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Aemma parou a uma distância considerável da rainha, um sorriso falso se formando em seus lábios. Com uma reverência sutil, apenas inclinou o corpo, mantendo a cabeça erguida, o olhar firme.

— Fico feliz em vê-la tão... grande, Aemma — disse a rainha Alicent, sua voz suave como seda, mas com um tom que carregava uma ponta de veneno.

— Também fico feliz em vê-la — respondeu Aemma, o sorriso ainda forçado. — A última vez que nos encontramos, bem... você tentou me matar.

O sorriso de Alicent se desfez rapidamente, como se um jogo de palavras tivesse sido lançado no ar. O olhar delas se cruzou, e Aemma notou como a tensão vibrava entre elas.

— Você insiste nessa ideia — Alicent rebateu com uma expressão de desdém disfarçado. — Fico de coração aflito quando diz tais mentiras.

Aemma manteve seu sorriso, mas ele se tornou genuíno ao avistar Aegon se aproximando. Sem pensar duas vezes, correu em direção ao rapaz que já a aguardava com os braços abertos.

— Você está deslumbrante! — exclamou Aegon enquanto girava a princesa no ar, seus risos ecoando pelo pátio como música.

— E você continua com essa cabeça de balão! — Aemma gargalhou ao parar de rodopiar e avistar Helaena se aproximando com os filhos. A alegria irrompeu quando Aella correu até a amiga que não via há anos.

Helaena estava radiante, apesar das circunstâncias. Casada com Aldric Stark, agora vivia feliz no norte, longe das intrigas da corte. Mas como todos ali reunidos, ela também teve que retornar a Porto Real, trazendo consigo as memórias do passado.

Quando Helaena se aproximou, Aemma não pôde deixar de notar a pequena, mas evidente, curva de sua barriga.

— Esse já é o terceiro! — Helaena gargalhou, passando a mão sobre a barriga com um brilho nos olhos. — Aldric é apaixonado pelas nossas garotas, mas ainda sonha em ter um menino para fazerem coisas de rapazes.

Aemma não resistiu e se aproximou, envolvendo Helaena em um abraço caloroso. Com um sorriso doce, disse:

— Fico tão feliz em ver você radiante como o sol!

As palavras fizeram Helaena corar instantaneamente, e ela riu, envergonhada.

— Olha só, fiquei até vermelha de vergonha! — exclamou, seu riso ecoando como música leve entre as duas.

Logo, todos adentraram a grande torre. Alguns se dispersaram para seus aposentos, enquanto outros decidiram caminhar ou assistir ao treino que acontecia no pátio. Aemma optou por seguir seus irmãos para o pátio; sabia que ficar ao lado de Aella e Helaena significaria ser uma espectadora silenciosa nas conversas.

Ao chegarem ao centro da roda de lutadores, Aemma se espantou ao ver Aemond enfrentando o guarda da rainha. Ele lutava com uma habilidade impressionante, cada movimento calculado e preciso. Quando a luta terminou, Aemond se aproximou dos irmãos de Aemma com um sorriso debochado nos lábios.

— Queridos sobrinhos — disse ele com ironia — que surpresa vê-los aqui! — Apontou sua espada para Jaceres e Lucerys. — Qual de vocês irá lutar comigo?

Mas antes que alguém pudesse responder, uma flecha cortou o ar, quase atingindo seu rosto. Aemond virou-se furioso, pronto para retaliar contra quem quer que tivesse ousado interromper sua diversão. No entanto, sua raiva desapareceu instantaneamente ao avistar Aemma com um arco e flecha em mãos.

— Eu — respondeu ela com confiança. — Se você estiver disposto a perder, tio.

Um sorriso desafiador surgiu em seu rosto. Aemond ficou paralisado por um momento, surpreso com a transformação da garota que antes conhecia. Agora ela era mais bonita do que nunca; seu coração batia tão rápido que parecia prestes a saltar por sua boca.

enemy loveOnde histórias criam vida. Descubra agora