Layla sempre foi uma garota reservada, não exatamente tímida, mas que preferia ficar na dela e em seu próprio mundo. Ela nunca foi muito boa em interagir com as pessoas, muitas vezes se perdendo em seus pensamentos enquanto os outros ao seu redor conversavam. Sua mente costumava voar longe, imaginando coisas que pareciam saídas de um conto de fadas, ou pelo menos era assim que ela pensava.Ela cresceu sem conhecer sua mãe, e isso sempre foi um mistério que a intrigava profundamente. Ela nunca perguntava sobre sua mãe para seu pai, um homem muito fechado e discreto, que não gostava de falar muito sobre o assunto. Ela entendia que era um tema sensível para ele, mas ainda assim, Layla não conseguia evitar o desejo de saber mais sobre sua mãe, de entender quem ela era e por que havia partido.
Apesar de sua curiosidade, ela aprendeu a lidar com a falta de informações sobre sua mãe, focando-se em sua própria jornada e em descobrir quem ela era. Ela sabia que um dia encontraria respostas, mesmo que tivesse que buscá-las por conta própria. Enquanto isso, ela continuaria a viver em seu mundo de fantasias, onde as possibilidades eram infinitas e os mistérios esperavam para serem desvendados.
Layla cordou em sua cama depois de mais um sonho intrigante com as garotas misteriosas. Ela se levantou devagar, deixando os detalhes do sonho se dissiparem enquanto se preparava para o dia. Ao descer para tomar café da manhã, o cheiro delicioso de panquecas e o suco de acerola favorito da garota invadiram a cozinha.Seu pai, apesar de ser reservado, sempre encontrava maneiras de demonstrar seu amor por ela. Ele havia preparado o café da manhã, um gesto simples, mas cheio de significado. Sentaram-se juntos à mesa e começaram a comer, o silêncio confortável e acolhedor envolvendo-os como um abraço caloroso.
Não havia necessidade de muitas palavras. O amor entre eles estava presente em cada gesto, em cada olhar, em cada momento compartilhado. Ela sabia que, apesar das diferenças e das perguntas não respondidas, tinha um lar seguro e amoroso ao lado de seu pai. E naquele momento, isso era tudo o que importava.
Enquanto eu estava tomando café da manhã com meu pai, senti um arrepio percorrer minha espinha quando a porta da casa se abriu abruptamente. Ela entrou, Katherina, minha madrasta. Seus passos ecoaram pelo corredor, anunciando sua presença com uma aura de arrogância e indiferença.
Ela era indiscutivelmente bonita, com uma presença que poderia facilmente hipnotizar qualquer um. Mas por trás daquela beleza, havia uma frieza implacável, um desdém pelos outros que transparecia em cada gesto.
Seus olhos varreram a sala, encontrando os meus com um olhar gelado que me fez estremecer. Eu podia sentir a hostilidade emanando dela, mesmo quando ela se aproximava da mesa do café.
Eu sabia que ela não gostava de mim, que via minha presença como uma intrusão em sua vida perfeita ao lado do meu pai. Mas ela era mestre em fingir preocupação na frente dele, em manter essa fachada de uma mãe preocupada enquanto secretamente desprezava minha existência.
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A Dança das Tempestades: Clarisse la rue e Thalia grace
FanfictionNos Campos de Batalha Celestiais, uma tempestade se aproxima enquanto o amor floresce entre três herdeiras dos deuses: uma filha dos céus, uma da guerra e a terceira, da Noite Eterna. Entre guerras divinas e segredos obscuros, elas enfrentarão o des...