DOIS🔥 III - FINAL

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Olá??!?!! Eu literalmente pisquei e estamos com mais de 3.5K de leituras!

Curtam e comentem muito pra eu saber que estão gostandoooo, e aceito sugestões, tá? Me digam se preferem mais hots ou romances tranquilos, relações tóxicas, putaria, treta?? Não sejam leitores ghost, please!

Boa leitura.

Autora❤️‍🩹


Desde aquela noite, a presença de Nati tornou-se uma constante fonte de ansiedade para mim. Eu a evitava a todo custo, mudando meu caminho sempre que possível para não cruzar com ela nos corredores da escola. Se por acaso nossos olhares se encontrassem, desviava rapidamente, fingindo um interesse súbito em algum ponto distante ou em mensagens no meu celular.

Nossa sala de aula, agora parecia um campo minado. Escolhia cuidadosamente onde sentar, sempre longe de Nati, e me perdia em anotações e livros, criando uma barreira invisível entre nós. Se ela tentava puxar conversa, eu respondia com monossílabos, mantendo as interações breves e superficiais.

Bruna, com sua percepção aguçada, logo notou a mudança no meu comportamento. Ela me observava com olhos curiosos, tentando decifrar o que estava acontecendo. Várias vezes, ela me puxou para um canto, sua expressão misturando preocupação e frustração.

"O que está rolando, Jen? Você e a Nati estão estranhas," ela questionava, sua voz baixa e insistente.

Eu apenas balançava a cabeça, desviando o olhar. "Não é nada, Bru. Só estou cansada," mentia, esperando que ela comprasse a desculpa e me deixasse em paz.

Mas Bruna não era de desistir fácil. "Jen, eu sei que tem algo mais. Aquela noite... vocês duas..." ela tentava, mas eu cortava qualquer tentativa de aprofundar o assunto.

"Não quero falar sobre isso, Bruna. Por favor, deixa pra lá," eu pedia, fechando-me ainda mais.

Com o tempo, Bruna pareceu aceitar minha relutância em discutir o assunto, mas eu podia ver a preocupação persistente em seus olhos. Ela sabia que algo significativo havia acontecido, mas respeitava meu silêncio, mesmo que isso a deixasse inquieta.

Os momentos mais difíceis de evitar Nati na escola eram aqueles em que a rotina diária nos forçava a estar no mesmo espaço, compartilhando tarefas e responsabilidades. As aulas de laboratório, por exemplo, eram particularmente desafiadoras. A necessidade de trabalhar em pares ou grupos pequenos significava que havia sempre o risco de sermos colocadas juntas, e eu me esforçava para me juntar a qualquer outro grupo antes que isso pudesse acontecer.

Intervalos e almoços também eram complicados. O pátio da escola, tornou-se um tabuleiro de xadrez onde eu planejava cada movimento para manter distância. Eu observava de longe, escolhendo cuidadosamente o momento de sair da sala para evitar encontrá-la na multidão.

As atividades extracurriculares, que antes eu participava com entusiasmo, tornaram-se fontes de estresse. Eu me retirava de clubes e eventos onde sabia que Nati estaria presente, sacrificando minhas próprias paixões para manter a distância.

E, claro, havia os momentos inesperados - aqueles encontros acidentais nos corredores ou na biblioteca, quando eu virava uma esquina e lá estava ela. Meu coração disparava, e eu tinha que lutar contra o impulso de fugir ou me esconder. Nessas ocasiões, eu me refugiava atrás de um livro ou mergulhava em uma conversa forçada com alguém próximo, qualquer coisa para evitar interagir com ela.

Eu continuava a navegar pelos dias com uma sensação de isolamento autoimposto, mantendo Nati e as memórias daquela noite a uma distância segura. A cada dia que passava, eu me convencia de que estava fazendo a coisa certa, protegendo meu coração de mais confusão e possíveis feridas. Mas, no fundo, eu sabia que estava apenas adiando o inevitável confronto com meus próprios sentimentos.

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