Amor Verdadeiro - Amor Doce

Sweet Amoris

        Estou de volta a Espanha, minha mãe e eu chegamos  da Inglaterra há alguns dias, meu pai havia viajado para o Brasil. Eu estava no meu quarto deitada na minha cama me lembrando do meu avô, já faz algum tempo que ele se foi mas ainda não consegui superar a perda. Não consigo cantar e nem tocar desde que ele faleceu, meu querido avô foi a pessoa que mais me apoiou a seguir em frente com o meu sonho de ser cantora, ele sempre estava presente em meus shows e agora não está mais aqui.
  
      
            Nem visto mais as roupas que eu costumava vestir porque me lembram do meu passado como cantora, eu sinto falta da música mas não consigo mais cantar. Já tentei ir até o piano, cheguei perto da minha guitarra mas me dá um bloqueio e não consigo tocar. Minha família é muito rica, a minha casa parece um palácio e sim eu vivo como uma princesa, não somente pelo dinheiro mas também pela educação que tive. Uma garota da minha antiga escola, certa vez, me disse que eu deveria viajar mais ou sair pra fazer compras, disse também que eu deveria valorizar o dinheiro que tenho e aproveitar. Ela falava como se o dinheiro fosse a coisa mais importante do mundo e não é bem assim. Claro que eu valorizo, dinheiro é importante sim mas não é tudo, tem coisas mais importantes como o amor, sentimentos, dinheiro não traz de volta alguém que perdemos, não compra amor, não compra amizade nem caráter. Uma pessoa pode ter todo o dinheiro do mundo e não ser feliz.
Minha mãe entra no meu quarto e pede que eu a acompanhe até a sala, pois meu pai chegou de viagem e meus pais e minha avó querem falar comigo.  Então fui até lá com ela.

Isa: - Oi, pai. Que bom que chegou. O que querem falar comigo?- Perguntei dando-lhe um abraço e logo em seguida me sentei no sofá entre minha mãe e minha avó.

Júlio (Pai): - Minha filha, sua mãe e eu vamos expandir os negócios, vamos voltar para o Brasil e iremos morar lá novamente. E é claro que você vai conosco. - Disse meu meu pai em pé de frente para mim.

Isa: - Entendo. Abuela, a senhora irá também? Não quero deixá-la. - Não quero que ela fique sozinha agora que meu avô se foi.

Clarice ( Avó): - Não poderei ir, querida. Irei trabalhar no lugar do seu pai aqui na Espanha, o lugar que pertencia ao seu avô. E também, aqui é o meu lugar, eu nasci aqui e sempre morei aqui, não sei se conseguiria morar em outro país.- Entendo mas sentirei falta dela.

Mãe: -  Pensamos que seria agora, querida mas vamos ter que resolver alguns assuntos por aqui.  Só poderemos ir daqui um ou dois meses, e temos que resolver a questão da casa que iremos comprar para morarmos. A empresa no Brasil já está funcionando e tem alguém de confiança cuidando de tudo mas você...- minha mãe parece preocupada.

Isa: - Mas eu?! Eu o que? - Me assustei.

Pai: -  Isa, houve um imprevisto. Pensamos que iríamos agora, como você sabe eu estive no Brasil esses dias e aproveitei para te matricular em uma escola. Iríamos todos juntos e ficaríamos em um hotel até resolver a questão da compra da casa mas as coisas se complicaram impossibilitando que sua mãe e eu deixemos a Espanha nesse momento. O problema é que se você não for vai perder a vaga, você teria que ir sozinha porque o ano letivo já vai começar. Mas também é um absurdo que uma garota da sua idade fique sozinha por alguns meses sem um adulto responsável por você.

Avó: - Filho, converse com a diretora para que segure a vaga até que vocês possam viajar. Minha neta não pode ficar sozinha e muito menos num lugar onde estaria muito distante da família. - Disse vovó com seu forte sotaque espanhol.

Pai: - Ela não vai segurar uma vaga por meses.

Isa: -  Sei que não querem me deixar sozinha mas não se preocupem comigo, eu posso ir e posso me virar, e logo vocês estarão comigo, dois messes passam rápido.