Rubrique Love〡Minsung

「15」

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

Após a refeição, eles saíram para a cidade. Jisung percebeu claramente que ele havia se acomodado, sem muita dificuldade depois daquelas poucas horas. Ele não era particularmente tímido, era fácil de conviver quando as pessoas o deixavam confortável, aqui era o caso, ele apreciava o humor deles, companhia deles. Minho não havia parado um só minuto de provocar Jisung, que se sentia um pouco mais à vontade com o mais velho, acontecia que ele dava tapinhas em seu ombro, que o empurrava gentilmente, e gostava de ver seu sorriso ousado se alargar quando ele não tinha mais inteligência para responder.

Por volta das quatro da tarde, Jay e Changbin estranhamente tiveram que voltar para casa por motivos inexplicáveis. O americano não hesitou em convidá-los a continuar sem eles, num café local ou qualquer outro lugar, para que todos se encontrassem na próxima vez. Jisung assentiu com um sorriso, oferecendo lhes um aceno amigável quando saíram. E percebendo que agora estava sozinho com Minho, congelou no local, lhe lançando um breve olhar. O outro estava acariciando seu braço, de repente tímido como o inferno, mas limpou a garganta, na esperança de aliviar a tensão que acabava de se instalar.

‘Você quer ir para casa?’ Ele questionou, com a esperança óbvia de que o outeo recusaria.

‘Bom... Como quiser…’ Jisung respondeu, quase num sussurro.

Jisung também achou o ar pesado, de repente os dois parados na rua realmente pareciam um encontro, um encontro ou talvez ele estivesse se metendo em confusão. Ele franziu os lábios enquanto respirava para lhe dar coragem, ele tinha que manter a cabeça fria.

‘Se eu te perguntar, não é para você responder do jeito que quiser, espertinho’. Ele riu, finalmente captando o olhar do outro. ‘Eu não quero voltar, então estou te perguntando, você quer?’ E como resultado, Jisung então assentiu negativamente, sob a expressão feliz do moreno. ‘Vamos sentar no terraço?’ Ele apontou para o café do outro lado da rua, Jisung assentiu rapidamente enquanto começava a andar.

Após fazer o pedido, os dois jovens sentaram-se um de frente para o outro, o moreno pigarreou enquanto franzia os lábios, Jisung ergueu uma sobrancelha enquanto o avaliava, soltando o canudo de seu café gelado.

‘Você tem algo a dizer?’

'A fumaça do cigarro incomoda você?’ Ele questiona, parecendo envergonhado, enquanto Jisung se apressa em balançar a cabeça negativamente.

O outro então tirou o objeto em questão do bolso da calça, levando um deles aos lábios enquanto pegava o isqueiro do bolso da jaqueta de couro, um simples isqueiro zippo cromado e liso. Estranhamente, Jisung teria apostado que seu fogo era assim, à sua imagem, e ele não teria imaginado isso com mais ninguém. Durante esse breve momento de silêncio, ele teve a oportunidade de o observar por trás do grande copo de seu café gelado, ele estava angelical, etéreo. Uma suavidade comprometida por seu carisma mais sombrio e intimidador, por um olhar odioso e músculos legíveis sob roupas não tão largas. Uma beleza paradoxal tão atraente quanto fechada, emanava toda a inacessibilidade de Lee Minho, um encanto perturbador mas uma alma impenetrável, rigorosamente trancada com cadeado. Era o quebra-cabeça que estava diante dele, majestosamente.

Quase teve enxaquecas, um enigma que ele só queria resolver, só queria poder chamar de seu. Analisando-o, uma leve risada o fez vibrar quando certas ideias a seu respeito surgiram em seus pensamentos. Minho ergueu uma sobrancelha enquanto soprava a fumaça do cigarro aceso.

‘Eu faço você rir?’

‘Eu queria saber que tipo de música você ouve’. Ele riu enquanto misturava o chantilly em sua bebida, misturando-o na mistura congelada.

‘E aí? Tem alguma ideia?’ O mais velho desafiou, tomando um gole de seu café com leite.

‘Hm, estou hesitando entre rock, metal, do tipo bem pesado, álbuns slipknot ou... Rap, Drill, ou melhor Pop Smoke.’

A pessoa em questão quase engasgou com a fumaça quando o ouviu fazer suas suposições, Jisung considerou isso uma má jogada, ele realmente se perguntou que tipo de música ele poderia ouvir.

‘Não sou muito complicado quando o assunto é música’. Ele confidenciou, envergonhado, passando uma das mãos pelos cabelos.

‘Do tipo? Então me mostre sua lista de reprodução!’ Encorajou o adolescente, apontando para o celular.

Minho franziu o lábio inferior, contendo um sorriso ao lhe entregar o aparelho após desbloqueá-lo, deslizando pela mesa. Jisung pegou e clicou no ícone do seu Spotify, e na página inicial ele abafou uma risada incrédula.

‘Justin Bieber, Harry Styles, BTS, Dua Lipa..? Você está brincando comigo?’ Ele mostrou a ela os álbuns que foram imediatamente exibidos.

‘Ou senhor, para de me julgar’, disse Minho revirando os olhos para o céu, agarrando rapidamente o seu celular novamente. ‘Mostre o seu agora!’

Jisung revirou os olhos enquanto pegava o telefone no bolso de trás para abrir sua playlist para ele, colocando então a tela sobre a mesa, bem na frente do mais velho que começou a rolar a página.

‘Só não sei o quê é ou que coisa nova há aqui, mas tem entre vinte’, ele continuou deslizando o dedo no celular, Jisung riu levemente.

‘Me diz que você conhece alguns deles, afinal?’ Ele perguntou, inclinando-se para frente.

‘Lil peep, Trippie Redd, Juice, Travis, XXX, Post Malone, eu sei de qualquer maneira’. Ele revirou os olhos quando finalmente entregou o dispositivo de volta para ele, Jisung respirou aliviado enquanto o pegava de volta para guardar no fundo do bolso de sua calça jeans preta.

‘Gosto de descobrir você sob essa nova luz’. Confidenciou o loiro com sinceridade, apoiando os dois cotovelos sobre a mesa para agarrar seu rosto entre as mãos, aproximando-o um pouco mais do outro.

Minho ficou sem palavras por um momento antes de avaliá-lo com desconfiança apagando o cigarro no cinzeiro, apenas o tempo suficiente para ver se ele estava fazendo uma piada de mau gosto, seu olhar sem graça fez o outro querer desviar o olhar.

‘Tudo bem então, vamos ser amigos agora’. Ele cedeu, estendendo a mão direita, que o outro levou alguns segundos para agarrar.

Ele sentiu um arrepio passar por entre os dedos no momento em que suas mãos quentes se entrelaçaram, suas orbes ainda perfeitamente magnetizados um para o outro. O toque dela o queimou, o deixou bêbado, mesmo que fosse apenas o de sua mãozinha. Ele só queria descobrir que tipo de coisas ele poderia sentir se o par de lábios rosados e perolados, convidativos e cativantes, encontrasse os dele, meu Deus, isso era tudo o que importava para ele no momento. A tal ponto que ele não sabia como olhar para outro lugar até que Minho o soltou, limpando a garganta, com as pontas das orelhas já ficando vermelhas.

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

Essa tensão deles no final...