Capítulo 22

7 3 0
                                    

Com tudo isso acontecendo e Soo Ri em seu apartamento abraçada ao travesseiro que Tae sempre usava chorando. Queria chorar tudo que podia e dar um pouco de descanso aos seus olhos cansados.
Ela não tinha ideia do que estava acontecendo com Tae e o restante do mundo.
Ela sentiu uma dor na barriga e se lembrou que só comeu de manhã, se sentia fraca e sem ânimo para nada. Se obrigou a levantar e fazer um ramen, tinha que encontrar forças para chegar em seu porto seguro que eram seus pais e aqueles braços revigorantes que lhe davam coragem e força para enfrentar o mundo.
Comeu, tomou um banho e colocou um pijama e abraçou o Sr Bigodes e caiu em um sono profundo.
Na rua, embaixo de um poste estava Seon Sun, fumando um cigarro e ficou satisfeito quando viu a luz se apagar, sinal que tinha intenção de dormir. Ele sabia que tinha desenvolvido sentimentos protetores e perigosos com este trabalho, mas não conseguia evitar, esta menina tinha um ar de tanta doçura e amabilidade que foi difícil resistir.
A observava comprimentar a todos igualmente com educação e apreço. E os sentimentos que tinha não eram carnais e sim de um irmão protetor.
Naquela tarde, se conteve ao máximo para não pular no pescoço daquele irmão escroto, sentiu que foi por um triz.
Respirou fundo sabendo das peças que estavam sendo arrumadas no tabuleiro do destino, Hansol ligou para ele contando de tudo que estavam fazendo e pedindo sugestões, afinal, ele é um profissional treinado e experiente. No começo aceitou este trabalho porque achou fácil e ganhava muito bem, mas agora é questão de família, este cretino mexeu com a pessoa errada.
Pegou a sua garrafa de café gelado e tomou mais um copo e suspirou se sentindo exausto, hoje precisava dormir, depois que chegasse no campo, dormiria muitas horas e colocaria os outros para trabalhar também, estavam muito folgados parecendo que estavam de férias.
Eles já estavam alertas e sabendo de todos os passos e preparados para qualquer eventualidade.
Foi com tristeza que seguiu Soo Ri até o ponto de ônibus e depois assistiu ela pegar mais um para chegar em seu destino e com uma bolsa de viagem e mais a gaiola do seu gatinho, ainda bem que é perto de Seul.
Ela estava profundamente abatida e magra, sem brilho algum e com os olhos tristes. Esperou umas duas horas e entrou na propriedade de Tae, respirando o ar puro e vendo as árvores ficando com as folhas amarelas, sinal que o outono estava chegando.
Todos vieram ver quem estava alí.
-Oi Seon Sun, o que está fazendo aqui? Perguntou Soo Ri curiosa.
-Oi Soo Ri, oi Sr e Sra Park, disse se curvando. Estou cumprindo ordens, vamos fazer um remanejamento de homens.
-Desembucha, me conte, quero e preciso saber.
-Não é nada disso, já disse. Respondeu ele sério.
-Se não contar vou ligar para Tae.
-Pode ligar. Respondeu ele confiante.
-Ahhh... que seja, agora não quero saber, vocês sabem o que fazem e eu estou cansada e com fome, omma, por favor vamos comer?
-Está pronto, e como se chama filho?
-Ahn Seon Sun, Senhora.
-Bem vindo, filho, o almoço vai sair, lave as mãos, e ele se lembrou de sua mãe olhando a mulher de cabelos brancos e envelhecida pelo trabalho duro, e a sua pele curtida pelo sol e isto é sinal de gente simples e batalhadora.
-Vamos lá, vai provar a melhor comida de sua vida, eu estou tendo que correr duas vezes por dia para manter a forma.
-Que vida boa, hein? Sem brincadeira agora, e por aqui tudo bem?
-Sem nenhum sinal de nada. Colocamos câmeras por toda a propriedade e nunca tivemos nenhum problema.
-Isto é bom. O sujeitinho dá vontade de dar uma coça bem dada e arrancar a sua pele, ele é nojento.
-Ele para chegar nela terá que passar por nós primeiro.
-Ele não fará isso, ele é um covarde que gosta de se aproveitar das mulheres. Eu preciso descansar hoje, certo? Estou a dois dias a base de café.
-Já tem uma cama te esperando amigo.
-Só depois de experimentar esta comida tão falada.

Em Tae naquela noite, os homens arrumaram o escritório com mais dois notebooks e outras coisas que trouxeram e que ele não sabia do que se tratava. Depois de ficarem todos a par das descobertas, se despediram marcando para se verem no meio da manhã, precisavam descansar um pouco.
Quando Tae acordou já tinha recado de Seun Sun dizendo que ela estava segura na casa de campo.
Tae suspirou aliviado.
Tomou um banho e arrumou a sua mala para o outro dia em que ia viajar.
Mandou mensagem no grupo que eles tinham, agradecendo o apoio que recebeu de seus irmãos.
Enquanto comia um ramen, mandou mensagem para ela após tanto tempo.
"Oi Princesa, como você está? Eu aqui estou bem, indo mais uma vez para os USA para trabalhar, e desta vez vamos todos do grupo, vamos tirar fotos conceitos, cada um escolheu o seu tema, o meu é com cavalo, vou me imaginar o seu príncipe e a salvando do lobo mau, o que acha?"
Demorou uns minutos e Tae via sinal de digitar mas não ia até o fim.
Ele esperou pacientemente.
E ela respondeu depois do que pareceu uma eternidade:
"Bom dia Anjo, eu estou bem também, peguei uns dias de férias e vim ficar neste paraíso, que corra tudo bem com sua viagem. E você sempre será o meu príncipe. E só imagino você arrasando corações com a sua beleza."
"Menos amor, muito menos por favor, não exagera."
"Bom, você já me pagou com uma sacola cheia de calcinhas, então eu sei do que eu falo." E colocou umas carinhas de safada.
Tae sorriu.
"Gosto de quando é safada."
"Sei que gosta, mas eu tive um ótimo professor e amigo também safado." E colocou um punhado de foguinhos.
Tae riu alto.
"Hum. Um dia apagarei este fogo todo."
E ela respondeu:
"Só promessas..... " Respondeu Soo Ri.
"Só me dê tempo de te pegar, e um dia iremos cavalgar juntos, você irá gostar, mas agora eu preciso ir, tem pessoas me esperando, beijo nesta boca Princesa."
"Boa viagem Anjo, bjo".
E Tae foi abrir a porta para Gum Mi e seus homens.

Pelos Caminhos do Coração Onde histórias criam vida. Descubra agora