Os olhos verdes

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Pov Castiel





Á tarde fui até a casa de Isa, Maria me disse que ela estava em sua sala de música. Fui até lá e vi o piano aberto, certamente ela estava tocando. Fui até o quarto dela e não a encontrei, me aproximei da porta do banheiro e ouvi o barulho do chuveiro.





O meu coração batia descompassado enquanto o som suave do chuveiro ecoava, imaginei Isabella lá dentro, a água escorrendo por sua pele, os cabelos molhados grudando em seus ombros.




Os olhos castanhos profundos, os lábios rosados que eu beijava com paixão. Ela é minha musa, minha inspiração, e agora, com a amnésia, tudo está diferente.





Me lembrei de como era antes, os risos, os beijos apaixonados, as noites em que nos perdíamos um no outro. Agora, tudo parece distante. 





O cheiro do sabonete dela me atingiu, e instantaneamente, as lembranças inundaram minha mente, me lembrei de quando a abraçava quando ela saía do banho enrolada na toalha, sua pele ainda úmida, envolta na maciez da toalha. E eu podia sentir o calor dela se fundindo com o meu.



Seus cabelos molhados gotejavam, e eu a abraçava com ternura, sentindo o calor do seu corpo contra o meu. O cheiro fresco e suave do sabonete misturava-se ao nosso amor.



Me lembrei dos banhos compartilhados, depois de um longo dia. Quando a água morna nos envolvia, e nossos corpos se encontravam em perfeita sintonia. Cada toque, cada riso, cada olhar trocado era uma sinfonia de sentimentos, uma dança de paixão e cumplicidade. Cada gota era como um beijo, cada riso ecoava pelas paredes do banheiro.






As gotas de água escorriam pelo meu corpo, a sensação da sua pele contra a minha, a troca de olhares cúmplices, os risos e suspiros sussurrados. Não era nada demais, mas era tudo. Era a perfeição da simplicidade, a intimidade que transcende palavras. E ali, naquele momento, eu soube que estava exatamente onde queria estar.






Era como se o mundo lá fora desaparecesse, e só existisse nós dois, envoltos naquela intimidade perfeita.






Lembro-me das vezes em que ela cantarolava baixinho enquanto lavava o cabelo, e eu a observava, maravilhado. Lembro-me das gotas d'água escorrendo pelo seu corpo, como pequenas pérolas que eu queria colecionar. Lembro-me dos nossos segredos sussurrados, das mãos entrelaçadas sob o chuveiro quente.




Éramos vulneráveis, verdadeiros, e isso nos unia de uma maneira que palavras nunca poderiam expressar.






Naquelas noites, as paredes guardavam nossos segredos, e o espelho refletia a imagem de dois amantes que se conheciam profundamente. Não havia pressa, apenas a certeza de que estávamos exatamente onde queríamos estar.



A perfeição estava ali, naqueles momentos simples e íntimos, onde o mundo desaparecia, e éramos apenas nós dois, unidos pela água e pelo amor.




 

Meu coração apertou. Como eu posso ser um estranho para alguém que já fui tão íntimo? A distância entre nós parece insuperável.






Amor Verdadeiro - Amor DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora