Darling ⚜Kol Mikaelson⚜

⚜Capítulo LVII⚜

P.O.V Narradora

Katrina fincou um pedaço de madeira na mão de Dahlia, quando a viu fazer um movimento mínimo para a mágica.

Katrina: Você se acha tão poderosa. - Disse, girando a madeira, fazendo os gritos aumentarem e a mão da bruxa sangrando. - Tão invencível.

Dahlia sentiu seu corpo ser tomado pelo terror ao olhar para a mais nova. Os olhos dela possuíam um brilho obscuro, seu sorriso continha uma maldade tão pura que foi demais para Dahlia.

A bruxa sentiu quando a híbrida arrancou a madeira e se afastou, seus gritos eram de puro terror, mas, o que era mais medonho, era a risada de gratificação que ela ouvia da outra.

Katrina: Você veio até mim, quis minha magia e, basicamente, quis me deixar sem escolha e me fez "fugir". Mas sabe o pior? - Perguntou retóricamente. Dahlia sentiu sua garganta fechar até o ponto em que ela respirava apenas superficialmente, seus pulmões ardendo aos poucos e as batidas de seu coração soando alta em seus ouvidos, mas ela ainda conseguia ouvir a gélida voz de Katrina. - Você já tinha ameaçado Hope, e estava tudo bem. Até que você simplesmente ameaçou meus irmãos. - A mais velha sentiu sua garganta finalmente funcionar, seus pulmões reclamaram com o ar repentino. Seus olhos quase saltaram para fora ao ver a mais nova pegar uma faca. - Você tem noção do que fez? - Perguntou sentando na frente da mais velha, que olhava para o instrumento apreensiva. - Você pôs em risco a vida da minha família.

Dahlia: Você não se importa com Hope? - Perguntou, uma tentativa clara de ganhar tempo, e qualquer coisa que tirasse aquele olhar mortal e louco de cima de si.

Katrina olhou para ela, pensativa. A híbrida realmente parou o que estava fazendo para pensar e parecia aérea.

Katrina: Não. - Respondeu de maneira simples depois de longos segundos.

Com um aceno de mão da mais nova, Dahlia sentiu sua magia sendo aprisionada. A mais nova se levantou e começou com um preparo de uma mistura.

Katrina: Veja bem. Eu tenho Hope como irmã biológica, mas digamos que alguns da minha família me afastaram. - Disse enquanto cortava alguns ingredientes. - Eles foram esquecidos, claro, mas eu adquiri meus entes queridos que se transformaram em pessoas inesquecíveis e insubstituíveis.

Dahlia: Mas Hope era.

Katrina: Na verdade, não. Não era e nem é. - Ela se virou para a mais velha, que estava indefesa e fraca. - Mas, ela e os que você ameaçou estavam em um mesmo patamar. O problema é que minha irmã é amiga de pessoas que machucam eles, essas pessoas não deveriam fazer isso, e ela mesma os despreza em certos momentos. Meus irmãos ficaram magoados e Hope, bom, é complicado. Eu fiquei chateada, e acho que pela falta de estímulo do nosso laço, é muito fácil a gente quebrar. - Ela sorriu de escárnio e voltou com o pequeno preparo.

Um silêncio reinou por um tempo, mas não durou muito.

Katrina: Eu não a culpo tanto. Não fomos tão unidas, era mais nós mesmos permanecendo juntas. Já com os outros, nós estávamos crescidos, formados e decididos que era em nós mesmos que confiávamos e, com o tempo, uns nos outros. - Todos os ingredientes necessários foram jogados no caldeirão. - Mas eu não deixei que um afetasse o outro, eles se afetaram e esse foi o resultado. - Ela começou a mexer tudo com muito cuidado.

Quando estava pronto, ela colocou em uma seringa. Nesse exato momento ela se virou rapidamente e fincou a seringa no pescoço de Dahlia, que tentou atacar a mais nova achando que ela estava distraída.

Katrina: Então sim, eu amo ela. Mas não, eu não me importo com Hope. - Ela injetou o líquido na mulher. - Noite Eterna, uma versão líquida e mais dolorosa do feitiço que você jogava em você e em Freya para dormir. - Quando o objeto foi retirado, Dahlia cambaleou para trás e se escorou na parede, sentindo seu corpo queimar à medida que a porção corria com rapidez pelas suas veias.- Às vezes é bom ser invisível. - Isso foi tudo que Dahlia ouviu antes de desmaiar.