A carta

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Pov Castiel



   Estou muito preocupado com a Isa, há dias ela não vem pra escola e não sou só eu que estou preocupado, todos perguntam dela. Rosalya está muito estranha, estávamos na aula vaga, fui até ela e a puxei pelo braço.





Rosa: - Me solta, Castiel. O que você quer?- ela dizia tentando se soltar.



Castiel: - Por que a Isa não está vindo pra escola? - Indaguei.



Rosa: - Castiel, eu não sei...- eu a interrompi.

Castiel: - Sim, você sabe. Você está estranha, sempre está alegre e pulando e há dias você parece triste.


Rosa: - Ela...


Castiel: - Fala, Rosa! O que está acontecendo? Se você não me disser eu vou até o apartamento dela...


Rosa: - Você não irá encontrá-la no apartamento.- falou me interrompendo.

Castiel: - Por que? Aonde ela está?- eu já estava ficando aflito.

Rosa: - Ela foi embora!-era como se o chão tivesse sido arrancado sob seus pés. 


Castiel: - Pra onde? Me fala, Rosa.- falei me segurando pra não chorar.

Rosa: -  Ela  voltou pra casa da avó dela na Espanha.

Castiel: -  O que? Espanha?- me surpreendi.-
Ela nunca me disse que morava na Espanha.

Rosa: -  Pra mim também ela não disse nada. Ela só falou quando veio se despedir de mim.

Castiel: - Quer lugar da Espanha?

Rosa: - Ela não disse.

Castiel: - Eu vou pra lá. Eu posso ir procurá-la, meu pai é piloto de avião e minha mãe é comissária de bordo. Eu posso falar com eles e sei que eles me levarão para a Espanha.- eu estou desesperado.

Rosa:- E como você vai fazer pra encontrá-lá? Você não sabe aonde ela está.
Como vai procurá-la na Espanha?- ela está certa, não teria como encontrá-la.




      Com os punhos cerrados eu soquei o tronco da árvore que estava ao lado, soquei repetidamente, sentindo a dor reverberar em meus punhos. A madeira do tronco parecia áspera contra minha pele, mas eu não me importava. Queria sentir a dor física, algo que pudesse competir com a tristeza que me consumia por dentro.
Cada golpe é uma liberação, uma maneira de expressar a dor que consome meu peito.



Rosa: - Calma, Castiel! Você vai se machucar.


Senti alguém me puxando para longe da árvore, era o Lysandre.

Lysandre: - Acalme-se. Pelo que vejo Rosa já te contou.- disse ele com um olhar triste.


Castiel: - Você já sabia...sabia e não me disse nada!

Lysandre: -  Rosa me contou um dia depois que ela foi embora, perdão... Eu não sabia como te contar, estava me preparando para falar com você.


Rosa: - Castiel, se você realmente gosta dela então por que não disse nada a ela?- falou e saiu.


Castiel: - Eu não vou aguentar, Lysandre.-eu ainda segurava a vontade de chorar.


Lysandre: -  Ela está certa. Quantas vezes  eu te disse para dizer a Isa o que sente? Por que não disse a ela?

Castiel: - Por medo!-falei com o tom de voz alterado.

Lysandre: - Medo? Você com medo?- ele parece surpreso.


Castiel: - Sim, medo ...medo da resposta, medo que ela me dissesse um não. Nós sempre estávamos ficando mas não sei se ela sente o mesmo. As vezes eu sentia que sim, que ela sentia o mesmo mas eu não sei se realmente sente. E fiquei com mais medo ainda depois que Debrah veio pra cá e aconteceu tudo o que aconteceu. Ela se distanciou de mim e eu não sei porque. Quando  eu gostava da  Debrah eu sofri porque ela foi embora, não a amava mas gostava dela e senti quando ela foi embora. Eu não suportaria que a Isa me dissesse um não, eu não suportaria ouvir ela dizer que não me ama... Eu amo a Isabella mais que tudo nessa vida, amo como nunca pensei que amaria alguém .


Meu amigo não disse nada, só abaixou a cabeça.


Castiel: - Me deixe sozinho, por favor.- Pedi.


Lysandre: - Sinto muito.-falou com a mão em meu ombro e saiu.



    Fiquei um bom tempo no pátio até que resolvi ir para o porão para ficar longe de todos, já faz alguns dias que não vou no porão. Quando cheguei lá vi um envelope que estava em meu nome, abri para ler.



  Castiel, você é muito talentoso. Tenho certeza que será um grande guitarrista, nunca desista de seus sonhos.
Seja feliz.

       Ass: Isa

Meu peito dói, e lágrimas escapam de meus olhos.


Castiel: - Isa, eu te perdi meu amor.- falei apertando a carta contra meu peito.

Amor Verdadeiro - Amor DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora