05

518 55 0
                                    

Rhaenyra virou-se rapidamente ao ouvir os gritos desesperados pedindo que Alicent não cometesse tal ato. Seus instintos de mãe a levaram a colocar as mãos firmemente sobre a rainha, que estava prestes a arrancar o olho de Jacerys. O salão estava em tumulto, e o guarda da rainha correu pelo espaço. As vozes se misturavam: alguns acreditavam que ele iria atacar o jovem príncipe, enquanto outros achavam que ele apenas queria separar as mães em conflito. Mas, de qualquer forma, o guarda se mostrava mais um espectador impotente na cena caótica.

De repente, Aemma surgiu como uma tempestade, posicionando-se entre o guarda e sua presa, com um arco e flecha apontados diretamente para ele.

— Mais um passo e eu solto a flecha — disse a princesa, seu olhar desafiador cravado no guarda. — E devo lembrá-lo que eu não erro — um sorriso travesso dançou em seus lábios.

O guarda hesitou, paralisado pela determinação da jovem. Daemon observava de longe, um sorriso largo iluminando seu rosto; Aemma poderia ter herdado a beleza de sua mãe, mas a alma ardente dela era pura essência de Daemon. Ela era caótica e inquieta, o verdadeiro sangue do dragão pulsando em suas veias.

No calor da briga, Alicent conseguiu ferir Rhaenyra, mas não saiu ilesa. Quando Aemma viu o sangue escorrendo pelo braço da mãe, uma onda de fúria a dominou. Com rapidez, ela pegou a adaga que havia caído no chão e atacou a rainha, fazendo um pequeno corte em seu braço — uma marca que deixaria claro seu recado.

— Você não é uma Targaryen — Aemma desafiou Alicent com os olhos flamejantes. — Pare de pensar que é uma.

Os presentes observavam a pequena princesa com admiração e temor; ela parecia tão furiosa quanto um dragão prestes a soltar fogo. Após esse ato audacioso, Aemma voltou para perto de Rhaenyra. Juntas, elas saíram do salão tumultuado. No entanto, Aemma não acompanhou sua mãe até os aposentos; ao invés disso, dirigiu-se à praia.

Descalça, pulou na água fria do mar, deixando que as ondas a envolvessem e acalmassem sua alma agitada. Ali, encontrou descanso e alívio longe da tensão sufocante do castelo.

— Achei que fogo não combinava com água — Aegon comentou ao se aproximar da princesa sentada na areia.

— Essa é a vantagem de ser uma Valaryon — Aemma respondeu com um brilho travesso nos olhos.

— Você não é uma Valaryon — Aegon rebateu com um sorriso enigmático. — Os Valaryon são do mar,são calmos como as ondas. Mas você... você é feita de fogo, nasceu para incendiar este mundo.

Aemma abaixou a cabeça e soltou uma risadinha suave. Ele estava certo; os Valaryon eram serenidade em forma de mar, enquanto ela carregava a tempestade dentro de si. E era exatamente isso que Aegon mais amava nela: sua essência indomável.

enemy loveOnde histórias criam vida. Descubra agora