°2°

129 11 5
                                    

S/n on

Acordo com alguma coisa cutucando a minha perna, abro os meus olhos com um pouco de dificuldade por estar com sono ainda e vejo a minha irmã olhando em volta e logo a loira percebe que eu acordei, a mesma faz um sinal de silêncio botando o dedo indicador na frente dos lábios para que eu fique quieta, olho para onde a mesma esta apontando com o dedo indicador da outra mão vendo um focinho grande nós farejar, olho para a Alice e a mesma esta olhando para o mesmo focinho que eu, antes que eu pense em falar alguma coisa o chapéu é levantado pelo o mesmo focinho do cachorro de caça de ontem, vejo Alice se levanta e olhar para o cachorro com uma certa raiva, o mesmo se afasta um pouco de onde a gente se encontra e a minha irmã um pouco mais desperta fala para o cão

- Achamos que os levaria para longe -- a menina de cachinhos dourados fala para o cachorro que pela feição da cara está se sentindo culpado -- o chapeleiro confiou em você

- raptaram meus filhotes e a minha esposa -- se justifica pelo que fez, e sendo sincera, ele nos deu tempo para que nos conseguíssemos nos salvar daqueles guardas chatos, vejo a minha irmã olhar bem para o cachorro como se sentisse muito pelo que o mesmo falou para ela 

- como você se chama?-- a loira pergunta para o cachorro com o tom de voz compreensivo mas forte e eu conhecendo bem a minha irma sei bem que a mesma vai fazer algo

- Bayard -- o mesmo responde a pergunta da minha irmã

- senta -- a mesma fala com autoridade e o mesmo obedece a ordem da minha irmã se sentando a nossa frente, vejo o mesmo inclinar a sua cabeça para o lado e logo tratar de falar

- e por acaso, o seu nome saria Alice?-- fala inclinando a sua cabeça mais para perto da gente com forme a sua dúvida

- sim, mas eu não sou a Alice que todos falam -- minha irma fala indignada por essa conversa se repetir sempre que alguma pessoa nova fala com ela, até eu to cansada, parece que é combinado para todo mundo falar o mesmo roteiro quando nos encontra, ou quando a encontram, ser ignorada até aqui esta me deixando bem tocada, eu as vezes me pergunto se eu existo mesmo ou se sou uma amiga imaginaria da Alice

- o chapeleiro não se entregaria por uma Alice qualquer -- fala com firmeza para a minha irmã, pelo visto mais uma pessoa que tá fingindo que não estou aqui, ou só não percebeu, eu juro que vou parar de ser a sombra da Alice, eu sei que to pequena  mas eu to bem do lado dela, isso é muito chato, ser ignorada em casa ja é costume, mas ate aqui?

- para onde levaram o chapeleiro?-- a minha irma pergunta fazendo até eu ficar com uma pulga atrás da minha orelha

- ao castelo da Rainha de Copas, em Salazen Grum -- responde a pergunta da minha irma e eu ja sei onde essa conversa ira da, e eu não estou gostando nadinha do rumo da mesma

- nos vamos para lá agora o resgatar -- fala com firmeza se aproximando do cão de caça, e não foi uma opção que ela deu para o animal e sim a mesma dando uma ordem, e isso esta me deixando com um certo receio do que esse lugar pode estar fazendo com a gente, mais com a Alice do que com migo

- não foi o planejado -- fala de forma amedrontada para a ordem da Alice

- não importa, ele foi capturado por minha causa -- fala com um tom raivoso saindo da sua voz e seu semblante ficando neutro

- o dia Fabuloso está chegando -- o cachorro fala com firmeza para que a Alice entenda o porque a Alice tem que seguir seja lá o que eles querem -- deve prepara-se para enfrentar ao Jabberwocky (Jaguadarte)

- desde que caí naquela toca de coelho, só escuto me falarem o que devo fazer, e quem devo ser. Fui encolhida, esticada, arranhada, e enfiada numa chaleira. Fui acusada de ser a Alice e de não ser a Alice, mas esse sonho é nosso! Meu e da minha irmã -- fala apontando para mim e depois volta sua atenção para o cachorro a nossa frente -- Eu decidirei para onde ir daqui em diante!-- fala e eu fico impressionada com a autoridade que minha irmã tirou do toba para responder um cachorro que pode nos comer viva so com uma bocada e falar que nem deu para tapar o buraco do dente

Querida Rainha BrancaOnde histórias criam vida. Descubra agora