As Conquistas do Amor

Capítulo 07

— Você não comeu nada desde que chegou do Canadá. - Thomas fala abrindo uma sacola — Minha mãe mandou comida para você.

— SAI DA MINHA CASA!

— Eloise, eu... - Deposito um tapa na sua cara antes que ele possa terminar sua fala.

— Você tem noção de como eu me senti?! - Empurro o rapaz — Você simplesmente começa a me ignorar depois de me usar! Você é um imbecil, Thomas Middleton! Um imbecil!

—  Eloise... - Se aproxima e eu começo a socar ele com força, descontando toda raiva — Me desculpa! - Faço ele calar a boca depositando outro tapa no seu rosto. — Você..

— Você julga tanto a minha mãe mas mal percebe que está fazendo o mesmo que ela. - Meus olhos se enchem de lágrimas  — A diferença é que minha mãe me usava para ganhar dinheiro... E você? Você me usa quando não tem ninguém disponível para te satisfazer.

— Não me compare com sua mãe.

— Com quem eu deveria te comparar? Um príncipe da Disney?! - Thomas caminha em minha direção  — Para de andar agora ou eu juro que vou gritar!

— Não seja tão drástica, Eloise!

— Se formos analisar suas últimas atitudes, ouso dizer que talvez eu consiga te comparar com um porco... Afinal, eles comem tudo que vêem pela frente! Você não segue princípios muito diferentes!

— Você não entenderia! - Seus olhos brilham

— É claro que eu não compreenderia! Você nunca me fala nada! NUNCA! - Thomas para de andar — Você e eu falamos que somos melhores amigos mas mal conhecemos o passado um do outro! Agora sai da minha casa antes que eu chame os seguranças para te tirarem daqui! - Aponto para porta.

— Meu nome é Thomas Middleton. - Diz me olhando. — Minha melhor amiga se chama Eloise Brathon. Eu fui um grande babaca com ela no último mês, sabe? - Estou em silêncio olhando para ele — Somos amigos há cinco anos - Franzo o cenho — Quatro anos, cinco meses e... - Olha o relógio — Vinte minutos.

— Vai me dizer que decorou o horário que nos conhecemos? - Jogo uma almofada nele — Isso não vai me fazer te perdoar! Sai logo, babaca!

— Meu pai... Não quer que eu e minha amiga nos envolva de maneiras amorosas. Ele acha que vou acabar machucando minha mulher. - Suspira — E... Eu também tenho medo de que isso aconteça. - Pega a almofada. — Ela é tudo para mim. Não quero perdê-la... Ela é... tudo para mim. - Isso está me deixando com mais raiva — Você é tudo para mim.

— Sai. Da. Minha. Casa. - O olho com desprezo — Se você se importa tanto com a nossa amizade, deveria ter pensado nisso antes. - Abro a porta do apartamento. — Tchau, Thomas.

  Thomas pega seu terno que estava jogado sob meu sofá e me olha. Um olhar de cachorro sem dono, o mesmo olhar de sempre.
   Ele se aproxima e puxa minha cabeça, depositando um beijo. O empurro.

— Tchau, Cerejinha... - Diz com a mão na maçaneta da porta — E... Me desculpe...

— Thomas! - Grito antes que ele vá. Thomas se vira com um olhar de esperança.

— Sim? - Respiro fundo.

— Me entrega a chave. - Estico a mão. — Não quero te ver tão cedo.