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Recebi uma ligação da Larrel pedindo ajuda no caso e, por coincidência ou não, eu já estava lá.

— O júri o declarou culpado, senhor Declan.

— As provas apontavam para mim, mas eu não matei minha mulher. Eu não deixei minha filha sem mãe — falou, segurando uma foto da criança.

— A arma do crime foi uma faca da sua cozinha com suas digitais. Ela foi encontrada junto com o sangue da Camile no porta-malas do seu carro. E os vizinhos disseram que ouviram uma discussão naquela noite — Larrel apontou, e ele levantou explicando.

— Nós tínhamos informações incriminatórias sobre Jason Brodeau. A Camile trabalhava para ele, e a empresa dele estava despejando lixos tóxicos nos Glades. Ela me disse que havia contado para um supervisor, e eu estava preocupado com a segurança da minha família. Aí discutimos, e a discussão foi feia. A Izzi começou a chorar, então a Camile ficou no quarto com ela — voltou a se sentar na cadeira, quase chorando. — Aí de manhã, quando fui pedir desculpas, eu a encontrei. Peguei a Izzi, corri para fora e chamei a polícia. Eu sou inocente!

Quebra de tempo

Estávamos na delegacia, com Larrel e eu folheando a pasta de informações. O detetive Lance estava convencido da culpa de Declan e não parava de falar sobre isso.

— Tenho certeza de que Declan é o cara certo. Todas as provas apontam para ele. A faca, o sangue, os vizinhos que ouviram a discussão... — dizia Lance, enfático.

Larrel revirava os olhos discretamente e, por fim, não conseguiu mais esconder seu desinteresse.

— Pai, já sabemos disso. Estamos tentando encontrar algo novo, lembra? — disse Larrel, tentando encerrar o monólogo.

Enquanto Lance continuava a falar, eu e Larrel aproveitamos para revisar os documentos, procurando qualquer detalhe que pudesse ter sido ignorado. Enquanto continuávamos a revisar os documentos, notei que ela estava ficando cada vez mais inquieta, olhando para o relógio e mexendo no celular. Eu sabia que ela estava planejando encontrar-se com o vigilante.

— Tenho que resolver uma coisa, Megan. Vou sair por um momento, mas volto logo — disse Larrel, levantando-se de repente.

— Tudo bem. Eu continuo aqui — respondi simples.

Larrel pegou sua bolsa e se dirigiu à porta. Aproveitei um momento de distração dela e discretamente coloquei um botão falso com um rastreador em sua bolsa. Já estava certa de que ela se encontraria com o vigilante, e precisava saber as informações que ela omitiria.

No GPS Trix mostrava a localização que dava em um prédio próximo, a conversa foi rápida e ele basicamente vai ameaçar o supervisor da Camile até ele confessar ou conseguir algo. Retirei o fone assim que Larrel adentrou novamente a delegacia.

Permanecemos investigando com a amiga "prestativa" de Larrel nos interrompendo sempre que possível, precisávamos de provas ligando o supervisor ao assassinato de Camile.

Mais tarde no mesmo dia, a luz apagou na delegacia e um arquivo apareceu na mesa. Peguei imediatamente, era isso que faltava no inquérito e caiu como a cereja do bolo.

— Esse documento é um arquivo cheio de provas incriminatórias sobre o despejo de lixo nos Glades — Falei entregando para Larrel que olhou impressionada.

— Como advogada, não conseguiria isso — Falou olhando para o vigilante no canto do escritório

— Espero que ajude — Pulou a janela e foi embora

No dia seguinte...

 Recebi logo cedo uma ligação de Larrel para irmos ao tribunal apresentar o que tínhamos para a juíza.

Larrel entrou com um pedido de habeas corpus. No mesmo momento, o advogado de Jason e o próprio, acompanhado por seus seguranças, entraram na sala argumentando que aquilo era difamação. Por fim, a juíza terminou dizendo que nada poderia ser feito. Larrel se dirigiu a Brodeau:

— Isso não acabou. Achei sua ponta solta e, não importa o que aconteça, vou puxá-la até seu mundo se desfazer inteiro — Disse, dando as costas e saindo andando. Jason desfez sua cara de deboche, e no mesmo momento pensei em como ela não tem amor à vida, peitando um homem rico que poderia facilmente se livrar dela. Mas não é nada com que ela precise se preocupar na minha supervisão e, claro, na do vigilante.

 Pelo que entendi, apenas uma confissão assinada de Jason Brodeau poderia salvar Declan. Larrel vai entrar em contato com o vigilante e ele vai em busca disso. Felicity me procurou para ajudá-la a investigar secretamente, a mando de Walter Steele, um desvio de fundo ocorrido na corporação por Moira. Parece que o dinheiro foi usado para criar uma sociedade limitada que não tem ligação nenhuma com as Indústrias Queen. Comecei a encontrar mais informações e me parece que existe algo maior por trás dessa história. Porém, a última coisa que me interessa agora são casos de família, então enviei tudo o que encontrei para Felicity. 

 Tomei um banho e deitei na cama para descansar, mas assim que fechei os olhos, uma coisa martelou minha cabeça: se Jason se sentiu ameaçado por Larrel e não tem uma carta na manga, ele provavelmente vai tentar eliminar Declan antes do prazo para sair impune. Se minha lógica estiver correta, tenho que estar na prisão o mais rápido possível. Imediatamente, me levanto e corro até minhas roupas, vestindo o macacão resistente de kevlar. Coloco minha katana cruzada nas costas, uma pistola de cada lado dos suportes e explosivos na lateral da bota, sem deixar de mencionar a máscara.

Minutos depois, consigo entrar e os alarmes estão disparados, com vários presos soltos. Consigo avistar o vigilante disfarçado de guarda com uma máscara de ski, Larrel e Declan correndo pelos túneis.

Acompanho de longe, mas avanço quando um homem consegue derrubar Larrel e a enforcar. Imediatamente, pulo em suas costas, dando cotoveladas em sua cabeça.

— VÃO! — grito até o alarme parar de apitar e o homem cair inconsciente. Escalo o teto até a saída para não ser vista pelos policiais.

Fico em cima do telhado e logo o detetive aparece dizendo que o guarda-costas de Brodeau confessou a culpa pelo assassinato e Declan foi inocentado. Escuto Larrel dizer que o vigilante é realmente um assassino e algo sobre a máscara que ele usava. Lance pareceu interessado demais no momento, e eu achei estranho. Ela também falou sobre uma mulher de máscara, outra possível vigilante. Assim que eles foram embora, segui meu caminho até minha casa, certificando-me de que não estava sendo seguida.

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⏰ Última atualização: Aug 07 ⏰

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