Um Sorriso Sem Face

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Cheshire estava voltando da cidade. A jovem Alice vivia se escondendo dele, sempre inventava desculpas para suas investidas. Cheshire, ou como ele mesmo se auto dominava, o Gato de botas, era dono de um sorriso incrivelmente sedutor e hipnotizador. Seu pai, um rico fazendeiro, morreu quando era jovem, sendo um filho bastardo recebeu como herança o resto que seus meios irmãos não queriam: Uma espada, um chapéu, um servo e uma bota.

- Doce Alice, venha até mim. Seu amado chegou. - Ele parece bêbado, pensou Alice.

- Cheshire ou deveria te chamar de Gato de Botas. Ou melhor, Cachorro Vira-latas.

- Chegue mais perto. Deixa-me sentir seu perfume.

- Até parece que conseguiríamos sentir algum aroma com este cheiro horrível. Por onde você andou? Até o cheiro do celeiro está mais agradável que o seu.

- Falando em celeiro. Você e eu no celeiro hoje à noite...

- Nunca, meu coração já tem dono e mesmo se não tivesse a resposta seria a mesma.

- Será? Quem devo matar?

- Nem ouse...

- Você ficará comigo, Alice, seja por bem ou por mal.

Alice estava começando a ficar assustada, foi recuando devagar até chegar dentro de casa e assim correr. Cheshire de tão bêbado tropeçou no primeiro passo que tentou fazer.

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