Os Cinco Maridos - Spin-off de Inesperadamente Poliândrica

Harwin Strong

Harwin Strong, desde muito cedo, era um excelente ouvinte.

O que ele ouvia, ele reproduzia. Ele aprendia facilmente e esquecia dificilmente, então, tudo deveria ser pensado dez vezes antes de ser dito a ele, pois a chance de torná-lo inapto de qualquer forma apavorava seu pai mais do que o fim do mundo dos homens poderia apavorá-lo. No entanto, nem todos eram tão paranoicos ou preocupados com essa peculiaridade de Harwin.

Sua mãe em especial, que sempre o elogiava, criticava, encorajava e corrigia de maneira gentil, mas implacável, dizendo que ser um Strong significava ser forte; não apenas fisicamente, mas no caráter, na mente, nos deuses, em seu propósito, e sua honra, nada além da família deveria estar acima disso, e ele seguiu suas palavras fielmente. Foi ela quem disse a ele que o irmãozinho dele era para ser o melhor amigo do mundo inteiro e o único em quem ele poderia confiar absolutamente. Quando suas irmãs nasceram, ela disse a ele que elas eram dele para proteger e honrar enquanto não tivessem maridos. O amor e carinho que isso gerou nele o fez criar um senso de dever e responsabilidade muito grandes. Um tipo de amor feroz, leal e enraizado que o deixaria paralizado se fosse privado de senti-lo.

Seu pai entendeu que a maneira de sua mãe de ensiná-lo foi para torná-lo leal a sua casa e aos seus parentes, e ficou orgulhoso dela. Ele passou a usar tal artifício também, tentando conduzi-lo por um caminho onde ele ficaria feliz em mostrar lealdade ao Reino e a Casa Targaryen. Para seguir sendo o Lorde Strong de Harenhall.

Então, quando ele entendeu que era herdeiro de Harenhall, ele trabalhou para ser o melhor que pudesse ser; o mais valente cavaleiro, o melhor caçador, e inteligente o suficiente para administrar suas terras com mãos de ferro. Foi uma responsabilidade quase debilitante, que o endureceu para a realidade do que significava ser realmente responsável. Ele teria a vida de pessoas em suas mãos, a confiança do Rei nele, sua família para administrar e a honra de sua casa para manter! Eram tantas coisas, mas uma coisa ficou clara para ele; ele não poderia mais se permitir ouvir e ser influenciado.

Harwin, ao longo de sua vida, parou de ser ouvinte, para ser atuante. Ninguém era mais forte que ele. Ninguém poderia escapar dos punhos dele, ou de sua espada. Não, ele não podia ouvir; ele agia primeiro, ouvia depois.

Então, claro, quando rumores de que ele estava se deitando com a Princesa se espalharam, ele foi rápido em espancar o infeliz, e parabenizado por isso. Quando o mesmo aconteceu novamente, glorificando-o como um garanhão, meses após o anúncio da gravidez dela, ele foi permitido a usar meios letais de reprimir tais rumores, e assim ele fez. Ele arrancou a língua de sete homens, dois nobres, e muitos plebeus, especialmente os artistas.

Não importa o quão parcialmente reais eram tais rumores, eles ainda estavam errados, porque Harwin não estava "traçando" a Princesa, como diziam as línguas vis, mas o Príncipe Consorte.

Antes de Rhaenyra casar, eles se beijaram, trocaram olhares e ela deixou que ele a tocasse, mas nunca passaram disso. Nem mesmo depois do casamento. Eles permaneceram bons amigos, no entanto, e Harwin estava contente com isso. Seu caso com os dois só veio a acontecer depois que Harwin descobriu os segredos do casal, logo após ser anunciado como o segundo noivo da Princesa.

Harwin havia descoberto que Laenor era um engolidor de espadas por acidente, encontrando-o de calças arriadas e com seu escudeiro entre as pernas, com a espada valiriana bastante rígida de Laenor embainhada no fundo da garganta do homem loiro. Harwin riu, e se afastou, pensando que talvez esse fosse o motivo dos casamentos múltiplos que a Princesa precisaria ter e dos beijos acalorados que trocaram. Ele nunca cogitou que, Laenor e Rhaenyra chamariam ele para aquecer sua cama, dias depois. Ele ficou feliz, excitado, com o sangue quase completamente concentrado em seu pênis, mas considerou tristemente que era algo casual. Um presente de boas vindas à existência na realeza, mas nada significativo.