New world

4-informações

— Não quero briga com você, apenas quero informações sobre o meu irmão. Não é difícil isso! — digo enquanto ele segura o queixo e começa a pensar.

— Mas antes, deixa eu tirar uma duvida.— falo enquanto me ajeito na cadeira. Nesse momento estávamos na cozinha de seu navio.— Você diz que Ace também é seu irmão, mas como? Por parte de pai?

Ele tomba a cabeça e me olha.

— Ace e eu crescemos juntos. Eu, ele e Sabo. O pai dele é Goldroger, o grande rei dos piratas...— Luffy olha no fundo dos meus olhos — eu sou filho de Dragon, irmão de Goldroger.

Fico muito surpresa, arregalo meus olhos e abro a boca em surpresa, logo me recomponho.

— Você só pode tá brincando né, Mugiwara?— Me levanto e ando um pouco para colocar os neurônios no lugar— cara.... Eu sou filha do Goldroger... isso torna a gente primos!— estava quase surtando ali.

— Tem certeza? Ace nunca me falou de você.— ele pergunta enquanto pegava uma carne assada na geladeira.

— Eu era frágil, fui pra ilha oposta de Ace por conta dos perigos. Mas, Garp ia me visitar e eu fui muito bem cuidada, ele levava meu irmão para me ver as vezes.

— Ele nunca me disse nada, faz total sentido isso.— ele disse já com certa confiança em mim.

Suspirei pesadamente e me sentei no chão, encostei na parede e apoiei meus braços nos joelhos que estavam dobrados.

"Cara.. estou totalmente perdida agora, Mugiwara no Luffy é meu primo? Então agora eu não estou sozinha? Ah que seja... eu nem preciso deles. Mas e minha vingança...''

Nessa hora, a tripulação entra na cozinha. A desculpa deles atrapalharem a conversa foi que estavam com fome.

A garota ruiva veio chegando para o meu lado.

— Eii? Garota? Você tá bem?— ela pergunta relutante se devia realmente perguntar.

levanto a cabeça e olho para ela.

— Sim, estou sim. —" pra que ela quer saber? Será que ela tá tramando algo? Somos piratas e quase nunca fazemos algo por boa intenção.''— grata pela preocupação.— me levanto e vou até a porta.

— Ô guria? Ce tá indo embora?— pergunta o narigudo.

— bem... se eu tô indo pra porta, sim eu estou indo embora sim!— digo irônica "esse povo é lento demais, como eles são procurados pela marinha e ainda com uma recompensa alta?''

— qual é o seu nome? — uma mulher de cabelos pretos aparece atrás de mim e eu assusto.— perdão, não queria te assustar.

Ela tem uma voz doce e é delicada, além de ser muito linda. "Será que ela usa isso a seu favor? Ah sei lá... eu usaria."

— Luffy! — a ruiva repreendeu o garoto — Você trás a garota para o nosso navio, sem saber nada dela e ainda por cima não perguntou nem o nome?— ela pergunta gritando.

— Eh...— ele coça a cabeça sem graça.— foi mal... mas ai, qual seu nome?.

Todos me olham na hora. "Acabei de descobrir que não funciono sobre pressão, posso fugir daqui?"

—Me chamo Kyle, Portgas D. Kyle..— digo um pouco baixo "o que é isso? Nunca me senti envergonhada antes."

— E para onde você pretendia ir?— diz um cara alto, de cabelos azuis, ele tinha um nariz de ferro e andava de sunga..

"Mas que porra é isso?.."

Fico em choque pois nunca vi nada assim.

— Acho que o *SUPER* Franky acabou deixando ela perplexa com tamanha beleza. — ele fala juntando os braços e formando uma estrela.

— Eu acho é que ela se assustou com você de sunga.— A rena comentou.

"A RENA FALOU?"

Fico ainda mais surpresa.
Respiro fundo e crio coragem para encarar a situação.

—Eu.. — tento falar mas não paro de encarar o nariz ou sei lá o que seja isso no meio da cara dele. A curiosidade vence e então não me seguro.— Olha, desculpa se você se ofender mas... o que é esse treco na sua cara? — chego um pouco perto e aponto para onde estaria o nariz.

— Ué, nunca viu um nariz não? — ele pergunta colocando uma mão na sua cintura e arqueando uma de suas sobrancelhas.

— Ah eu não tô doida ainda, o dia que ISSO for um NARIZ... você me avisa, porque nem de longe parece ser um. — falo indignada.

— É...— a rena diz suspirando ao lado do narigudo.— Acho que não era pela sunga mesmo.

— E você fala... qual é a sua hein? Usuário de akuma no mi? Experimento? Qual foi?— pergunto logo de cara.

— Ei! Não sou um experimento! Eu apenas comi uma fruta...

"Se eu passar mais um minuto nesse navio eu vou endoidar.."

— Ok... entendi. Bem... eu já vou indo, tenha um ótimo dia todos.— saio pela porta da cozinha e vou para o lado de fora, o centro do navio.— meu Deus.. achei que tinha visto de tudo nessa vida, mas um doido de sunga e uma fábula na vida real é a primeira vez. — digo apenas para mim.

"Com certeza vou escrever isso no meu diário."

Saio do navio sem mais explicações e vou até o hotel que eu estava hospedada, vou até o quarto e me deito na cama.

— O dia hoje foi uma merda — olho para o lado e vejo o porta retrato que possuía uma foto minha com Ace e Hanbok, mais conhecido como Bok ou o meu amigo do restaurante que vocês viram no 2º capitulo.— Sinto falta de vocês.— Digo pegando o porta retrato e analisando ele. — Juro que vou voltar para você... Bok. Para Ace eu prometo o mesmo, mas não vai ser agora.. se Deus quiser não.

Olho para o relógio e vejo que a hora passou rápido demais. Tomo um banho rápido e coloco um vestidinho solto, ele era laranja claro e possuía um cinto de couro no meio dele, coloco minha sandália marrom e saio para caçar algo para comer.
No caminho vejo crianças correndo, famílias felizes e flores, e para ser sincera eu acho bem brega!

Vejo um restaurante que não aparenta ser caro, entro nele e me sento em uma das mesas.

"Esse lugar me lembra muito do restaurante de Bok."

O garçom veio e me recebeu, adorei o atendimento desse estabelecimento, pedi minha comida e apenas aguardei.
Comecei a ouvir vozes familiares e barulhos muito altos vindo da porta de entrada, olho para ela e logo avisto os Mugiwaras. Torço para eles não me verem mas acabou sendo em vão, logo eles foram juntando as mesas na minha e se sentaram.

— Você ia comer aqui sozinha? Que ganância hein Kyla! Nem pra chamar a gente — Mugiwara no Luffy diz.

— É... pois é... foi de última hora.

—Então, tem uma coisa que todos nós queremos te falar mas especificamente Luffy! — A ruiva fala com tédio.

— Ih é memo rapa... Ae o Kyla, nós conversamos e a gente vai te ajudar na tua vingança.— O garoto se pronunciou.

— Sério?—deixo um sorriso involuntário escapar.— Amanhã conversamos melhor sobre essa questão e o meu plano, aqui não é um bom lugar.

Passamos o resto do jantar rindo e se divertindo, como sempre não deixei de ter o meu tom irônica e acabei arrancando risadas de todos mesmo sem querer.