Baby Di - AU Derivada de Feridas de Combate

Passar Por Cima

Não podia deixar de atualizar nosso Baby Di já não tão mais baby assim!

Faltam dois capítulos além desse pro nosso conforto acabar e eu queria morar pra sempre na vidinha dos Neves de Feridas!

Boa leitura!

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Eram poucas as vezes que o adolescente de dezessete anos ficava feliz desde o último ano. Eduardo começou a namorar Beatriz, que mais dizia odiar ele, e agora além de não ter os dois amigos, ainda era obrigado a vê-los se agarrando pelos cantos do colégio

Se arrependeu de não ter ido pra escola particular como o pai queria, e agora além do ensino médio público, o ruivo se entupia de cursinhos preparatórios pro vestibular no próximo ano

Só assim conseguia desviar da chateação de ter seu primeiro amor interrompido de uma forma tão confusa, já que quando Eduardo beijava Bia na sua frente... Ele olhava pra Diego!

Mas naquela tarde, o ruivo não se permitia chatear. Tinha algo raro e muito precioso naquele sábado: seu pai estava em casa e sua madrinha em breve chegaria de uma viagem

Teria pai e mãe consigo!

- Veja a marinada pro pai? - Ramiro e Diego estavam na cozinha

O preto havia acabado de temperar um frango pra assar pra irmã e picada algumas batatas pra maionese

- Hmmm - Diego provou - Nossa pai, tá uma delícia!

Provou pouco a comida de Ramiro, já que quem criou o garoto foi Roberta

- Às vezes eu cozinho lá na base de Ponta Porã! - O sargento fazia de tudo um pouco - Um dia quero te levar!

Sonhava com seu filho fardado, seguindo carreira!

- Pai... - Queria se abrir com o pai, falar muitas coisas para ele, mas...

- Fala, campeão! - Colocou as batatas pra cozinhar, abrindo uma cerveja e olhando pro filho

- Eu não sei se quero ser militar - Tinha medo de Ramiro ficar decepcionado - Eu quero muito ser enfermeiro, mas militar eu não sei!

Já estava quase chorando só de pensar em magoar o pai que era seu herói

- Oh meu amor, faz o ano obrigatório e depois se você não gostar, você sai! - Trouxe o filho pra um abraço - Eu não vou ficar chateado, você tem que viver sua vida, e não a minha!

Jamais ia obrigar o filho!

Diego sorriu, se sentindo acolhido e talvez, só talvez, quisesse abrir um outro tópico pro pai: não gostava de meninas.

- Quer um gole? - Ramiro nunca tinha dado álcool pra Diego, mas todo menino espera aquele momento de poder beber uma cerveja com o pai

Havia um sorriso enorme em seu rostinho, tomando a lata de Ramiro e dando um gole, achando um pouco amargo pro seu paladar

- Esse é meu garoto! - Bagunçou o cabelo ruivo - Logo tá aparecendo com uma namorada bonita pro pai conhecer!

O garoto murchou. Talvez, o pai se chateasse em saber que jamais veria Diego acompanhado de alguma namorada

Não uma que não tivesse pau, pelo menos.

Era melhor não falar nada, engolindo a verdade com mais uma dose amarga

Um ronco atraiu a atenção deles, somente Ramiro sabendo bem o que era

- Acho que alguém importante chegou! - Falou com Diego - Vamos lá na frente de casa!

Estacionada na frente da casa, com uma Harley 883, retirando o capacete totalmente preto, Roberta descia da moto para ver o filho maravilhado com a máquina

- Uau! - Ele amava motos - Você não me contou que comprou uma moto, mãe!

- Presente do seu pai! - Os irmãos haviam acabado de fazer aniversário daquele outubro

Escorpião.

- Posso dar uma volta?! - Diego já manobrava o jeep do pai das vezes, mas queria mesmo era pegar vento no rosto

Sentir adrenalina no corpo

- Devagar! - Jogou a chave pro filho

- Você tá doida?! - Ramiro já se arrependia de ter dado aquela moto de presente pra Roberta

- É só aqui na rua, Ramiro! - Diego sabia como funcionava

Estudava bastante, estava louco pra tirar a carta!

Parece que enquanto o ruivo pilotava devagar na rua, Roberta e Ramiro, abraçados na frente de casa, viam o menino pequenininho, aprendendo a andar de bicicleta num aniversário

- Lembra quando ele ralou o joelho? - Roberta olhou pro irmão

- A gente sempre vai cuidar do joelho ralado dele! - Apoiou os braços sobre o ombro dela - Mas se ele cair dessa moto eu te mato!

- Não vai não! - Não deu um segundo

Diego estava devagarinho e não machucou muito, nem estragou a moto da mãe

Mas no fim da rua, caído no chão com a moto em cima da perna, Diego olhava para o ex melhor amigo e amante

Havia atropelado Eduardo sem querer.

Ou querendo?

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Diego atropelou de propósito?

Alguém desenha pro Ramiro que o filho dele é GAY?

O pobrezinho vai ter gastrite por causa disso!

E sabe o pior? Ele não conta porque ACHA que o Ramiro não ia aceitar. E o Ramiro nunca teria preconceito com isso, nem nunca deixaria do filho.

Sabemos que o Diego é o amor da vida do Ramiro, o bebezinho deles e ninguém pode dizer que não é pai dele!

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