03 - accidente

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Na manhã seguinte, o grupo de sonserinos estava no grande salão para o café da manhã. Pansy ainda zoava com a cara de Potter, fazendo Draco quase morrer de vergonha.

— Para com isso, Pansy! — Ele falou baixo, mas tentando fazê-la escutar.

— Por que? É tão divertido zoar com a cara dele. — Ela riu, sua feição despreocupada — Você costumava ser meu parceiro nas provocações.

— É, mas... — Draco suspirou — Acho que já estamos grandes o suficiente para parar com essas brincadeiras, não estamos?

Pansy o olha feio e empina o nariz, suas bochechas rosadas em vergonha.

— Que foi que aconteceu com você nessas férias? — ela perguntou zangada — De repente você volta como se você se achasse muito mais maduro que a gente.

Os olhares de todos os seus amigos se voltaram para eles, fazendo o menino ficar tenso no mesmo segundo.

— É verdade, Draco — Blaise acrescenta — Você mudou muito.

O loiro fica mudo, tentando inventar uma desculpa. Que idiota ele foi, achou mesmo que eles não perceberiam? O garoto imaturo que costumava zombar da cara dos outros, de repente volta querendo paz. Óbvio que iam notar.

— Eu só... — Ele engole seco, evitando olhar para eles — acho que... temos coisas mais importantes para nos preocupar.

— Tipo o que? — Pansy aperta os olhos enquanto olha na direção de Draco.

— Tipo... Sirius Black! — Draco diz desesperado, as mãos trêmulas.

— Ah, verdade! — Daphne concorda e põe a mão na boca, surpresa. — Ele foi o primeiro a conseguir fugir de Azkaban, o que será que ele está procurando?

— Dizem que ele era um seguidor fiel de você-sabe-quem. — Theo comenta. Os demais sentem um frio na espinha — Talvez ele queria trazê-lo de volta?

Todos se calam enquanto se entreolham, criando coragem para falar alguma coisa.

— Sua mãe era uma Black, não era, Draco? — Daphne questiona, quebrando o gelo e parecendo pensativa.

— Como é que você sabe disso? — Blaise arqueia uma sobrancelha.

— Aprender sobre a árvore genealógica de algumas famílias sangue-puro é um dos meus passatempos. — Ela responde sorrindo — Eu também sei que sua avó materna era uma Rosier, só não me lembro o nome dela agora...

— Druella. — Draco responde, menos tenso pela troca de assunto — E sim, minha mãe era uma Black. Por que?

— Isso quer dizer que você é parente de Sirius Black! — Ela fala alto, atraindo a atenção de algumas pessoas.

— Ele é meu primo — Draco fala, pensativo — Mas acho que é de quarto ou quinto grau, então acho que ele nem conta como parente. A mãe de Sirius era irmã de meu avô materno.

— Que complicado... — Crabbe se pronuncia pela primeira vez, mexendo em sua comida.

— Você está falando de Walburga Black, não é? — Ela acrescenta, prevendo animada por mostrar seus conhecimentos.

— Ok, agora você me deixou assustado. — Ele fala, de olhos arregalados. — Como você sabe de tudo isso?

Ele sabia desde sua antiga vida que Daphne tinha a mania de estudar a árvore genealógica alheia, mas ela nunca havia dito que sabia tanto sobre a família de Draco.

Talvez porque em sua vida passada ele nunca tenha dado liberdade suficiente para as pessoas fuçarem em sua vida.

— A família Black tem uma árvore genealógica bem complexa. Quando eu vi que você fazia parte dela, me interessei mais. — Daphne apoia o rosto em sua mãos e encara Draco.

𝐓𝐫𝐲𝐢𝐧𝐠 𝐚𝐠𝐚𝐢𝐧 - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora