Conversa na cozinha

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Pov Castiel



Observei Isabella enquanto comemos, ela está tão linda. Ela inclinou-se para pegar o copo de refrigerante, e o líquido borbulhante escapou da borda.



Meu coração acelerou quando ela derramou o líquido gelado em seu decote, o líquido escuro se derramou, formando uma trilha molhada pelo decote do vestido. O refrigerante encontrou a pele macia de seus seios, e Isabella soltou um pequeno gemido de surpresa.




Não consigo desviar o olhar dos seios molhados e uma onda de calor percorreu meu corpo. Estou lutando contra a urgência de tocar nela, de secar o líquido com as mãos, eu quero ajudá-la.



Ela se inclinou para pegar um guardanapo, revelando o decote molhado. Ela parece não perceber o efeito que causou em mim. Ela riu, passando os dedos pelo cabelo úmido e olhou pra mim.



Isa- Ah, droga.- falou passando a mão pelo decote. -Eu sou um desastre.



Peguei o guardando e me aproximei ajoelhando-me ao lado dela.


Castiel: - Isa...-murmurei, com a voz rouca.- Eu posso te ajudar?


Isa: - Pode.



Com delicadeza, comecei a secar o líquido. É um momento, tão simples e ao mesmo tempo tão complexo. Meus dedos roçaram a pele macia dela, É como se uma corrente elétrica estivesse percorrendo meu corpo.



Castiel: - Não se preocupe. Eu cuido disso.


Então, eu continuei secando, ignorando o calor subindo pelo meu pescoço. E afundando-me na dor silenciosa de um amor que só eu lembro.


Isa olhou pra mim, seus olhos castanhos cheios de gratidão e algo mais. Parece confusa. O olhar de Isabella, grato e confuso, me atingiu como uma flecha.


Enquanto sinto o calor da pele dela sob meus dedos o desejo de beijá-la, quase me domina. Mas tenho que me conter porque acho que amar alguém com amnésia é como segurar uma estrela cadente, belo, mas impossível.




Isa: - Obrigada, Castiel. Você é um bom amigo.-Sorri, mas por dentro, a dor é insuportável. Ela abaixou a cabeça.


Castiel: - Sim. Um bom amigo.



Com todo o meu ser, ansiava por segurar Isa em meus braços e confessar a verdade. Queria dizer que éramos mais do que amigos, que a amo profundamente. Mas tenho que esconder meu coração partido.




Eu queria segurar suas mãos, sentir sua pele macia contra a minha, e confessar tudo. Cada batida do meu coração parece gritar o que eu não posso dizer em palavras.



Tenho que esconder o que sinto, tenho que manter essa verdade trancada dentro de mim.



(...)




Acabei permanecendo na mansão, para passar a noite, acomodado no quarto de hóspedes. Após Isa acordar com amnésia eu não quis dizer a ela sobre a relação que tivemos, pensei que ela poderia estranhar ver roupas masculinas em seu closet. Pedi a mãe dela que retirassem as minhas roupas do closet dela. Poucas peças permaneceram na mansão.




Fernanda assegurou-me que uma das empregadas as colocaria em um dos quartos de hóspedes. Embora eu tivesse a intenção de buscá-las e levá-las de volta para minha casa, acabei não o fazendo.



Estou sem sono, não consigo dormir, durante a madrugada decidi ir até a cozinha para tomar um copo de água. A cozinha estava levemente iluminada, percebi que tem alguém aqui. Ao acender a luz, vi Isabella sentada, saboreando algo.




Castiel: - Isa?! O que está fazendo aqui no escuro? Você nem gosta de luz apagada.- Perguntei, aproximando-me.


Ela sorriu, e aquele sorriso me atingiu como um raio de sol.



Isa: - Não estava tão escuro. Eu estava sem sono, já faz horas que comemos hambúrguer e me deu vontade de comer batata palha.




Isa, está segurando uma vasilha de batata palha e comendo com uma colher. Me sentei ao lado dela, observando-a com carinho.


Castiel: - Mas como gosta de batata essa menina. Eu achei que você gostasse só de batata frita.- Ela riu, e o som aqueceu o meu coração.



Isa: Eu gosto de batata de todo jeito mas minha preferida é batata frita.




Castiel: Por que está comendo com uma colher?- perguntei curioso.


Isa: - Pra não sujar a mão, sempre tem um pouco de gordura.- O silêncio se instalou entre nós por um momento.



Isa: - Você quer batata palha?


Castiel: - Só um pouquinho.


Peguei batata palha da vasilha e experimentei. O sabor crocante e salgado é reconfortante.



Isa: - Também vou comer pouco.


Castiel:- Isa, você tem tido lembranças?-falei com a voz rouca.


Isa: - As vezes... mas a maioria não é nítida.
Às vezes, sinto como se estivesse tentando juntar as peças de um quebra-cabeça sem a imagem da caixa. Como se cada fragmento fosse uma lembrança distante, mas eu não consigo ver o quadro completo.



Castiel: - A vida é assim mesmo, Isa. Às vezes, as peças se encaixam de maneira inesperada. E outras vezes, precisamos criar um novo quadro com as peças que temos.

Isa: - Perdi as memórias somente desse ano mas elas fazem parte de mim mas...e se eu não quiser me lembrar?


Isa: - As vezes eu penso que talvez seria melhor deixar o passado pra trás e recomeçar. - Olhei para ela, com o coração apertado.



Castiel: - O passado é parte de você, mesmo que não o veja claramente agora. Mas a escolha é sua. Às vezes, criar um novo quadro com as peças que temos é a única maneira de seguir em frente.



Isa: - Você tem alguém, Castiel? -Ela me observa com intensidade, como se buscasse respostas em meus olhos. Eu hesitei, escolhendo as palavras com cuidado.


Castiel: - Eu amo alguém sim. Eu amo uma garota mais do que tudo no mundo.- ela me encarou.

Isa: - E por que...por que você não está com ela?- A pergunta saiu quase como um sussurro.- Você me disse que não tem namorada, então não estão juntos.




Castiel: - Às vezes, o amor é complicado, Isa. Às vezes, precisamos proteger quem amamos, mesmo que isso signifique manter segredos. E, às vezes, o amor é uma dança delicada entre o que dizemos e o que escondemos.



Isa: - Eu... Eu entendo, Castiel.

Amor Verdadeiro - Amor DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora