CAPÍTULO 10

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LUNA MUNÕZ

Passamos um bom tempo passando pelas ruas de Madri até que nos afastamos da cidade. Tudo mudou ao nosso redor e percebo que saímos da capital. A curiosidade me consome, mas como sempre, costumo sentir uma confiança que nem eu mesma sei explicar. Chegamos em um município chamado San Sebastian de los Reyes. Nunca vim até esse lugar, mas estou adorando a experiência. 

A cidade é linda, com uma arquitetura charmosa, onde alguns prédios tem um estilo antigo. Adan parece saber bem para onde está indo. 

Não demorou muito para chegamos em um local afastado, como uma propriedade em meio a árvores. Passando pela estrada de terra, chegamos em uma casa. Ela é grande, com uma varanda ampla e espaçosa. Nas janelas do primeiro andar existem varandas, mas parece um lugar que não passa por reformas a um bom tempo. Quando ele parou a moto, eu desci e olhei envolta. O cheiro de ar puro, o silêncio totalmente diferente da cidade me trás a sensação de paz. 

— Onde estamos?— perguntei com curiosidade. 

— Essa casa pertencia a minha mãe, ela deixou para mim. Ela adorava vir para cá nos final de semana e férias. Mesmo que esteja desgastada, planejo fazer um projeto para que ela fique nova em folha.— Adan explica após tirar o capacete. 

— Esse lugar é lindo!

Olho envolta, observando as árvores e as plantas que faltam se podadas e cuidadas. Adan segura a minha mão e puxa até a casa. Quando entramos, percebo que todos os móveis estão no lugar. É uma linda propriedade e a casa pode se tornar ainda melhor caso seja feito alguns reparos. 

— Eu estava aqui durante esses dias, precisava sair um pouco da casa do meu pai.— ele comentou, enquanto olha envolta. 

— Eu adorei, é um lugar… estranhamente agradável.— abro um largo sorriso. 

— Para uma das herdeiras mais ricas do país e dirá do mundo, esse lugar não está a sua altura. 

Olho para ele que dá um fraco sorriso. Uni as sobrancelhas ao perceber que falou isso a sentir um certo desconforto. 

 — Não fale isso, eu gosto de conhecer novos lugares e experiências. Também estava precisando fugir do mundo real. 

Ele deixou os pertences sobre um sofá e eu faço o mesmo. Quando Adan se aproximou e segurou a minha mão, olho atentamente para ele e percebo que estou me acostumando a esse toque. 

— Tem algo muito legal, eu vou lhe mostrar. 

Sorri em forma de resposta, demonstrando que quero conhecer tudo que ele tem para me mostrar. Caminhamos para fora da casa, seguindo uma trilha pelas plantas que cresceram por conta do abandono ao local. Ele segue para as árvores e passamos por um caminho estreito. 

— Não se preocupe, não sou um maníaco.— Ele gargalha enquanto anda. 

— Se eu tivesse essa suspeita, nem ao menos subiria em sua motocicleta. 

Ele ri e continua a caminhar, segurando a minha mão. Desviamos de aluns obstáculos e caminhamos por poucos minutos. O barulho de água, como se força uma cachoeira, começa a me chamar atenção. Adan me ajuda, afastando alguns galhos de uma árvore para que eu passe em segurança. 

Após passar por algumas pedras, nos deparamos com uma cachoeira em meio as árvores. Pedras grandes e perfeitamente empilhadas dão acesso ao lugar. A água se acumula abaixo da cachoeira formando um lindo lago, como um pequeno rio. 

— Estou… chocada. Esse lugar é um paraíso, Adan. — Falei com euforia. 

— É o meu paraíso particular e agora, você conhece também. 

Ele sorri, passa por algumas pedras e começa a tirar a camisa que está usando. Olho para o corpo dele, observando o abdômen definido ficar a mostra. Mordi o lábio inferior involuntariamente ao perceber que alguns pensamentos indecentes me consumiram ao vê-lo tirar a roupa. Ele foi ousado e tirou a calça jeans. Desvio o olhar para não vê-lo se cueca. 

— Quanta bobagem!— ele ri. 

Com um olho aberto e outro fechado, olho discretamente para ele e o vejo mergulhar na água sem nenhum pudor. Arregalei os olhos ao vê-lo nadar e apreciar o ambiente agradável. 

— Vem, Luna!

Ele convida e fico relutante. Abaixo o olhar e observo a roupa que estou usando. Uma calça jeans, tênis e camiseta. O meu lado racional diz para me conter, já o meu lado emocional incentiva que eu me jogue nesse momento. Chego a conclusão que o meu lado racional já estava me consumindo há tantos anos e permanece por tempo de mais em minha vida. 

Tiro a camiseta, ficando apenas com o sutiã branco que estava usando, arranco os tênis e meias, logo após a calça e a minha lingerie branca fica a mostra. Antes que desista, caminhei com cuidado até a água e mergulho. Sinto à água fria em choque com o meu corpo, mas isso é agradável. Os meus músculos relaxam e nadei até conseguir emergir. Mantenho a minha cabeça fora dá água e olho para os lados a procura de Adan. 

— Adan!— gritei a procurá-lo.

Começo a ficar assustada e sinto algo tocando a minha perna embaixo da água. Me debati com o susto, mas Adan aparece e segura em minha cintura. 

— Calma, sou eu… desculpa… calma!— ele tenta me acalmar. 

Ainda segurando em minha cintura, sou levada para um local onde nossos pés conseguem tocar o chão. Respiro fundo e fecho os olhos momentaneamente, quando abri, Adan está em minha frente, até perto de mais. 

— Você me assustou!— jogo água no rosto dele, fazendo-o gargalhar. 

— Você fica ainda mais linda quando está brava. 

Ele me encara a sorrir, nosso rosto tão perto um do outro e apenas agora me dei conta que a mão dele continua envolta da minha cintura. Sinto a pele tele tocar a minha e uma sensação única começa a percorrer em todo o meu corpo. O sorriso se vai, ele está serio e olha para a minha boca com adoração. 

— Eu não parei de pensar naquele beijo, até dormindo eu conseguia sonhar com esses lábios macios.— ele fala quase num sussurro. 

— Eu também!

Respondo sem pensar e isso foi o suficiente para que ele segurasse o meu rosto. Nossos lábios grudam um no outro, o beijo é intenso e ardente. Como se estivéssemos famintos um pelo outro. A língua dele desliza na minha, as mãos que estão embaixo da água, deslizam em minha pele nua e vai até a minha bunda, apertando levemente. Consigo sentir o volume na cueca dele e quanto mais aperta o meu quadril, mas sou pressionada contra o corpo dele e isso me faz sentir desejo, como jamais senti em toda a minha vida. 

O beijo para lentamente, mas a minha testa está grudada na dele. Nossas respirações estão ofegantes e as mãos dele não param de deslizam pela minha pele. As minhas mãos percorrem o ombro dele, descendo pelos braços e Adan aperta os olhos como se estivesse sentindo dor. 

— Eu quero você!— ele sussurrou. 

Estou me sentindo em outro universo, longe de tudo e de todos. Um lugar deserto onde podemos fazer tudo aquilo que sentimos vontade. Não irei ser racional, serei emocional e me permitir fazer tudo o que sinto vontade nesse momento. 

— Quero me entregar para você!

Ele olha para mim e o olhar me penetra  intensamente. As mãos dele me apertam ainda mais contra ereção que está ainda mais rígida. Voltamos a nos beijar com a mesma intensidade, envolvo o pescoço dele com os meus braços e as minhas pernas deixam de tocar o chão e envolver o quadril dele. O pau rígido se esfrega na minha boceta, mesmo que os tecidos das nossas roupas íntimas ainda impeçam de tocar a pele extremamente sensível um do outro. 

As mãos de Adan que estão no meu quadril me forçam a esfregar com mais força e isso causa um prazer intenso. Mas Adan parou o beijo, olhou ao redor com a respiração ofegante e ansioso. 

MEU AMADO COLEGA DE CLASSE- LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora