Infiltrada - Englot Fanfic

O Preço de uma Confissão

Domingou com mais um capítulo pra vocês !!

Estou muito feliz que estejam gostando e querendo mais capítulos 😁😁

Boa leitura 😘

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Engfa Waraha' Point of View

Caminhamos juntas até o gabinete do meu superior, onde informei-lhe que Charlotte havia aceitado o acordo proposto. Pouco tempo depois, nos vimos reunidas em uma sala, cercadas por outros membros da polícia, inclusive meu chefe. A expressão de desconforto era evidente no rosto de Charlotte durante todo o encontro.

- Qual é o seu plano, Oficial Waraha? - Questionou meu chefe, me fitando com a habitual expressão desaprovadora.

- Champmie demonstrou um interesse por Meena, minha personagem infiltrada. Se eu criar uma abertura, é provável que ele se abra comigo ou, pelo menos, baixe a guarda achando que tem controle sobre a situação. Enquanto isso, vocês permanecerão alertas, aguardando uma confissão. - Explanei.

- E qual é o meu papel nisso? - Indagou Charlotte.

- Você seria capaz de conceder acesso às câmeras dos quartos para a polícia? - Perguntei, dirigindo-me a ela.

- Sim. Até onde sei, não há gravação, mas posso enviar a transmissão ao vivo. - Respondeu ela.

- Ótimo. Então, você desempenhará seu papel como dona da boate como de costume, enquanto a polícia me observa constantemente pelas câmeras do quarto, pronta para agir quando necessário.

- Vocês também usarão escutas. - Acrescentou o superior. - As duas.

- Não subestime Champmie. - Alertou Charlotte.

Em breve, estaríamos equipadas com pequenas escutas em formato de brincos, permitindo que a polícia monitorasse todas as nossas conversas.

- Levarei vocês para um local onde poderão passar o restante da noite e o dia seguinte até a abertura da boate. Não poderão sair daqui até que o plano esteja concluído. - Informou meu chefe.

Ao sairmos da sala, fomos conduzidas até um discreto hotel que eu sabia ser utilizado pela polícia para proteger vítimas.

- Esse é o quarto de vocês. - Anunciou ele, abrindo a porta. - Vou pedir para trazerem algo para vocês comerem.

- Obrigada. - Agradeci, adentrando o ambiente.

Charlotte entrou em silêncio.

O quarto era pequeno e funcional, com duas camas de solteiro dispostas lado a lado. As paredes eram pintadas de um bege claro, que tentava, sem sucesso, dar um toque de acolhimento ao ambiente austero.

Uma mesa de cabeceira simples ficava entre as camas, com um pequeno abajur de luz amarela suave. Havia uma pequena janela coberta por cortinas grossas, que deixavam entrar apenas um fio de luz natural. No canto oposto, um armário de madeira escura e um espelho completavam o mobiliário.

O banheiro era igualmente modesto, com azulejos brancos e um chuveiro básico. Tudo no quarto refletia a funcionalidade e a falta de personalidade típica dos quartos de proteção policial.

- Você está bem? - Perguntei a Charlotte assim que meu chefe saiu, fechando a porta.

- Sim. - Respondeu ela friamente, sentando-se na cama.

O silêncio entre nós era palpável, carregado de todas as coisas não ditas e dos sentimentos feridos. Charlotte não olhava para mim, e a tensão no ar era quase insuportável.