𝐓𝐫𝐲𝐢𝐧𝐠 𝐚𝐠𝐚𝐢𝐧 - Drarry

06 - discoveries

A lua cheia do mês havia chegado, fazendo as aulas de D.C.A.T se tornarem um verdadeiro porre. Draco gostava do diretor de sua casa, sim, mas Snape parecia muito mais focado em fazer seus alunos estudarem incessantemente sobre lobisomens do que realmente ensiná-los feitiços defensivos.

Sabendo da verdade por trás disso, era óbvio o motivo. Ele queria que todos descobrissem a identidade de Lupin, mas na época não havia dado certo, já que ninguém se importou, e uns meses depois Snape contou a verdade a todos, fazendo o professor se demitir.

Draco não queria que Lupin se demitisse, mas ele achava que isso estava fora de seu controle. Por mais que ele tenha conseguido voltar para o passado, existem certas coisas que estão fora do alcance de uma criança de treze anos.

Felizmente, apanhar o pomo de ouro na partida contra da Grifinória hoje não era uma dessas coisas.

O clima estava pessimo, a tempestade era intensa e os jogadores de verde não pareciam muito felizes por jogar nessas condições. Os jogadores da Grifinória vieram pelo outro lado do campo. Flint e Wood se encontraram e deram um aperto de mão enquanto se olhavam feio, quase quebrando a mão um do outro. Eles montaram em suas vassouras e o jogo não tardou a se iniciar.

Draco pegou impulso e voou para cima, saindo na frente de todo mundo. Ele riu em cima de sua Firebolt, suspirando feliz por finalmente estar estreitando sua almejada vassoura. Ele volta sua atenção para o jogo, mas não consegue ter nenhum vislumbre da bolinha dourada. A tempestade estava tão forte que ele não conseguia ao menos escutar a narração do jogo. Ele se concentrou em tentar achar o pomo, mas uns três raios quase o acertaram, por pouco não o jogando para fora de sua vassoura. Vez ou outra alguém trombava nele, jogando-o para o lado.

Finalmente, Draco consegue enxergar o pomo ao longe, perto das arquibancadas dos professores. Pegando impulso com sua vassoura, ele passa como um vulto atrás dos outros jogadores, sendo seguido pelo outro apanhador.

O loiro estava na liderança, a mão esticada em direção ao pomo. Potter até tentava o ultrapassar, mas sua vassoura não era rápida o suficiente. De repente, o vento pareceu diminuir, um leve silêncio se apossou do estádio. O garoto não desvia seu olhar do pomo nem por um segundo, seu pulso quase se soltando do restante de seu braço de tanto que o esticava. E então...

Ele o pegou.

Seu ouvido parece estar surdo, e, por mais que esteja frio, sua mãos estavam suando de expectativa. Seu coração bate forte em seu peito enquanto o pomo se aquieta em sua palma, calmo depois de ser capturado. Draco morde o lábio em êxtase, sentindo um frio de arrepiar em sua pele. Ele olha para trás, finalmente se dando conta de que estava muito mais alto que o estádio, não tendo nem visão das arquibancadas.

Ele arregala os olhos em terror.

Inúmeros dementadores rondavam ao redor da vassoura de Harry, que parecia prestes a desmaiar. Draco guarda o pomo dentro de seu uniforme, internamente se batendo por sua burrice. Foi nesse jogo que Potter havia caído de sua vassoura, mas pela excitação do jogo, Draco nem se preocupou com isso. Em sua última vida, a Sonserina havia jogado contra a Corvinal, não com a Grifinória.

Com sua varinha em mãos, ele conjura o feitiço, mas Harry desmaiou antes de que ele pudesse afastar os dementadores, caindo de sua vassoura. O loiro voa rapidamente até o garoto mais alto e o segura, descendo rapidamente para mais perto do campo, longe daqueles monstros que queriam sugar a alma deles. Ele acelera enquanto segura o uniforme de Potter fortemente.

A névoa gelada arrepiava o corpo de Draco, mas ele não tarda a conseguir ter um vislumbre das arquibancadas. Ele despenca com velocidade em direção ao chão, ainda controlando a vassoura, mas já sem forças para segurar o garoto pesado que estava praticamente debruçado em seu colo. Ele finalmente chega ao solo, conseguindo respirar com dificuldade. Sua cabeça latejava de dor quando ele descia da vassoura, o corpo do garoto moreno no chão. Ele põe a cabeça do menino em seu colo, com medo de machucá-lo.