allegra; john dutton [yellowstone]

• 1 • consulta (+elenco)

— ELENCO —

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Allegra Conti Mancini • 20 anos
acadêmica em Odontologia
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"É só um cafézinho, o que poderia dar errado?"
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John Dutton III • 55 anos
Fazendeiro/Empresario • Dono da Fazenda Yellowstone
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"Quero leva-la pra sair. O que acha de tomarmos um café?"
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Dean Winchester Mancini • 30 anos
Investidor no ramo do agronegócio
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"Como assim? John Dutton te chamou pra sair? O que aquele velhote quer contigo?"
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Anne Maria Conti • 42 anos
ex-chefe cozinha
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"Filha, eu só quero que seja feliz, ok? Mas ainda assim, me preocupo com você"
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PRIMEIRO CAPITULO
"consulta"

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ALLEGRA's POINT OF VIEW

AJEITO MEU JALECO NO corpo, jogo as luvas que eu tivera acabado de usar no paciente que acabara de sair do meu consultório, e logo caminho em direção a porta entre aberta do consultório universitário, onde eu estava atendendo aquela tarde, completando minhas ultimas horas de estágio por aqui, no prédio que era dedicado a atendimento a população, do campus das áreas de saúde da grandiosa Universidade do Texas.

Respiro fundo, já completamente cansada, porém agradecendo aos céus que aquele seria meu último paciente do dia, da semana, e principalmente do semestre, e já me imaginando deitada na grandiosa e macia cama do apartamento do meu irmão mais velho, tirando umas boas e longas horas de sono durante essas ferias.

Penúltimo semestre, terminando em uma hora. Penso, deixando um sorriso cansado, porém ao mesmo tempo animado, escapar por meus lábios.

Ajeito a prancheta em minha mão e leio o último e único nome que não estava cortado na grande lista de pacientes. John Dutton.

"John Dutton?" leio o nome em minha prancheta em voz alta, e logo olho em volta da sala de espera, analisando cada último rosto ali, que provavelmente estavam esperando ser atendidos por meus colegas de classe "John Dutton?" chamo novamente, dessa vez em um tom, um tanto mais alto, na esperança de que o dono do nome se levantasse e aparecesse em meu campo de visão.

E quando eu estava prestes a chamar o nome novamente, pude ver um homem, que aparentemente estava na casa de seus cinquenta ou ate mesmo sessenta anos, talvez com um e noventa de altura, vestindo um terno preto e em sua cabeça um chapéu no estilo daqueles cowboy's de filme de bang bang.

"John Dutton?" pergunto, tendo que levantar um pouco mais meu olhar, para poder olha-lo nos olhos.

"Isso" o mais velho respondeu seriamente.

"Por favor, siga-me" falo abrindo um pouco mais da porta do consultório, para que ele pudesse passar a minha frente. "Sente ai" aponto para a cadeira odontológica de cor laranja, mesma cor que a universidade levava em seu brasão.

Pude observar, pelo canto do olho, o mais velho tirar seu chapéu, deixar em cima de minha mesa, junto com meu notebook, e passar a mão no meio de seus fios de cabelos, enquanto desajeitadamente  se sentava na cadeira odontológica, um tanto relutante para deixar seu corpo relaxar em cima da mesma.

"Quais são suas queixas?" pergunto, enquanto analisava sua ficha, caminhando em direção ao homem, que levantou o olhar para me encarar e prestar atenção no que eu estava dizendo.

"Muita dor nessa parte aqui"

Dutton cuidadosamente levantou sua mão, e a repousou sobre minha mandíbula, deslizando seu dedão sobre o local onde ficam os três últimos dentes, no lado direito de meu rosto. Pude sentir todos os pelos do meu corpo se arrepiarem ao seu toque, me deixando um tanto desestruturada, e até mesmo intimidada no momento em que nossos olhares se cruzaram e pude perceber que o homem me observava atentamente.

"Nos três últimos dentes?" confirmo com o mais velho, ao mesmo tempo que eu tentava manter minha postura profissional.

"Isso" assentiu, lentamente retirando sua mão de meu rosto, e no mesmo momento, senti como se estivesse vazia, como se apenas seu toque pudesse me preencher novamente.

Que loucura. Pensei.

"Vamos olhar" falo em um tom quase que inaudível.

Me afasto, novamente, do mais velho e logo caminho em direção aos armários, coloco minha mascara, ajeito meus óculos em meu rosto, coloco novas luvas e logo sigo para sentar-me na cadeira móvel que eu utilizava para realizar os procedimentos no pacientes.

"Abra a boca"