Aos Cuidados Do Meu Inimigo | Jeon Jungkook

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Minha cabeça doía e latejava. Em meus sonhos, um terrível pesadelo de quando estava sendo torturada e mantida em cativeiro. Assustada, abrir meus olhos desesperadamente em busca de fôlego.

Ao tentar sentar-me sobre à cama para raciocinar o que acabara de acontecer, sinto braços fortes envolvendo-me, impedindo de me locomover.

Ainda assustada após esse terrível pesadelo, meus olhos lacrimejados percorreram ao redor do cômodo mau iluminado. Um suspiro de alívio me escapou ao notar que era o quarto de Jungkook, e que inclusive, o mesmo me mantinha presa em seus braços.

Meus olhos caramelizados tornaram a percorrerem ao redor, permitindo-me ver no relógio digital jogado no chão que marcavam exatas 05:00 da manhã.

Um suspiro me escapou, enquanto levava minhas mão até minha testa úmida de suor. Tentei virar-me na direção de Jeon na falha tentativa de me soltar de seus braços, porém, ao contrário do esperado, o moreno me abraçou ainda mais.

— Jeon... – resmunguei, sentindo-me sufocada por seus apertos.

— Hum?... – murmurou roucamente contra meu ouvido, tal murmúrio carregado de sonolência.

— Me solta! – resmunguei tornando a me debater.

Ele suspirou, irritado. Porém, não fez o que eu havia mandado, resultando em eu perdendo minhas paciência. Mas, sou surpreendida ao notar outra coisinha...

Roçando em minha bunda totalmente exposta, a ereção rígida e dotada de Jeon. Eu engoli seco, tendo conhecimento desse fato apenas agora. Em um desespero, tornei a debater-me e tentar a todo custo soltar-me de seus fortes braços tingidos.

— Fica quieta, porra. – o moreno resmungou roucamente, manhoso ao mesmo tempo em que me puxava para mais perto de si.

— Desencosta esse seu pau da minha bunda! – perdi completamente a paciência.

Ele sorriu, afundando sua face angelical na curvatura de meu pescoço, fazendo questão de depositar um cheiro na região.

— É só uma ereção matinal.

— Não quero saber. – novamente tentei soltar-me de seus braços. – dá pra me soltar? Inferno.

— Você é muito barulhenta, porra!... – resmungou com seu tom manhoso e rouco.

— É só você me soltar.

— É só você ficar quieta e parar de se mexer.

Eu bufei, irritada. Porém, sou surpreendida ao sentir sua mão indo de encontro ao meu seio, apalpando a região e deixando-a permanecida em tal local impróprio.

— Tira sua mão daí!

— Não mandei dormir pelada ao meu lado.

— Eu durmo da forma que eu quiser! – novamente tentei soltar-me de seus braços. – e outra, deveria respeitar sua amada.

O moreno soltou um riso nasalado.

— Não sou eu quem estou dormindo pelado ao lado de alguém.

— Mas é você quem está grudado ao lado desse alguém completamente nua, e além do mais, está com a mão justo nos peitos dela!

— E se continuar resmungando eu enfio logo é o meu pau nessa sua boca! – eu paralisei ao ouvir tal fala. – tsk. Reclama demais, eu hein.

Eu SIMPLESMENTE esqueci como se respira. O que foi isso que eu acabei de ouvir? Céus!

— Idiota. – fiquei sem argumento, sentia minhas bochechas queimarem. – isso porque ainda diz que gosta de alguém... – murmurei em um resmungo para mim mesma.

— Ainda não esqueceu disso? – debochou.

— Impossível.

— E por quê?

— É difícil aceitar o fato que o grande e maior babaca de todo o mundo está amando alguém. E o pior é que eu tenho tanta pena dela.

A risadinha rouca do moreno ressoou por meus ouvidos.

— É?... – mordiscou minha orelha.

Seu ato abrupto arrancou-me um terrível frio na barriga que cessava em minhas coxas. Uma sensação tão estranha mas...tão boa.

— S-sai de perto de mim, seu idiota. – juntei forças do além para empurra-lo.

Novamente escutei sua maldita risadinha, que só me deixava ainda mais irritada.

Haviam motivos por eu estar assim. 1: ele era meu inimigo, então qualquer coisinha que ele faça, me irrita. 2: ele está conseguindo me tirar dos eixos e isso está me irritando e muito. 3: o odeio ainda mais e me auto odeio por ter gozado em seus dedos noite passada, o dando a maldita resposta que eu adorei seus toques tão imorais.

Ao finalmente ser solta de seus braços em meio a suas risadinhas irritantes, sentei-me sobre a cama e olhei ao redor mau iluminado. O sol ainda não havia saído, impossibilitando uma real clareza sobre o cômodo.

— Aonde vai? – observou-me pondo os pés descalços sobre o chão.

— Não é da sua conta.

Ele suspirou, desmanchando seu sorrisinho.

— Não é pra sair assim. – rosnou.

O olhei de soslaio, por cima dos ombros.

— Você sabe muito bem que não manda em mim. – impliquei.

O homem bufou, tentando nitidamente manter sua paciência sã.

— Vou apenas na sacada tomar um ar. – expliquei, baixando a guarda.

— Vista minha camisa. – sem tempo sequer de raciocinar, ao virar e olha-lo, ele já estava sem, permitindo-me uma visão esplêndida de seu corpo muito bem estruturado.

Desnorteada com tal visão tão libertina, um pensamento intruso invadiu minha mente em uma cena erótica, repleta de luxúria. Ainda mais desestabilizada, me dispus a ficar de pé e desviar meus olhos para quaisquer canto mau iluminado do cômodo.

— Não preciso de nada que venha de você. – sem tempo de me responder, saí rumo a sacada ignorando as dores em meus pés.