram sobre eles também não era, apesar de ter servido muito bem como desculpa.

Ele não poderia dizer ao seu irmão que a verdadeira pela qual não queria sair era porque não conseguia ver esse lugar como lar. E ele realmente estava tentando, mas por mais que se esforçasse não conseguia se sentir confortável entre os príncipes e princesas, ele se sentia errado como uma peça solta em um quebra-cabeça que não lhe pertencia. Sirius não entenderia e Regulus nem esperava que fosse, ele era perfeito para Hélios, tinha diversos amigos, um namorado e até as pessoas que não gostavam dele tinham que admitir que ele parecia ter nascido para esse lugar. Já Regulus, bem, Regulus nunca achou que algum dia sentiria falta de Azkaban depois de todos esses anos em que queria se ver livre da ilha, pois apesar do lugar ser horrível, pelo menos lá Regulus não se sentia coagido a se encaixar a onde não pertence.

……..

Regulus se sentou na grande arquibancada que se encontrava vazia exceto por Lily e Remus que ele fez questão de sentar a uma distância considerável. Não é como se Regulus os detestasse, pelo contrário, Remus sem dúvida era o que ele mais gostava no grupinho barulhento do seu irmão, e Evans não era tão ruim assim, também. Ele apenas não os conhecia o suficiente para se forçar a socializar e apreciava o fato deles também não terem o feito, muitos metros à sua frente várias pessoas com o uniforme da grifinória se alongavam enquanto aguardavam as orientações de James que vinham com uma mão no cabelo que insistia em cair em seu rosto, sua outra mão carregava seu florete e capacete. Assim que seus olhos pousaram em Regulus, ele imediatamente amaldiçoou Sirius por arrastá-lo para isso.

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