Entre a Culpa e a Inocência

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Boa noite englotinhas !!! 🤗

Foram pegas desprevenidas com o rumo que essa fic está tomando ? 🤭

Como prometido estou aqui trazendo mais uma atualização!! 🙂‍↕️

Boa leitura 😘

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Charlotte Austin' Point of View

- Aqui é a Oficial Engfa Waraha, distintivo MP-603. Solicito uma ambulância para o endereço 123 Rama IX Road, Banguecoque, Tailândia. Temos uma mulher de vinte e cinco anos com uma perfuração no abdômen e uma perda significativa de sangue.

As palavras dela demoraram um pouco para chegar até meu cérebro e serem processadas. Cada sílaba parecia ecoar de forma surda e distante, até que a verdade começou a se formar lentamente em minha mente. O que ela estava dizendo? Seu nome não era Meena de verdade? Ela era uma policial? Me enganou o tempo todo?

Saí da casa de Chompu completamente atordoada, confusa. Cada passo que eu dava parecia mais pesado, como se estivesse caminhando em areia movediça. A minha respiração estava acelerada, e um zumbido constante preenchia meus ouvidos. O mundo ao meu redor parecia girar e se desfocar, os rostos das pessoas na rua se tornavam borrões indistinguíveis.

As luzes da cidade, que geralmente me traziam conforto, agora pareciam agressivas, piscando e ofuscando minha visão. Os sons da noite - buzinas, conversas, o vento - se misturavam em um ruído ensurdecedor que aumentava minha sensação de desorientação. Com cada segundo que passava, a realidade da situação se tornava mais opressiva, e o medo e a incredulidade se misturavam em um nó no meu estômago.

Quando finalmente cheguei ao meu carro, minhas mãos tremiam tanto que mal consegui pegar a chave. Por um momento, fiquei ali, imóvel, tentando recuperar o controle. Minhas mãos agarraram o volante com força, os nós dos dedos ficando brancos, enquanto respirava fundo várias vezes, tentando acalmar meu coração acelerado.

Liguei o carro e comecei a dirigir. As ruas passavam por mim como um borrão, e meu coração batia forte no peito. Cada cruzamento parecia mais confuso do que o anterior, e as luzes dos semáforos se misturavam em minha visão, vermelhos e verdes se confundindo em um caos de cores.

Minha mente estava a mil, relembrando cada momento com Meena, tentando encontrar sinais, pistas que eu poderia ter ignorado. Como pude ser tão cega? A raiva começou a borbulhar dentro de mim, misturada com uma profunda sensação de traição. Tudo o que eu pensava conhecer parecia se desintegrar diante de mim. Cada lembrança com Meena agora estava contaminada pela dúvida e pela desconfiança.

Enquanto dirigia, percebi que estava suando frio, e um arrepio percorreu minha espinha. As ruas familiares agora pareciam hostis, e cada sombra parecia esconder uma ameaça. O som do motor do carro era a única coisa que parecia real, uma constante no meio do turbilhão de pensamentos e emoções que me assaltavam.

Finalmente, avistei a minha casa. Parecia ao mesmo tempo um porto seguro e um cenário de um pesadelo. Estacionei o carro e fiquei ali por um momento, tentando reunir forças para sair e enfrentar o que viria a seguir. Minhas mãos ainda tremiam enquanto desligava o motor e abria a porta do carro.

Ao sair, o ar fresco da noite me envolveu, mas não trouxe o alívio que eu esperava. Caminhei em direção à porta de casa, cada passo ecoando como um tamborilar distante. Quando finalmente entrei, a familiaridade do lugar trouxe uma pequena sensação de conforto, mas a tensão ainda pairava no ar como uma nuvem pesada.

Avistando Nuay na sala, sua expressão de preocupação só aumentou minha ansiedade. Ela se levantou assim que me viu, e sua voz suave trouxe um pequeno alívio.

Infiltrada - Englot FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora