Bom dia !!!
Atualização ✔️☺️
Boa leitura 😘
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Engfa Waraha' Point of View
Dentro do carro dos homens desconhecidos, sentia-me vulnerável no banco de trás, mãos algemadas para trás e olhos vendados. A incerteza me corroía.
- Para onde estão me levando? - perguntei, tentando manter a calma, mas a ansiedade vazava na minha voz.
- Cala a boca! - Um deles rosnou, sua voz carregada de ameaça.
- Não querem negociar com a polícia a soltura de Champmie? Por que não ligam para a polícia e dizem que estão comigo? - Insisti, tentando racionalizar a situação.
- Já disse pra não nos dizer o que fazer! - Ele gritou, virando-se para trás e me atingindo com um soco no estômago. O impacto me fez dobrar de dor, lutando para recuperar o fôlego.
O tempo parecia se esticar enquanto o carro continuava em movimento, e eu me esforçava para respirar normalmente.
- Preciso fazer xixi. - Murmurei, tentando manter um pouco de dignidade, mesmo sob dor.
- Já estamos quase chegando. - Disse o outro, claramente irritado.
O carro finalmente parou, e fui brutalmente puxada para fora, sentindo o aperto firme em meu braço. Ainda vendada, fui empurrada para o interior de algum lugar e jogada em uma cadeira de ferro. As algemas foram soltas das minhas mãos apenas para serem presas ao braço da cadeira. A venda foi retirada, minha visão turva aos poucos clareou, revelando um galpão grande e aparentemente abandonado, com um odor desagradável pairando no ar.
- Eu falei sério quando disse que precisava fazer xixi. - Repeti, tentando não deixar o medo transparecer.
- Mas que saco, hein. - Um deles resmungou, aproximando-se. Abriu as algemas e me ergueu da cadeira de forma brusca. - Vem.
Guiou-me para fora do galpão, empurrando-me com força para me manter andando. Dei uma olhada ao redor, tentando reconhecer o local, mas só via mato e uma torre de rádio ao longe.
- Não demora, e não tenta nenhuma gracinha. - Ele mostrou a arma em sua mão, apontando-a diretamente para mim, antes de me empurrar até o meio do mato.
Sem banheiro à vista, tentei enrolar o máximo possível, fingindo procurar uma posição melhor. Olhei ao redor, vendo apenas um celeiro velho a alguns metros e nenhum sinal de estrada ou casa.
- Não era só xixi? - O homem comentou, impaciente, aproximando-se e agarrando meu braço com força.
Levantei-me e retornei até ele.
- Desculpa. - Disse, tentando parecer submissa.
Em silêncio, fui conduzida de volta ao galpão. Me sentei na cadeira, e ele me algemou novamente no mesmo lugar, apertando as algemas com mais força dessa vez.
- Então, qual o plano de vocês? - Perguntei, minha voz trêmula, mas tentando buscar informações.
- Você fala demais! - Ele respondeu com impaciência, dando-me um tapa na cara antes de se afastar.
Logo, o outro homem apareceu, chamando-o. Ele saiu, me deixando sozinha. Os dois conversavam à distância, eu os via, mas não conseguia ouvir. Sentia-me impotente, desprovida de qualquer meio para agir. Sem minha arma, sem um celular, nada. Minha esperança residia na possibilidade de Charlotte ter alertado a polícia, embora compreendesse a hesitação dela, considerando o risco para a vida de Jacob.
- Falamos com seu pessoal. - O homem que me algemou se aproximou novamente. - O cara que parece estar no comando pediu para te levar até o local combinado onde também vão levar Champmie e soltá-lo. - Ele disse, aproximando-se mais. - Acha que é verdade? Porque, se não for, você vai acabar morrendo, então é melhor cooperar com a gente.
- Se eles prometeram isso, vão cumprir. - Falei com seriedade, tentando não demonstrar o medo.
Embora soubesse que a polícia não cederia a tal demanda, era crucial manter essa ilusão para ganhar tempo e, quem sabe, encontrar uma oportunidade de escapar. Eles me olharam em silêncio por alguns segundos, como se ponderassem se eu falava a verdade ou não.
- Tudo bem, vamos. - O outro homem disse.
Soltaram minhas mãos da cadeira e me algemaram novamente. Conduziram-me até o carro sem vendas nos olhos desta vez. Permaneci em silêncio durante o trajeto, evitando irritá-los ou dar motivos para mudarem de ideia.
Ao chegarmos ao local combinado, dois carros grandes estavam estacionados de frente um para o outro, com insulfilme nos vidros, ocultando a visão do interior. Os sequestradores desceram, cada um segurando sua arma, aguardando que a pessoa dos outros carros se manifestasse. Contudo, cometeram um erro previsível: deixaram a refém sozinha dentro do carro.
Não demorou muito para testemunhar ambos os homens caírem ao chão. Os tiros partiram de dentro dos carros, atingindo-os em cheio. Logo, policiais desceram dos carros, mantendo as armas em punho enquanto se aproximavam dos homens caídos para verificar se ainda representavam alguma ameaça. Pelo que pude observar, estavam mortos.
- Tudo bem, oficial Waraha? - Um policial disse, abrindo a porta do carro e ajudando-me a descer. - Deixa eu tirar isso. - Ele abriu as algemas, e a sensação de liberdade percorreu meus pulsos doloridos.
- Estou bem. - Falei, tentando parecer firme.
- Te machucaram? - Ele perguntou, examinando-me rapidamente.
- Não. - Respondi, embora ainda sentisse o impacto do soco e o medo que me dominara durante o sequestro.
- Onde está Champmie? - Perguntei assim que entrei no carro com eles, a preocupação voltando à tona.
- Na cadeia. Onde mais estaria? - O policial que dirigia falou, dando uma olhada rápida pelo retrovisor.
- Ótimo. - Respondi, aliviada. A ameaça havia sido neutralizada e Champmie continuava preso, como deveria ser.
Enquanto o carro se afastava da cena, eu me permiti relaxar um pouco, deixando o alívio lavar a tensão acumulada.
Conforme nos distanciávamos do local, meu pensamento voltava para Charlotte e Jacob, esperando que a polícia tivesse conseguido mantê-los em segurança. Sabia que a luta não estava completamente acabada, mas por enquanto, podíamos respirar um pouco mais aliviados.
O caminho estava se estendendo mais do que o previsto. Eu não sabia exatamente onde estávamos, mas a expectativa era que logo vislumbraríamos uma estrada asfaltada. Antes que eu pudesse indagar para onde estávamos indo, o carro parou, sinalizando problemas iminentes.
- Vamos descer. - Um deles disse, saindo do carro.
- Vou esperar aqui. - Falei, cautelosa.
Eles abriram a porta e me puxaram para fora.
- Não são policiais, né? - Comentei, buscando clareza na situação.
- Anda logo. - Ele falou, empurrando-me com força.
Foi somente nesse momento que percebi uma pequena casa ali. Entramos na casa, e meus olhos mal podiam acreditar. Ali, parada no meio da sala daquela casa velha, estava Charlotte.
- Mas que merda... - Foi a única coisa que consegui dizer.
- Eu posso explicar... - Ela disse, a voz trêmula.
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Infiltrada - Englot Fanfic
Fiksi PenggemarEm meio às ruas sombrias de Bangkok, a destemida policial Engfa Waraha assume uma missão arriscada: se infiltrar em uma boate notória como stripper para desvendar um esquema de drogas. Porém, quando Engfa conhece Charlotte Austin, a enigmática e sed...