Deux

125 67 29
                                    

Cafeteria Amnsal (13:36)
Saint-Ettiene

O frio era tão intenso que as pessoas só conseguiam sair de casa com um número adequado de roupas, faziam dias que os tons azulados e alaranjadas no céu eram omitidos pela paleta de cores cinzentas e nas noites o céu não ficava salpicado de estrelas. As pessoas não falavam de um assunto tão mundano quando o clima, mesmo que o frio deixa-se metade da população entorpecida.

Mavilyn ajeita mais uma vez seu cachecol listrado de cores cinzentas e azuis em seu pescoço antes de entrar em uma cafeteria pouco célebre na cidade.

Mavilyn sentou-se em um lugar afastado.

Ela mergulha em seu próprio silêncio apenas interrompido por um certo som de passos perseverantes que insistiam em aumentar periodicamente. Os passos pertenciam a Christian.

Mavilyn tentou não emular uma careta chocada ao perceber que Christian era o atendente.

Mavilyn pediu um cappuccino de caramelo e Christian apenas aquiesceu e foi embora.

Mavilyn estava auspiciosa de que o cappuccino não seria agradável, mas ela estava completamente enganada, tanto que ela mantéu recôndito o facto de que aquele era o melhor cappuccino que ela havia tomado.

Tempo depois, Mavilyn conseguiu terminar o pequeno texto sobre adolescência.

" Para um texto tão curto, levou imenso tempo para escrevo"
Mavilyn pensou enquanto organizava seus papéis.

Já faziam sete meses que Mavilyn parou de escrever fofocas sobre famosos na internet e começou a escrever em revistas e mesmo assim o reconhecimento como escritora continuava primitivo, inferindo que o problema era ela.

Mavilyn gostaria que as pessoas não achassem as revistas improfícuas e obsoletas, se ela pudesse impingir as pessoas a lerem as revistas e a pararem de prescindi-las, ela o faria.

Mavilyn sentia-se asna meio de tantos escritores que possuíam um ar de inteligência e preeminência.

Enquanto Mavilyn saía distraída da cafeteria, ela observava seu all star enlameado e com algumas marcas de pisadas. Ela estava tão distraída que acabou esquecendo seu caderno na cafeteria.

"

Jesse entrou na cafeteria Amnsal, assobiando e com as mãos dentro do bolso.
Ele anda pela cafeteria até chegar ao balcão em passos apressados e largos que nem conseguia distinguir os imensos rostos que passavam por ele e as vozes difusas.

- Como foi o seu dia?- Jesse inquiriu a Christian

A careta de asco que Christian fez resumiu o quão seu trabalho foi árduo. Jesse queria escarnecer da careta que Christian fez a pouco, mas ele apenas tamborilou os dedos no balcão. Ele Queria dizer alguma coisa divertida, mas seu cérebro parecia estar encravado.

- Como foi o seu dia? - Christian restituiu a pergunta, desta fez com uma cara de enfado.

- Passei o dia todo a organizar a biblioteca que o meu pai atualmente decidiu abrir.- Jesse diz.

- Ele abriu está cafeteria, um salão, uma sorveteria e uma biblioteca.- Christian da uma pausa plácida.- E ele quer que sejamos o funcionários dele.

Jesse deu de ombros.

- Escuta, podes dar-me um cappuccino de caramelo, prometo que pago depois.

- Eu sei que não vais pagar.- Christian diz secamente.- Mas tu sabes quem pediu o mesmo cappuccino de caramelo hoje?

O silêncio de Jesse fez Christian continuar a sua fala:

- Aquela garota que encontramos ontem, no meio da madrugada. - Christian mal deixou Jesse responder, pois sua fala foi muito lacônica.- Ela até esquecer aquele caderno.

O olhar de Jesse varreu o lugar inteiro ate encontrar o caderno por cima de uma mesa. Aquela informação foi uma grande folia para os ouvidos de Jesse.

Ele foi tão impetuoso que acabou por pegar o caderno e abri-lo.

Christian tagarela sobre algumas piadas, esperando ser aclamado por Jesse, mas a atenção que Jesse dava aquele caderno, fez Christian sentir-se asno.

Não havia muita coisa no caderno, mas as letras de Mavilyn eram tão legíveis e sublimes, que fizeram Jesse ficar admirado.

Haviam alguns lembres como:
Comprar ovos, lápis e comprimidos. Haviam também pequenos textos e algumas letras de músicas da Gracie abrams.

A única coisa que fez Jesse desviar o olhar do caderno foi o som ruidoso do pequeno sino da cafeteria, e pela segunda vez no dia, Mavilyn entra na mesma cafeteria. Era conspícuo que o medo e o nervosismo a consumiam.

Antes que Mavilyn pudesse dar um passo, alguém no fundo da cafeteria pigarreia. O som ruidoso parecia hesitante e vem de Jesse. Ele meio que cambaleia até Mavilyn, submerso em um silêncio que incomoda Mavilyn.

Jesse restituiu o caderno.

- Você leu o caderno?- Indaga Mavilyn. Jesse percebeu que a voz de Mavilyn era bastante afável quando ela falava sem elevar a voz.

- Não.- Ele tentou mitigar a maneira como dirigia aquela mentira a Mavilyn.
Mavilyn tentou agradecer ao passar por ele, mas tudo o que saiu da sua boca foi uma espécie de grunhido.

Querido e desolado amor Onde histórias criam vida. Descubra agora