Cheiro de Filho

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Eu sei que tem leitor meu, sofrendo por causa da última atualização de ANC (Assim Nasce Um Comunista)

Por isso, trouxe o conforto desse capítulo pra aquecer os coraçõezinhos de vocês e também por um outro motivo muito especial:

Minha Vic tá de aniversário hoje (23/05)! Parabéns meu amor!

Boa leitura!

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Diego já estava acostumado a rotina inconstante de ter ou não, seu pai em casa

Ramiro ia cada vez mais para Ponta Porã na medida em que o tráfico de drogas aumentava no país, e só não mudava oficialmente para lá, pedindo uma transferência porque não queria colocar sua família em risco na mira de traficantes internacionais e nem afastar Diego da sua roda de amiguinhos

Quer dizer, um amiguinho

O gatinho laranja vivia grudado com Eduardo pra cima e pra baixo, cada vez mais um na casa do outro e as famílias colaborando pra que aquela amizade continuasse forte entre eles

Pareciam dois irmãos que se completavam em tudo, e aquela amizade foi muito importante pra Diego enfrentar a falta que seu herói fazia quando estava longe

Ramiro era exemplo de homem pra Diego, e o menino apesar de sonhar cada semana em ser algo diferente, todas elas levavam ao mesmo objetivo: ser tão bom quanto seu pai

Ramiro era um homem íntegro, honesto, solidário, bom pai de família, protegia Diego e Roberta como um leão, e toda vez que o menino ruivo estava com o pai, seus olhos brilhavam de admiração

Não entendia bem ainda o trabalho do pai, mas sabia que era importante e que indiretamente salvava o país de coisas ruins que não poderiam entrar

Mas apesar do orgulho por ter um papai tão importante no mundo, Diego também sentia saudades dele.

Amava Roberta, vivia grudado na mãe, mas a ligação e amor que tinha por e com o pai era a mais forte e linda do mundo

Toda vez que o sargento viajava e ficava longe, Diego se sentia mais sozinho ainda, e por isso, quando a dor no peito apertava, seu amiguinho Eduardo fazia parecer aliviar um pouco

Brincavam, jogavam videogame, estudavam, e agora até já tinham ido em alguns passeios juntos, sempre acompanhados de um adulto da família de Eduardo ou de Diego

Mas naquela noite de tempestade forte, onde o vento brabo batia nos vidros da janela e fazia as árvores da rua deitarem no chão para se curvar diante da imponência no ar, Diego não tinha nem Ramiro e nem Eduardo para o proteger

Ele tinha sim, medo de temporais, mas na maioria das vezes Ramiro estava em casa pra fazer companhia pro filho até Diego se acalmar

Porém Ramiro não tinha voltado ainda dessa vez, já não via o pai há quase três meses e chegava a doer no seu coraçãozinho pensar na possibilidade de...

- Mamãe? - O menino apareceu no quarto de Roberta, vendo ela debruçada num livro fazendo uma tradução de artigo

Já eram 22 horas e Diego deveria estar na cama dormindo, teria aula no dia seguinte, mas acordou com o som de trovoadas e não aguentou ficar sozinho no quarto

- Oi amor, o que foi? - A morena já ficou preocupada achando que Diego estava doente, quando viu os olhinhos dele brilharem de água - Tá com alguma dor?

Já ia se levantar, pegar a bolsa e correr com Diego pro hospital!

- Vai demorar muito pro papai voltar? - O queixo do pequeno homenzinho tremeu, mas ele não queria se mostrar fraco

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