Mari

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Notas da Autora: Como vocês bateram a meta rápido, hein?

Olha, acho que vocês deviam ter cuidado com o que pedem...

Preparem os lencinhos novamente, NAO ME MATEM (espero que nenhum de vocês sejam aqui de BH)

COMENTEM MUITO PFVR! Preciso saber se estão curtindo, imersos ou não.

E lembrem-se, NEM TUDO É O QUE PARECE.

Dias bons virão.

Preparados?

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Kelvin não sabia o que fazer, para onde correr. As crianças estavam no quarto, dormindo e, embora muito tivesse tentado, não conseguiu falar com Luana ou com a babá de confiança da família. Petra estava viajando, não poderia ser a pessoa naquele momento.

Também não conseguiu mais falar com Ramiro, e seu telefone não havia tocado novamente.

Embora sua vontade fosse sair correndo e procurar em cada hospital da cidade, não podia deixar as crianças sozinhas em casa e sair correndo, sem rumo. Não poderia acorda-las para levar a casa de alguém, porque teria que explicar o motivo de suas lágrimas.

Não podia levar as crianças junto, porque não queria que elas vissem Ramiro em qualquer fosse o estado em que se encontrava.

Elas não mereciam outra perda em suas vidas.

E embora Kelvin tentasse negar para si mesmo, ele não merecia aquela perda na sua vida.

Não merecia, mais uma vez, perder o amor da sua vida.

Balançou a cabeça negativamente, rindo em escárnio. Porque o universo o odiava tanto? Já havia perdido a pessoa que mais amava no mundo em um acidente, e agora perderia Ramiro também?

A verdade é essa, que eu te amo.

Era o que Kelvin diria a Ramiro.

Mas agora talvez nunca tivesse essa chance.

Logo agora, que mesmo com toda a culpa havia conseguido dar um passo e de fato se portarem como casal?

Sentado no chão de seu quarto, ofegante devido ao choro, pensando em todos os piores cenários possíveis, Kelvin viu a luz da lua iluminar um canto em especifico do lugar; entre o guarda-roupas e a parede, próximo à janela, havia um envelope.

O envelope que Ramiro passou por debaixo da porta naquela noite.

Suspirou pesado, encaminhando-se até o local e puxando-o pra si. Ignorou os pensamentos intrusivos de como aquilo poderia ser um sinal do universo, já que a pessoa que fazia a limpeza da casa nunca havia reparado que aquela carta estava ali.

Ou que ele mesmo tivesse notado.

Era como se ele tivesse que acha-la naquele momento em específico. Como se os astros alinhassem-se perfeitamente naquele momento para que ele a encontrasse.

Ou talvez, coincidências não existissem e de fato ele fora colocado ali para que Kelvin finalmente o visse.

Abrindo-o com cuidado, se surpreendeu ao não se deparar com a letra de Ramiro,  mas sim com a de Mari.

Sua amada Mari. Ah, como sentia falta dela...

Suspirou fundo, já sentindo suas lágrimas novamente brotarem, e se sentou na cama, para ler.

“Querido Kelvin,

Não, não há motivo para tanta formalidade.

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