𝟎𝟎𝟗

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𝐓𝐡𝐚𝐥𝐢𝐚

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𝐓𝐡𝐚𝐥𝐢𝐚

5 anos atrás..

Eu, Thalia, filha de Zeus, estava fugindo com meus amigos Annabeth e Luke. Paramos para descansar em uma clareira isolada, e o cansaço finalmente me venceu. Adormeci rapidamente e tive um sonho que parecia tão real.

No sonho, me vi em um cenário peculiar: uma floresta luminosa onde as árvores brilhavam com uma luz própria. No centro da clareira, estavam duas garotas. A primeira era uma morena de cabelos cacheados, com cachos negros que brilhavam como se fossem feitos de seda. Seus olhos eram corajosos, cheios de uma determinação feroz, e havia algo na sua postura que dizia que ela poderia enfrentar mil exércitos sem hesitar. Seu rosto era de uma beleza selvagem e forte, com traços marcantes que exalavam confiança e poder.

A segunda garota tinha cabelos brancos como a neve, tão brilhantes que quase pareciam refletir a luz ao redor. Seus olhos eram de uma intensidade avassaladora, penetrantes e profundos, como se pudessem enxergar até a minha alma. Seu rosto era delicado, com uma beleza etérea que parecia quase sobrenatural. Havia uma calma e uma sabedoria em seu olhar que me fazia sentir compreendida e aceita.

Enquanto eu as observava, senti um profundo sentimento de saudade e pertencimento. Era como se essas garotas fossem parte de algo que eu havia perdido, algo que eu estava destinada a encontrar. Nós três nos olhávamos com uma intensidade que transcendia o tempo e o espaço. Sentia-me conectada a elas de uma forma que nunca havia sentido antes, uma conexão profunda e inexplicável.

Começamos a conversar, embora eu não consiga lembrar exatamente sobre o que falávamos. As palavras eram menos importantes do que a sensação de entendimento e aceitação que emanava delas. Senti-me segura, compreendida e, de certa forma, completa.

Quando tentei me aproximar para entender melhor quem eram e o que significavam para mim, o sonho começou a se dissipar. A clareira luminosa desapareceu, e de repente me encontrei acordando, de volta à clareira onde tínhamos parado para descansar. Olhei ao redor, vendo Annabeth e Luke ainda adormecidos ao meu lado, enquanto eu tentava recuperar o fôlego e organizar meus pensamentos.

"Eu tive um sonho estranho," murmurei, ainda sentindo o impacto do que havia visto. Annabeth acordou primeiro, seus olhos curiosos e atentos. "Havia duas garotas que eu nunca vi antes."

Annabeth franziu a testa, pensativa. "O que mais você lembra?" perguntou ela, sua voz cheia de curiosidade.

"Senti como se as conhecesse de algum lugar, mas não sei de onde," respondi, passando a mão pelos meus cabelos, ainda tentando compreender tudo. "E senti uma saudade, um senso de pertencimento com elas que não sei explicar. Parecia tão real."

Luke, agora acordado, se aproximou e colocou uma mão reconfortante no meu ombro. "Talvez seja apenas um sonho," disse ele, tentando me tranquilizar. "Ou talvez signifique algo mais. De qualquer forma, vamos descobrir juntos."

Apesar das palavras reconfortantes de Luke, o sonho continuava a me perturbar. A imagem das duas garotas e a sensação de conexão profunda ainda estavam frescas na minha mente. Algo dentro de mim dizia que aquele sonho era importante, e eu estava determinada a descobrir o que ele significava.



✰⏤͟͟͞✩


Estava cansada e ferida. A fuga interminável com meus amigos Annabeth e Luke nos levou a uma jornada perigosa e desgastante. Finalmente, avistamos a entrada do Acampamento Meio-Sangue, o lugar onde esperávamos encontrar segurança. Mas nossa chegada não seria tranquila.

Ciclopes gigantes apareceram diante de nós, seus olhos únicos brilhando com maldade. Estávamos exaustos, mas não tínhamos escolha a não ser lutar. Eu empunhei minha lança com determinação, tentando ignorar o cansaço e a dor que pulsavam em meu corpo.

"Annabeth, à direita!" gritei, vendo um ciclope se aproximar dela. Ela se moveu rapidamente, desviando do ataque e revidando com sua adaga. Luke estava ao meu lado, sua espada cintilando enquanto lutava contra outro ciclope.

Os ciclopes eram fortes e implacáveis, e a batalha parecia interminável. Sentia minhas forças diminuindo a cada golpe que desferia. Meus braços doíam, minhas pernas estavam trêmulas, mas continuei lutando, determinada a proteger meus amigos e chegar ao acampamento.

Em meio ao caos, vi Annabeth ser derrubada por um ciclope. Corri em sua direção, lançando minha lança e acertando o monstro bem no olho. Ele caiu com um grito estrondoso, e eu ajudei Annabeth a se levantar.

Minhas pernas queimavam com o esforço, e a exaustão pesava em cada movimento. Cada passo parecia uma batalha em si, cada respiração um desafio contra o próprio destino.

À minha frente, os ciclopes avançavam, seus rostos distorcidos em raiva e ódio. Suas enormes mãos brandiam clubes e lanças, prontas para nos esmagar. Sabíamos que não podíamos parar, que precisávamos chegar ao acampamento a qualquer custo. Mas a batalha estava se tornando cada vez mais difícil, e minhas forças estavam se esgotando.

Então, em um breve momento de clareza entre os tumultos da luta, vi algo que me fez parar no meio do campo de batalha. As imagens das duas garotas do meu sonho apareceram diante de mim, como se fossem reais. A morena com seus cachos rebeldes e olhar corajoso, e a outra com seus cabelos brancos reluzentes e olhos penetrantes. Seus rostos eram perfeitos, radiantes de uma beleza que eu nunca tinha visto antes.

Cada detalhe era nítido e vívido, como se fossem esculpidos na minha mente para sempre. Os cachos da morena dançavam ao vento, seu olhar transmitindo uma coragem e determinação que me deixava sem fôlego. Os cabelos brancos da outra garota brilhavam como prata, seus olhos profundos e intensos como poços de sabedoria.

Eu me vi perdendo-me naqueles olhares, naquelas expressões que pareciam entender cada pedaço da minha alma. Apesar do caos ao meu redor, eu me senti calma, como se estivesse em outro lugar, longe da batalha e do perigo. Uma sensação de paz e aceitação envolveu-me, como se tudo estivesse certo no mundo.

Então, antes que pudesse entender completamente o que estava acontecendo, senti uma dor aguda perfurando meu corpo e uma escuridão avassaladora me envolver. A última coisa que vi foram os rostos perfeitos das garotas, gravados na minha mente para sempre, antes que eu perdesse a consciência, sabendo que meu sacrifício valeria a pena se isso significasse proteger meus amigos e chegar ao acampamento.

















 A última coisa que vi foram os rostos perfeitos das garotas, gravados na minha mente para sempre, antes que eu perdesse a consciência, sabendo que meu sacrifício valeria a pena se isso significasse proteger meus amigos e chegar ao acampamento

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 A Dança das Tempestades: Clarisse la rue e Thalia graceOnde histórias criam vida. Descubra agora