TRÊS🔥 II - FINAL

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Nessa noite específica, Olivia me chamou para almoçar. Passei a tarde e a noite com ela, um escape perfeito de nossas realidades sombrias. Por volta das 22h, saí para que ela pudesse se preparar para a chegada de Leonardo. Voltei para casa, mas não conseguia tirar a sensação de preocupação da cabeça.

Por volta da meia-noite, ouvi gritos vindos da casa de Olivia. Meu coração disparou. Sem pensar duas vezes, peguei a arma que guardava para minha própria proteção e corri para lá. A cena que encontrei me gelou o sangue.

Leonardo estava sobre Olivia, batendo nela com uma ferocidade que me fez tremer de raiva e medo. Gritei para ele parar, mas ele não ouviu. Desesperada, apontei a arma e disparei. O som do tiro ecoou pela sala, e Leonardo caiu sobre Olivia, sem vida.

Corri até ela, ajoelhando-me ao seu lado. "Olivia, meu Deus, você está bem?" Minha voz tremia, cheia de pânico e desespero.

Ela tentou responder, mas não conseguiu. Segurei-a nos meus braços, sentindo o peso da situação cair sobre nós. Não sabia o que viria a seguir, mas sabia que não podia deixá-la. Estávamos ligadas por algo mais forte do que qualquer dor ou medo que já tivéssemos enfrentado.

O que eu faria agora?

Matei esse maldito.

Posso dizer que foi legítima defesa?

Não.

Defesa de quê? Estou intacta.

Olivia estava inconsciente em meus braços, sua respiração leve e irregular. Olhei para o corpo de Leonardo ao nosso lado, uma poça de sangue começando a se formar ao redor de sua cabeça. A arma ainda estava quente em minha mão, e a adrenalina pulsava em minhas veias.

A cena era surreal, como um pesadelo do qual eu não conseguia acordar. Meu coração martelava no peito, e minha mente corria a mil por hora. Pensei em ligar para a polícia, mas como eu explicaria isso? Eu, uma vizinha, com uma arma na mão, ao lado de um homem morto e sua esposa inconsciente.

Comecei a sentir o peso da minha ação. Matei mais um homem. Mesmo que fosse um monstro, ainda assim eu tirei mais uma vida. Olhei para Olivia, seu rosto machucado e ensanguentado, e senti uma onda de raiva e tristeza.

Tomei uma decisão rápida. Precisava limpar a cena, proteger Olivia e garantir que ninguém soubesse do nosso caso. Levantei-me com cuidado, coloquei a arma sobre a mesa e comecei a pensar em um plano. Cada segundo contava, e não podia permitir que o amor da minha vida sofresse mais do que já havia sofrido.

Olivia começou a se mexer, gemendo de dor. "Shh, está tudo bem," murmurei, tentando confortá-la. "Vou cuidar de você."

Peguei a arma, limpei minhas digitais e coloquei na mão de Leonardo, tentando fazer parecer um suicídio. O tempo era crucial, e cada movimento precisava ser meticuloso.

Enquanto isso, Olivia continuava sentada ao lado dele, as mãos abraçadas nos joelhos, encarando o corpo de Leonardo em choque.

"Livi," chamei, mas ela não olhou. "Livi, olhe para mim," insisti, virando seu rosto delicadamente para encontrar seus olhos. Ela finalmente olhou para mim, os olhos cheios de lágrimas e medo.

"Preciso que me escute com atenção, tudo bem?" falei com firmeza. "O Leonardo te bateu tanto, mas tanto... que você ficou inconsciente. Quando acordou, ele estava ao seu lado, já sem vida." Comecei a elaborar o plano. "Eu ouvi seus gritos e, em seguida, um barulho de disparo e vim correndo para a sua casa. Quando cheguei aqui, ele já estava morto. Você entendeu?"

"Então... ele se suicidou?" Olivia perguntou, a confusão evidente em sua voz.

"Sim, ele se suicidou."

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