Através do espelho, encontraram-se em um local desconhecido para Edwin, um ambiente que se revelou como um quarto com uma decoração moderna e minimalista, totalmente distinto dos cenários que ele estava habituado a encontrar na residência de Jessie.— Que lugar é esse? – Edwin perguntou, olhando ao redor com curiosidade.
— Sei lá, invadimos uma propriedade para conversar. – Charles respondeu com um sorriso travesso, provocando uma reação incrédula em Edwin.
Rowland se lançou na cama, provocando um tumulto nos lençóis, enquanto Edwin se acomodou com delicadeza na beira do colchão, observando seu amigo aproveitar o conforto da cama.
— Viemos aqui para conversar, não para ficar deitados na cama, Charles. – Edwin comentou com uma leve repreensão, mas Charles apenas sorriu, parecendo totalmente à vontade.
Depois de insistir, Rowland finalmente adotou uma postura mais séria, sentando-se ao lado de seu amigo com determinação.
— Olha, eu quero esclarecer que o que você viu no quarto da Crystal não passa de um mal entendido. Eu estava falando com ela sobre não nos envolvermos mais, para sermos apenas amigos, justamente porque eu gosto de você, Edwin. Eu estou apaixonado por você.
Edwin, por sua vez, sentiu um turbilhão de emoções invadindo seu ser. A adrenalina corria por seu corpo, suas mãos ficaram levemente trêmulas e estômago pareceu dar um nó. Era uma sensação estranha, como se estivesse experimentando uma montanha-russa de sentimentos, cada um mais intenso que o outro. A antiga sensação de calor, que ele achava que só existia em lembranças distantes e de quando era vivo, começou a se espalhar por seu corpo, aquecendo-o por completo.
Ao ouvir as palavras de Charles, Edwin se sentiu como se estivesse flutuando em um mar de emoções, incapaz de encontrar um ponto de apoio. Ele queria sorrir, gritar de alegria, mas ao mesmo tempo sentia uma pontada de medo e incerteza. A ideia de que seus sentimentos eram correspondidos era ao mesmo tempo maravilhosa e assustadora.
— Então... Por que estavam de mãos dadas e tão próximos? – Edwin sussurrou, desviando o olhar para o chão, incapaz de encarar Charles diretamente.
— Eu estava explicando isso para ela. Ela ainda não sabia. Estávamos conversando sobre isso quando você entrou...
Ele olhou nos olhos de Rowland, perdido em suas próprias reflexões, tentando processar tudo o que estava acontecendo. As palavras do amigo ecoavam em sua mente, como uma música suave que ele não conseguia parar de ouvir.
Payne ficou pensativo, seu olhar perdido no vazio enquanto processava as palavras de seu amigo. Sua mente começou a aceitar a explicação, lembrando-se do semblante sério que os dois tinham enquanto conversavam. Talvez realmente fosse apenas um mal entendido.
— Tudo bem, Charles. – Edwin suspirou, cruzando os braços e olhando para seu amigo. Ele aceitou a explicação, e Rowland não poderia estar mais feliz.
Um sorriso sincero iluminou o rosto de Charles enquanto ele se aproximava de Edwin, seus dedos deslizando suavemente pela bochecha do amigo. Por alguns instantes, eles se encararam intensamente, os olhos conectados em uma dança silenciosa de sentimentos. As orbes redondas de ambos pareciam adorar esse contato visual, como se encontrassem conforto e compreensão um no olhar do outro.
Edwin sentiu seu coração acelerar quando seu olhar se fixou nos lábios de Charles, uma sensação irresistível o impelindo a se aproximar mais e mais. Ele umedeceu os lábios nervosamente, sentindo-se incapaz de resistir ao desejo que crescia dentro dele. Com um impulso arrebatador, Edwin finalmente se rendeu ao desejo e selou os lábios do amigo com paixão avassaladora.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙎𝙚𝙣𝙨𝙖𝙘̧𝙤̃𝙚𝙨「Garotos Detetives Mortos」
أدب الهواةPequenas alterações na narrativa original! ٭ Charles Rowland demonstra um tipo peculiar de ciúmes em relação às interações de seu amigo, Edwin Payne, com um determinado humano vivo, Monty... O que esses encontros ocasionarão na sólida amizade entre...