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S/n on

Enquanto batuco os meus dedos no acento da carroça, olho para o lado vendo minha mãe arrumando os cabelos dourados da minha querida irmã, Alice. volto a prestar atenção na estrada que até então era muito mais interessante do que seja la o que estava a acontecer com as mesmas, mas logo a minha atenção vai para a minha irmã que decide falar

- temos que ir mesmo?-- pergunta a loira com a voz de desagrado, olho para a nossa mãe que esta sentada de frente para nós esperando a mesma responder, nem eu nem a Alice queríamos ir para essa festinha desagradável de ricos esnobes, vejo a minha mãe suspirar e Alice voltar a falar sem esperar a mesma responder -- duvido que percebam se não formos.

- concordo com a Alice, mamãe. Não queremos ir, e não somos tão desejadas em festas, eles não irão nem perceber se formos ou não para essa festinha de riquinhos esnobes, mamãe -- digo complementando o que a minha irmã acabaras de falar para a nossa mãe

- eles perceberão -- minha mãe diz com todas as suas certezas fazendo assim eu e Alice nos entre-olhamos sabendo que ali tinha alguma coisa, suspiro e volto a olhar para a paisagem passando pela janela e voltando a batucar no assesto onde eu e minha irmã dividimos o espaço -- onde está o seu espartilho?-- mamãe fala e eu me viro para saber se estava a falar com migo ou com a Alice, vejo a mesma olhar para baixo e mamãe suspirar pesadamente e logo depois sendo surpreendida vejo a mesma levantar o vestido da loira e vendo suas meias -- essas meias não são compridas o suficiente

- sou contra elas.-- diz minha irmã olhando no fundo dos olhos da nossa mãe, dou de ombro e volto a fazer o que eu tava fazendo antes, batucando no assento balançando a cabeça conforme a música que só eu estou escutando toca

- mas não está apropriadamente vestida -- mamãe dis com autoridade achando que seja lá o que essas regras estúpidas digam vai mudar o que eles pensam da gente, começo a batucar com mais força para ver se eu paro de prestar atenção nessa conversa idiota

- quem diz o que é apropriado?-- Alice fala e eu dou de ombro

- são os riquinhos esnobes -- falo e a nossa mãe me fuzila com o olhar fazendo eu dar de ombros

- e se falarem que é apropriado usar um bacalhau na sua cabeça, a senhora usaria?-- pergunta e eu levanto as minhas sobrancelhas para saber a resposta da mesma

- Alice, S/n -- fala de forma repreendendo a loira do meu lado, dou uma risadinha recebendo um olhar nada bom da mamãe

- dó jeito que a mamãe e o resto desse povo é, eu não duvidaria que eles usariam um bacalhau -- digo baixo para somente a Alice escutar e a mesma da um sorriso para mim fazendo eu retribuir e percebendo que a nossa mãe também escutou eu logo  olho para a estrada novamente para fugir do seu olhar

- pra mim um espartilho é igual a um bacalhau -- escuto a voz da minha irmã do meu lado sem desviar o olhar da estrada eu concordo com a cabeça escutando logo depois a nossa mãe suspirar

- por favor, hoje não -- mamãe fala repreendendo Alice e a mim pelo que a gente estava falando, dou um suspiro pela conversa logo cedo, nem acordei direito e ja recebo essa merda

- papai acharia engraçado -- fala Alice e eu abaixo a minha cabeça lembrando do nosso pai, bate uma saudade dele, era o único que brincava com a gente de verdade -- me desculpe. Estou cansada. Não dormi bem noite passada -- fala fazendo eu me lembrar da mesma vindo para o meu quarto pedir para dormir com migo, tava assim quase todas as noites, não que eu reclame, eu amo dormir acompanhada

- tendo pesadelos de novo?-- mamãe pergunta e eu reviro os meus olhos, como ela não percebe as olheiras na Alice?!.

- só um -- diz e dali em diante eu paro de escutar, ja sei o que ela ira falar, ja sei até onde essa conversa ira parar, volto a prestar atenção na estrada voltando a batucar novamente mais logo vejo uma mão por cima da minha fazendo eu parar de batucar, olho para cima vendo o olhar da mamãe me repreendendo

Querida Rainha BrancaOnde histórias criam vida. Descubra agora