09. Destino dos tolos

4.1K 487 1.1K
                                    

Pela primeira vez, Naruto não estava se sentindo temeroso com o rumo da história

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pela primeira vez, Naruto não estava se sentindo temeroso com o rumo da história.

Não havia, esperançosamente, o que temer.

Ainda que nem tudo desse certo, os maiores perigos, aqueles que trariam a iminente destruição do reino, do universo e das pessoas que ele aprendera a amar, não eram nada além de situações resolvidas. Não haveria guerra, e isso era o suficiente para acalentar o coração de Naruto. O suficiente para lhe trazer a paz que tanto desejou.

A protagonista jamais pisaria no Egito com planos de vingança, não quando não havia pelo que se vingar. Ela viveria feliz, com o reino prosperando a cada dia, e talvez viesse a se tornar a rainha dele no futuro. Não importava o que ocorreria, Naruto havia conseguido evitar o caos-mor. Agora, esperava que ele pudesse viver uma vida feliz também. Seu marido poderia amá-lo algum dia. Eles teriam filhos lindos algum dia.

Seriam felizes.

Pousou a mirada no bracelete, desejando chamar por Ísis apenas para agradecê-la por ter lhe dado a chance de viver uma vida melhor, longe de tanta infelicidade, longe de um universo no qual nunca se encaixou. Decidiu não o fazer. Não sabia quantas vezes poderia usar o bracelete e, em algum momento, poderia precisar da ajuda dele. Era melhor que guardasse essa chance para quando fosse estritamente necessário. Realmente necessário.

Respirando profundamente, ele emergiu das grandes portas da sala do trono e andou com confiança em meio ao mar de pessoas acomodadas nela. Reis, príncipes, lordes, nobres, todos vieram de longe para prestigiar o aniversário do Hórus vivo e tentarem uma chance de aliança com ele.

Todas essas pessoas, agora, olhavam para Naruto.

A rainha do Egito, diferente do que os boatos contaram a muitos dos presentes, não era uma visão comum e simplória. Pelo contrário; sua figura era etérea, graciosa e elegante. Uma beleza que, aos olhos dos reis ali reunidos, poderia causar guerras — ou evitá-las.

Naruto trajava um vestido de linho branco que parecia tecido pelos próprios deuses. Era esvoaçante e fluído, moldando-se delicadamente ao corpo esbelto e criando uma nuvem de leveza em torno dele a cada passo dado. Os detalhes em ouro serpenteavam pelas mangas e pelo decote, refinando ainda mais a peça de costura inigualável, feita com a melhor seda egípcia. A cauda do vestido era majestosa e este detalhe fora habilmente confeccionado pelos mais talentosos artesãos do Egito. Longa e deslumbrante, se arrastava pelo chão como hipnose, com as penas coloridas feitas de ouro e tecido cintilando sob a luz que crescia sobre o salão. Cada movimento da rainha dava vida à cauda; era difícil escolher qual beleza apreciar mais, dado que Naruto era tão belo quanto.

A coroa de serpente na cabeça dele era um adorno igualmente estonteante. Cada escama de ouro e pedraria foi colocada com esmero, criando um ornamento cuja primorosidade chegava a ser espantosa. A coroa emprestava à rainha o ar de uma divindade e iluminava seus olhos celestes com um cintilo que não se podia ignorar. Cada joia que cobria o corpo dele parecia ter sido escolhida com cuidado para realçar sua beleza natural, e o esplendor delas acentuava o esplendor dele. Desde as correntes que envolviam seus tornozelos até o grande e luxuoso usekh que emoldurava seu pescoço, cada adorno era colocado com a intenção de mostrar sua grandeza como rainha do reino mais poderoso da terra.

Cruz Ansata | sasunaruOnde histórias criam vida. Descubra agora