Pego minha mochila, a única coisa que me sobrou do meu irmão.. seu chapéu, e meus pertences.
Coloco o objeto na cabeça e dou uma última passada no restaurante que eu e Ace sempre comíamos.— Bom dia, Kyle. Vejo que está radiante hoje, vai pedir o mesmo de sempre? — diz Bok, um antigo amigo meu.
—Bom dia, Bok. Obrigada pelos seus elogios, hoje vim para me despedir, irei passar um tempo fora da ilha.— passo a mão no chapéu e dou uma abaixada nele.
Bok entende a situação e logo se manifesta dizendo:
— você não vai.... Ah meu Deus, você vai! — bateu a mão em sua testa como forma de indignação — não entende os perigos que está correndo indo para alto mar? Quer a marinha atrás de você?!O mais velho acaba gritando a última parte, fazendo a atenção de marinheiros que estavam no restaurante ser voltada para nós.
—Com você gritando desse jeito, provável que me peguem antes de eu ir—Retruco.— e você sabe sobre minha defesa, não sou pouca coisa.
— Não estou duvidando de você, mas sabe, no mar tem peixes maiores dos que você consegue pescar.
— Ok,ok. Vim me despedir, estou partindo agora.
Bok vendo que eu não desistiria, apenas se rende e se despede de mim. Depois de um tempo ouvindo sermões,"cuidado" e "volta sempre que estiver em perigo" eu decido partir.
E foi nesse dia que minha aventura começou.Hoje faz quase um ano dessa minha lembrança, em tão pouco tempo nessa vida "ilegal" e eu já aprendi várias coisas, virei uma mestra da navegação, sempre fui uma boa cozinheira então não posso dizer que foi consequência desse último ano sozinha, mas aprendi muita coisa também, como; observar melhor as coisas, roubar, me esconder e por aí vai, a lista é grande.
—Ali está ela!!— Diz um marinheiro apontando para mim.
—Mas eu acabei de despistar vocês!— digo desanimada já. O treinamento deles deve ser muito bom porque estão correndo atrás de mim há 1h e não se cansam nunca. Devia ter entrado para a marinha também, mas sei o porquê sou pirata.
E aqui estou eu correndo novamente. Sem querer esbarro em um homem que está com saques na mão, esse deve ser cachaceiro, e nem pinta o cabelo direito, que verde horrível.
— Ei! Não está me vendo aqui. — apenas ignoro as reclamações dele.— Ahh meu saque, sua bruxa!
Ignoro o homem, mas vejo que sua imagem me é familiar. Vejo uma oportunidade e subo em um toldo, depois pulo para uma varanda e assim conseguindo chegar no telhado.
Dou uma descansada porque ninguém é de ferro.
E viajando um pouco os pensamentos, eu sou pirata e é claro que eu não tenho nenhum dia de paz.—A criança cansou de correr?— uma voz atrás de mim. Grossa e rouca, difícil de identificar.
—Cansei.— me levanto e viro, Vendo o vice almirante Smoker.
— E ainda tem a audácia de me responder.— diz ele com seu típico charuto na boca e sua cara fechada.— você é realmente igualzinha seu irmão— Fecho minha feição na hora. — Coincidência você e o chapéu de palha estarem nessa ilha, não?— diz soltando fumaça.
Assim que ouvi "chapéu de palha" senti uma chama de esperança percorrer meu corpo.
— Monkey D. Luffy e sua tripulação?— pergunto para ter certeza.
Ele me olha de maneira suspeita, como se não acreditasse que para mim também é uma grande coincidência, mas acena a cabeça.
— Foi muito bom te encontrar, chaminé ambulante.—Digo com o sarcasmo que sempre tive.— Mas tenho assuntos pendentes para serem tratados. — me aproximo da beira do telhado, Smoker corre para não deixar eu fugir mas já havia me jogado.
Rolo no chão para amortecer a queda e só ouço a chaminé gritando meu nome lá de cima, mando um beijo pelo ar e ele fica mais puto ainda. Saio rápido do local antes que ele entre em contato com a sua ajudante e o restante dos marinheiros.
— E é agora que tudo começa.— digo baixo para mim.
O que planejei por tanto tempo, estava prestes a se tornar realidade e eu nem estava acreditando.
A uma hora dessas mil coisas vinham à minha cabeça mas ignorava todas e me mantinha segura sobre a situação que estará prestes a acontecer.Caio na realidade quando escuto gritos, vindo de longe e chamando atenção de muita gente, briga talvez? Vou dar uma conferida, vai que se trata do chapéu de palha, ou devo chamá-la de Luffy?
Quando me aproximo da multidão, só vejo uma mão vindo em minha direção com tudo, acabou acertando meu rosto e cai no chão.
— Que caralhos é isso?
—Gomu Gomu no....— diz uma voz abafada vindo do meio da multidão e do nada essa mão foi puxada novamente.
Uma menina ruiva e uma rena...??? Me ajudaram a levantar, pego meu chapéu e o coloco na cabeça.
— obrigada.— agradeço eles e nos aproximamos da multidão, ainda sentindo o ardor do soco que havia tomado.
Então essas duas pessoas que me ajudaram começam a conversar, como estão ao meu lado acabei me atentando a conversa.
— Luffy é um irresponsável mesmo, onde já se viu?
Me viro para eles.
— desculpa me intrometer assim, mas, são os mugiwaras?— pergunto para a ruiva com um olhar de esperança.
—Uh? Sim somos, por que? — responde me olhando desconfiada.
Luz, câmera e ação.
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New world
FanfictionKyla, destinada a continuar a jornada de seu irmão, se joga no mar sem bote e nem boias(sentido ilustrado) explora um pouco o mundo e suas crueldades antes de se encontrar com Monkey. D. Luffy, com uma situação inesperada a Portgas se junta ao band...