Em meio às sombras de um passado nebuloso, duas órfãs, Aria e Luna, são enviadas pelo orfanato para trabalhar no imponente castelo do enigmático Conde Alexander. O motivo? Cuidar da suposta sobrinha do conde, uma criança misteriosa que raramente é v...
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A manhã começou tranquila na mansão Dragomir. Aria e Luna desceram para tomar café na cozinha, onde Adrian e Marta já estavam sentados, conversando em voz baixa. O aroma de café fresco e pão recém-assado preenchia o ar, proporcionando um breve alívio da tensão que pairava sobre a casa desde a chegada dos homens misteriosos.
— Bom dia — cumprimentou Adrian, com um leve sorriso. — Dormiram bem?
Luna trocou um olhar significativo com Aria antes de responder. — Na verdade, não muito. Aconteceu algo estranho com a Aria na noite passada.
Adrian franziu a testa. — O que aconteceu?
Aria hesitou por um momento, mas a firmeza no olhar de Luna a encorajou. — Um dos homens, ele... me assustou. Ele apareceu na cozinha, começou a fazer perguntas e tocou na minha marca no pescoço. Foi muito perturbador.
— Quem foi? — perguntou Marta, com uma expressão preocupada.
— Não sei o nome dele, mas ele era... intimidador — respondeu Aria, sentindo um calafrio ao lembrar do incidente.
Adrian assentiu, a preocupação evidente em seu rosto. — Vou falar com o Conde Alexander sobre isso imediatamente. Vocês não devem se sentir ameaçadas em nenhum momento.
Luna se inclinou para frente, a determinação em seus olhos. — Agradecemos, Adrian. Isso é muito importante para nós.
Após o café da manhã, Luna foi cuidar da pequena Lavinia, enquanto Aria decidiu ir até a cidade. Precisava de um tempo fora da mansão para clarear a mente e comprar algumas coisas que estavam faltando.
Ela dirigiu até o centro da cidade, apreciando o contraste entre a movimentada vida urbana e a calma inquietante da mansão. Passeou por algumas lojas, comprando itens essenciais e algumas lembranças. Finalmente, entrou em uma charmosa cafeteria para pegar um café antes de voltar.
Ao sair da loja, distraída com os pensamentos, Aria esbarrou em um homem que também estava saindo.
— Desculpe-me — ele disse, com um sorriso caloroso.
— Tudo bem, foi minha culpa — respondeu Aria, notando que ele era bem-apessoado, com um charme que a fez corar levemente.
Ele passou a mão no casaco dela de uma forma que parecia quase acidental, mas havia algo estranho nisso. Aria sentiu um arrepio, mas não comentou. Apenas sorriu educadamente, entrou no carro e voltou para a mansão.
Durante o trajeto de volta, Aria não conseguia tirar o encontro da cabeça. Havia algo familiar naquele homem, algo que a incomodava. Quando chegou à mansão, encontrou Adrian esperando por ela na entrada.
— Aria, o Conde Alexander quer falar com você — ele disse, seu tom sério.
Aria sentiu um aperto no estômago, mas assentiu e seguiu Adrian até o escritório do Conde. Alexander estava sentado atrás de sua imponente mesa, o semblante sério e os olhos fixos nela.
