𝟎𝟎𝟒

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Acordei sentindo a leveza dos lençois

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Acordei sentindo a leveza dos lençois. Meus olhos vagaram pelo quarto, absorvendo cada detalhe: as paredes brancas, a luz suave filtrada pelas janelas, o silêncio interrompido apenas por sussurros distantes. Quando meus olhos finalmente pararam em uma garota ao lado da minha cama, eu quase não pude acreditar. Era a garota dos meus sonhos. Ela era linda, mais do que linda.

"Qual seu nome?" ela perguntou, sua voz firme, mas curiosa. Eu não respondi de imediato, ainda absorvendo sua presença. "O gato comeu sua língua, princesa?" provocou, um sorriso brincando em seus lábios. Senti meu rosto esquentar com o apelido, um misto de vergonha e surpresa.

"Layla Darkmoon," murmurei quase inaudível, ainda tentando compreender o que estava acontecendo.

"Sou Clarisse, Clarisse La Rue," ela respondeu, sua voz agora mais suave.

"É um nome bonito," eu disse, minha voz mal saindo, quase um sussurro. "O seu também," ela respondeu sem hesitar. Eu dei um sorriso para ela, mas por dentro parecia que meu coração ia sair pela boca. Ela era tão linda, tão real.

Mas então, a porta se abriu bruscamente e alguém interrompeu nosso momento, se é que posso chamar assim. Um garoto alto entrou. Ele tinha uma cicatriz no rosto e um ar de autoconfiança. Até que era bonitinho, mas nada se comparava com a deusa grega ao meu lado.

"Estou vendo que a princesa acordou," disse ele com sarcasmo. Não sei por que, mas foi diferente de quando Clarisse me chamou de princesa. Com ele, senti desconforto e raiva; eu não gostei nem um pouco.

"Não me chame de princesa, eu nem te conheço e não te dei intimidade," respondi firme, minha voz carregada de desdém.

O garoto parecia desconcertado com a resposta, seu sorrisinho irritante desaparecendo por um momento.

"Se precisar de alguma coisa, estarei por perto," disse Clarisse, lançando um olhar duro para o garoto, deixando claro que ele não era bem-vindo.

"Eu sou Luke," o garoto se apresentou, tentando recuperar a compostura.

"Layla," respondi sem muita vontade, apenas para ser educada. Tudo bem que eu não gostei dele me chamando de princesa, mas meu pai me deu educação.

Meu pai... Meu pai não está mais aqui. Eu estou sozinha agora, não tenho mais ninguém. Eu tenho a Cassy. Cadê a Cassy? Ela está bem? Cadê minha melhor amiga? Eu a perdi também?

"Cassy... cadê ela?" perguntei, minha voz saindo mais grossa do que eu pretendia, a ansiedade transparecendo.

"Ela está bem, já foi tratada e está melhor. Você também precisa ser cuidada. Vou chamar um dos filhos de Apolo," Clarisse respondeu, me olhando de um jeito carinhoso e protetor.

Mas seu olhar mudou quando voltou para Luke. "Você não tem mais nada pra fazer, garoto? Vamos deixar ela descansar," disse Clarisse, sua voz agora autoritária e firme.

Luke deu de ombros, visivelmente irritado, mas eu não me importava. O que importava era que Clarisse estava ali, ao meu lado, pronta para me proteger. Senti um misto de alívio e gratidão. Ela era tudo o que eu sempre sonhei, e agora estava bem na minha frente. Eu ainda estava assustada e perdida, mas com Clarisse ali, me senti um pouco mais segura.

"Obrigada," sussurrei, e Clarisse apenas assentiu, seu olhar suave voltando a me confortar. Eu sabia que, com ela ao meu lado, eu poderia enfrentar qualquer coisa.

Minhas memórias dos sonhos voltaram à tona. Aqueles sonhos onde uma garota forte e determinada sempre aparecia para me ajudar nos momentos mais difíceis. Clarisse parecia ser essa garota. Nos meus sonhos, ela sempre estava lá, me salvando e me dando forças. Agora, ali na enfermaria, eu estava vendo a garota dos meus sonhos em carne e osso. Era como se o destino estivesse me dando uma chance de transformar meus sonhos em realidade.

Clarisse, com sua presença marcante e olhar protetor, parecia reconhecer algo em mim também. Talvez fosse o mesmo laço inexplicável que eu sentia. E enquanto ela mantinha Luke à distância com seu olhar duro, eu senti que podia confiar nela, que podia baixar a guarda.

Mesmo com o medo do desconhecido e a incerteza do futuro, eu sabia que queria Clarisse ao meu lado. Seu nome, seu sorriso, a maneira como ela me defendia – tudo nela era perfeito. Era quase surreal estar tão próxima da garota que povoava meus sonhos. Eu não sabia como seria o amanhã, mas naquele instante, decidi que faria de tudo para descobrir. Com Clarisse ao meu lado, eu estava disposta a enfrentar qualquer desafio, qualquer ameaça.

Enquanto eu observava Luke se afastar, confuso e derrotado, permiti-me sonhar com um futuro onde Clarisse e eu enfrentaremos o mundo juntas, como nas melhores histórias de aventura e amor. Ela era a garota dos meus sonhos, e eu não deixaria nada nem ninguém tirar isso de mim.

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Enquanto o sol se punha no horizonte, eu me via imersa em um mar de pensamentos tumultuados. Cada suspiro trazia consigo uma sensação de incompletude, como se algo essencial estivesse faltando em minha existência. Era como se minha alma ansiasse por uma conexão que ainda não havia sido realizada.

Foi então que sua imagem surgiu em minha mente, como um raio de luz em meio à escuridão. A outra garota dos meus sonhos, com seus cabelos negros como a noite e olhos azuis que brilhavam como estrelas distantes. Seu sorriso, malicioso e sedutor, transmitia uma promessa de aventuras desconhecidas, enquanto seu olhar desafiador desafiava qualquer um a desvendar seus segredos mais profundos.

Eu sentia, de alguma forma inexplicável, que ela estava mais próxima do que eu jamais havia imaginado. Cada batida do meu coração ecoava o presságio de que nossos destinos estavam entrelaçados, prestes a se cruzar em um momento de revelação e transformação. Ela não era apenas uma figura dos meus sonhos; era a peça que faltava no quebra-cabeça da minha vida.

 A Dança das Tempestades: Clarisse la rue e Thalia graceOnde histórias criam vida. Descubra agora