• 22 • sou eu a mamãe

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ALLEGRA's POINT OF VIEW

ENQUANTO MINHAS MÃOS ACARICIAVAM a enorme barriga de nove meses, que eu carregava, meus pés recebiam uma massagem carinhosa e um tanto relaxante de Walker e Lloyd, nesses nove meses de gestação, enquanto eu tentava conciliar o final do meu último semestre na universidade e a gestação (e um tcc sobre os cuidados dentários durante tratamento oncológico) eu teria me aproximado bastante com os cowboy's da fazenda, que nesse pouco período de tempo teriam se tornado uma segunda família para mim.

"Você deveria deixar a vida de cowboy de lado e virar massagista, Lloyd" falo deixando uma risada escapar por meus lábios, enquanto o senhor de quase sessenta e tantos anos deixava uma risada sínica escapar pelos seus.

"Ela 'tá certa hein Lloyd, tens mãos de fada" Jimmy, o mais novo entre os cowboy's, falou recebendo um olhar mortal do senhor a minha frente, como resposta.

Walker deixou uma risada nasal escapar e mordeu o lábio inferior, provavelmente prendendo alguma piadinha sarcástica em sua garganta, enquanto colocava a havaiana em meu pé novamente, demostrando que já teria cansado do trabalho que estava fazendo com seus dedos.

A situação entre Walker e John, teria melhorado bem muito nesses últimos meses de gestação, mas isso foi apenas depois de eu chama-los para ter uma conversa séria, pois eu não iria cortar laços com nenhum dos dois para satisfazer a vontade de um ou de outro. Tive que sentar com eles em um dos estábulos, antes do inicio desse último trimestre gestacional para que eu pudesse jogar as cartas na mesa. Obviamente, como já era de se esperar, Walker teria saído da conversa mais machucado, mas não demorou muito para que já estivéssemos nos falando normalmente, como se nada tivesse acontecido.

John por outro lado entendeu a importância de seu 'funcionário' em minha vida, entendeu que quando mais precisei ele esteve lá ao meu lado, cuidando de mim, melhor que qualquer pessoa.

"O chefe chegou" pude escutar a voz de Rip, logo atrás de mim.

Walker e Lloyd se entre olharam e logo trouxeram seus olhares para mim, como se esperassem algum comando meu sobre o que fazer aquele momento, deixo uma risadinha baixa escapar por meus lábios, ajusto meus pés nas havaianas e apoiando-me nos ombros dos rapazes me levanto, ajustando o largo vestido azul em meu corpo, que marcava bem o volume de meus peitos e principalmente o volume de minha barriga.

"Bom dia, meu amor" falo com um sorriso carinhoso em meus lábios, enquanto uma de minhas mãos acariciavam o topo de minha barriga.

"Bom dia, minha princesa! Cuidaram bem de você?" John falou enquanto caminhava em minha direção, retirando seu chapéu, para depositar um selinho molhado em meus lábios e em minha barriga, logo olhando seus cowboy's com os olhos entre abertos.

Pude perceber, do canto de meu olho, Lloyd e Walker dar um sorriso nervoso em conjunto, a espera de que eu pudesse dar uma resposta positiva sobre seus tratamentos comigo. Porém, fui impedida rapidamente pelo sentimento de um liquido quente escorrendo rapidamente entre minhas pernas.

"A bolsa estourou" falo em um sussurro quase inaudível, sentindo meus olhos se arregalarem ao, quase, máximo, enquanto abaixava meu rosto para tentava ver se estava correta com minha teoria.

"O que?" pude escutar um John confuso e sentir seu olhar focar sobre mim.

"A bolsa estourou!"

Olho na direção de John com meus olhos completamente arregalados, e ainda mais assustada com aquela situação que a medica dissera que eu só passaria daqui a uma semana, meu psicológico estava sendo preparado para vivenciar essa loucura APENAS na próxima semana.

"Vamos para o hospital!" John falou rapidamente, se aproximando mais de mim e logo me pegando em seus braços "Rip!"

"Sim, Senhor Dutton?" a mão direita do Dutton mais velho, falou seguindo os passos do chefe.

"Trás o carro! Meu filho vai nascer"

















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JOHN DUTTON's POINT OS VIEW

Minha mão estava completamente sem cor, e sendo completamente esmagada pela mais nova que se contorcia e gritava de dor enquanto tentava colocar o nosso pequeno no mundo. A médica, perdida por minha visão, em meio as pernas da minha garota, tentava falar com a maior calma do mundo para que Allegra tivesse calma que já estava vendo a cabeça do pequeno saindo, e que logo logo tudo isso passaria.

Allegra soltava xingamentos altos, e esmagava ainda mais meus dedos, enquanto eu apenas rezava mentalmente para que isso acabasse logo, que eu gostaria de manter minhas duas mãos em perfeito estado ainda, e poder segurar meu filho no colo.

Em poucos minutos pude escutar um chorinho fino vindo de onde a médica responsável pelo parto estava. Allegra, então, soltou minha mão e pude sentir o sangue voltar a circular na mesma, enquanto meus olhos se enchiam de lagrimas ao ver o pequeno garotinho se espernear nos braços da enfermeira que iria entrega-lo a mais nova que chorava desesperadamente ao meu lado, e tinha uma respiração um tanto ofegante.

"Oi meu amor" pude escutar a mais nova dizer, enquanto, desajeitadamente, ajustava nosso pequeno em seus peitos, com a ajuda da enfermeira "É... sou eu, a mamãe"

Em décadas, aquela era a cena mais linda em que estava presenciando, meu coração batia freneticamente em meu peito, enquanto eu me aproximava e deixava as lágrimas rolarem soltas por meu rosto.

"Oi, pirralho" falo deixando uma risadinha baixa e boba escapar por meus lábios "É o papai"

allegra; john dutton [yellowstone]Onde histórias criam vida. Descubra agora