Capítulo 1: Nada além de um rosto bonito

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Notas: essa é uma história bem pessoal, apesar de tudo... enfim, vou avisar que existem três versões dela: uma versão na íntegra, postada no ao3, a versão do wattpad, com uma certa censura, e a versão do spirit, com toda a censura porque eu sou cagona e não quero acordar e ser expulsa da plataforma iei!

Já que o wtt não permite opção de avisos, vou avisar o que tem na história:

- violência doméstica

- problemas psicológicos

- palavrão

- adolescentes sendo adolescentes ou seja, adolescente fazendo merda

Boa leitura!



— Nada de novo sob o sol, é só um garoto padrão. — disse Jisung, assim que conseguem ver a cara do novo aluno. Não dava pra ver direito já que metade da turma estava na frente dele, admirando-o como se ele fosse uma nova obra de arte exposta numa galeria. Changbin era ótimo em matemática e já chegou a participar de uma daquelas olimpíadas.

— Aqui jaz o tempo em que Minho era o galã da turma. — comentou Chan, rindo da minha cara, para variar. Revirei os olhos, não aguentando a piada.

— Isso vai durar por umas duas semanas, no máximo. — retruquei, ainda com os olhos no celular, deslizando o perfil no Instagram de notícias sobre nosso colégio. — Carne nova no pedaço deixa de ser interessante rápido de mais. Vocês vão ver, logo, logo todo mundo vai voltar para mim, como sempre foi. — gabei-me, com um sorriso na cara.

— Olha, eu não sei, mas ele me parece ser desafiador para você, Lino. — Jisung diz, enfiando uma goma de gelatina na boca. — Ele parece o Sasuke. — terminou fazendo uma alusão, para eu imaginá-lo melhor. Eu não olharia para ele, gostaria de deixar claro que, seja lá quem seja, eu não dou atenção pois sou confiante com meu posto.

— Nossa, a boca dele é tão bonita... Será que ele aplica botox? — Changbin questiona, como sempre, algo idiota. Imagino, agora, um garoto como Sasuke mas com boca de peixe, como os de Bob Esponja.

Em um suspiro, desligo a tela do aparelho e o afasto para olhar meus amigos. Changbin está sentado na janela aberta, um empurrão ou um segundo de desatenção e uma tragédia acontece, mas ele está muito mais preocupado em conseguir algumas gomas de Han do que o perigo. Jisung, por sua vez, está sentado na minha frente, com os braços sobre o encosto da carteira, jogados em direção à minha mesa e com as bochechas infladas de tanto doce que as encheu. Chan, por outro lado, está atrás de mim, com uma das pés apoiados na perna da minha cadeira observando o dia lá fora atrás de Changbin.

Nenhum deles usa o uniforme corretamente. Han está com a gravata do avesso, sem nó, sua camiseta está toda amassada e seu calção tem alguns pedaços pequenos de papel grudados, coisa que provavelmente ele esqueceu de tirar antes de colocar a peça para lavar, uma verdadeira bagunça. Changbin, no entanto, está com a sua camiseta com a ponta das mangas dobradas para trazer atenção ao seus músculos, mas sua camisa branca também está amassada. Chan está com o uniforme de inverno quando é verão, imagino a desculpa que ele deve ter dado para poder passar assim na direção, com as canelas cobertas e com um blazer estupidamente quente. E me pergunto como ele não está assando por dentro com essa vestimenta.

Por outro lado, eu sou o que mais está apresentável. Até pareço engomadinho com o uniforme todo bem posto.

Sem que eu perceba, eles vêem algo e logo se afastam de mim, para me dar alguma privacidade. Assim que eu olho para trás, eu vejo, com um sorriso fraco, Sakura me estendendo algum papel.

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