𝐜𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟏𝟑

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Lina carter

  Estou em uma festa com as meninas, acho que Matt está aqui também, mas decidi que pelo menos hoje vou ficar longe dele.

  Pego meu celular do bolsa da minha jaqueta após ele vibrar e vejo uma mensagem da minha irmã

Emma❤️: você vai demorar muito?

                                                       Eu: não

03:26

  - porra - sussurro - meninas vou indo - falo me despedindo das minhas amigas, tchauu

  Elas não parecem escutar, mas eu não ligo, saio de lá e vou direto para meu carro.

- porra, porra - repito enquanto dirigo - porra - grito

(...)

  Chego em casa e tento fazer o minino de barulho mas percebo que é uma tentativa falha quando sinto a presença do meu pai na sala

- eu falei para chegar às duas da manhã no máximo, Lina - ele fala e eu paraliso e logo em seguida me vejo sendo jogada para a parede - não cansa de desobedecer minhas regras cacete?

  Meu pai me dá um soco e me sinto fraca.

Emma, Liz, Bea, Olivia, shopie, Matt

  Quanto mais meu pai me batia mais eu repetia esses nomes na minha cabeça, eu não posso deixar ninguém sozinho, elas precisam de mim ele precisa de mim.

  Eu já estava acostumada com isso, mas dessa vez foi diferente, parecia realmente que eu ia morrer.

  Morte, eu não posso morrer

  E então, mais um murro, dessa vez na barriga e eu cuspo sangue. Mais um, no rosto.

  não vou morrer

  Repito na minha mente, com cacos de vidro no corpo, de um copo que ele jogou em mim, sangue nas roupas, no chão, fraca, muito fraca

   Eu não vou deixar ele me matar.

  Falo novamente na mente e depois estendo minha mão, pego um jarro de vidro da mesinha próxima a mim e quebro na cabeça do homem nojento que me criou, cacos voando até mim, mas eu não ligo.

- sua puta - ele me xinga mas não me bate denovo, as mãos dele estão na cabeça e eu aproveito para me levantar, sinto as mãos dele segurando minha perna mas me esforço para me soltar e consigo, saindo correndo daquela casa.

Matt

  Corro. Corro. Corro.

  Só paro quando invado a merda da festa que eu estava - que ficava a 5 km da minha casa - e parar nos braços dele

  - me larga gar... - escuto Matt falar e tentar me soltar dele e então ele para de fazer qualquer coisa quando olho para ele - pequena

  Não respondo, só fico chorando com a cabeça enterrada no moletom dele

  - quem fez isso com você? - ele pergunta parecendo irritado enquanto me abraça mas eu só sei chorar - eu juro que vou matar seu pai, caralho

  Ele me pega no colo e eu não vejo para onde estamos indo pois continuava com a cabeça enterrada no peitoral dele enquanto chorava e quando vejo estávamos no carro dele, eu no colo dele no banco do motorista

- você vai matar a gente assim - eu me esforço para falar - me bota no banco do passageiro

- você vai me matar, isso sim - ele fala e da partida no carro - não vou te colocar no banco e pare de falar - ele fala e eu faço o que ele pede, cansada demais para fazer qualquer coisa

o maldito segurançaOnde histórias criam vida. Descubra agora